Dia 8: Uma nova chance

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Dormi no quarto de hóspedes da casa do tenente. Achei a casa bem decorada apesar de parecer mal cuidada, como qualquer casa de solteiro.
Desci as escadas e me deparei com Sumo dormindo no meio da sala. E um bilhete na mesa de jantar.

'Tem comida na geladeira. Esse é o meu telefone'

Fiquei em dúvida entre voltar ao distrito ou tentar descobrir onde o Connor está. Mas não fazia ideia. Resolvi ligar a TV e fazer café.

O noticiário mostrava uma grande explosão em um cargueiro atracado em um porto próximo. Um agente do FBI dava entrevista afirmando que estava perto de deter o líder da revolução.

'Aposto que ele estava aí ontem.'
'Espero que ele esteja bem.'

Me peguei sentindo calor no peito. Achei estranho essa sensação. Não o conhecia. Ou não era essa a questão.

'Um androide.'

Acho que cochilei no sofá por algum tempo. Ouvi a porta abrindo.
- Tenente, desculpe, eu dormi... - disse enquanto esfregava o rosto.
Quando abro os olhos vejo-o parado em pé próximo a porta. Estava com uma jaqueta de couro marrom e uma touca de lã, com uma expressão perdida.
- Connor...
Ele entrou e começou a pegar alguns objetos em um móvel próximo.
- O que houve? Anderson está preocupado...
- Não diga que eu vim. Por favor.
Ele segurou minha mão. Estava gelado.
Vi um líquido azul escorrendo pela sua mão.
- Mas eu quero ajudar! Me diga o que está acontecendo!
Ele me olhou diretamente, seus olhos estavam brilhando.
- Estou... Confuso.
Ele despencou na minha frente. Eu comecei a entrar em pânico.
- Connor! Ai meu deus, acorda!

'Respira. Se concentra. Você consegue!'

Posso sentir o frio?Where stories live. Discover now