Fora do (nosso) caso

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Já do lado de fora nos encontramos com o tenente Anderson.
- O que vamos fazer? Com o FBI no caso não vamos...
- Consegui a localização. Daqui para frente eu assumo, tenente.
Não estava entendendo nada. Nem o porquê eu estava ali. De repente o androide segura o meu braço.
- Só me diga, RA9 é um vírus?
- Não. Digamos que a consciência seja o que nos torna humanos. E que para o processo de alcançar a consciência seja um labirinto... - enquanto falava, riscava o chão de terra com a ponta do pé - O RA9 é a resposta do labirinto. Todos os andróides que tiveram acesso a ele podem ou não desenvolverem consciência. Isso vai depender de cada um.
Connor processava a informação da maneira que podia.
- Tem como reverter o processo?
Eu olhei para o fundo dos seus olhos.
- Acho que não é possível deixar de ser humano, uma vez que você se torna um.

Ele se virou e saiu, me deixando ali com Anderson.
- Tudo aconteceu muito rápido. - dizia o velho policial- E acho que acabei me precipitando sobre você. Sinto muito.
Sorri com desconforto. Não sabia o que dizer.
- Posso te pagar um almoço. - ele tirou o meu cordão do bolso. - E isso é seu.

Já no restaurante.
- Sabia que algo ruim estava por vir. Quando vi a primeira notícia sobre um androide que atacou seu dono.
Estava realmente preocupada e me sentindo culpada.
- Você faz ideia do porquê eles se tornam violentos? - indagou o tenente.
- Não os acho violentos. Todos os casos foram de legítima defesa. Acho que eles são como crianças, estão confusos sobre os sentimentos.
O velho tenente parecia preocupado.
- Talvez seja a nossa culpa. Talvez mereçamos o que o destino nos reserva.

Posso sentir o frio?Where stories live. Discover now