capítulo III

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Revisado por:  arielyborgesautora


Arian Veiga.

Sabe quando você acorda e já tem um pressentimento ruim, é isso que aconteceu comigo, assim que acordei hoje e essa sensação ainda não foi embora. De uns tempos pra cá sinto que estou sempre sendo observado, quando olho para os lados para ver se vejo alguém, mas não vejo nada. Já tem uma semana que o novo existente do senhor Adrian foi contratado ainda não tive a oportunidade de conhecê-lo, também há uma semana que o senhor Adrian não me chama a sua sala e nem me convida mais para almoçar com ele, suas conversas agora são sempre formais e quando nós falamos há sós são diálogos sobre o trabalho. No começo achei isso uma maravilha, uma coisa realmente boa, mas agora não sei o há em mim, posso está louco mais estou sentindo falta dos seus assédios, das suas investidas em todas as oportunidades que ele encontrava.

Brian precisou ir para a Itália, questionamos os motivos ele apenas disse que Elza estava doente e que ela queria vê-lo. Assim ele fez e o nosso encontro em família foi adiado para o próximo final de semana que seria daqui a dois dias. Durante essa semana ouvi comentários desagradáveis ao meu respeito.

- Acho que Arian deixou de ser o brinquedinho do senhor Adrian Montinny. - sua voz saiu com deboche o outro cara só fez sorrir.

- Acho que o senhor Adrian cansou de comer ele e agora quem está em seu radar e o novo assistente dele.

- Cara! Estava almoçando com minha gata e eu o vi com novo assistente sentado e rindo e eles não tiravam o olhar um do outro. - pelas as vozes eram Michel, Luís e Marcos.

- Parece que Arian perdeu o posto de favorito. - uma gargalhada foi ouvida não saberia dizer de quem era, pois estava muito abalado pelas coisas que ouvi.

Mais conversas deles e alguns muitos eu ouço torneiras sendo fechadas e passos saindo se dirigindo até a porta. Não demora muito e saio da cabine, me aproximo do espelho me olhando por alguns segundos e um sorriso triste escapa dos meus lábios, abro a pequena torneira e lavo minhas mãos e depois jogo água em meu rosto. Fico alguns minutos de cabeça abaixada pensando em tudo o que eu ouvi, quando levanto meu rosto encontro um par de olhos me encarando, mas não era um olhar de pena mais sim um olhar de admiração.

- Sinto muito por ter ouvido isso. - diz meio triste e abaixa seu olhar um pouco.

- Não se preocupe já estou acostumado com esses tipos de comentários. - digo

- Mais não deveria! - ele dá dois passos para frente. - Você é o melhor profissional daqui, é compreensivo com os novatos não nega ajuda a quem lhe pede, então me diga, por que se deixa ser trado assim?

Sou pego de surpresa por sua pergunta e sinto algo apertar meu peito por não saber responder sua pergunta, mas lá no fundo eu sabia só não queria dizer em voz alta.

- Sabe! - ele se encosta-se a pia ao meu lado e seu olhar não está em mim, mas sim nas portas das cabines a nossa frente. - Você foi a primeira pessoa que me tratou como igual quando cheguei aqui. - agora ele olha para mim e um sorriso discreto sai de seus lábios. - Eu realmente precisava me manter após o estágio e foi graças a você que eu e minha mãe junto com meu irmão caçula não fomos parar no olho da rua.

Meu olhar de surpresa pode ser detectado.

- Tenho você como um irmão mais velho senhor Arian, apesar que o senhor já tenha quatro. - diz com um sorriso sincero no rosto.

- Nada de senhor! Ainda sou muito novo garoto. - digo sorrindo e ele também sorri. - Obrigado! Confesso que estou bem melhor.

- Não foi nada e se precisar de alguém além dos seus irmãos para desabafar estarei às ordens, afinal não é todo dia que ganhamos um irmão não é?

ADRIAN MONTINNY - Os  Montinn'S - Livro 2 Degustação )Where stories live. Discover now