Sentindo o frio

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- E você, tem para onde ir?
Congelei por um milésimo de segundo.
- Claro! - aquela mentira obvia.
- Entra aí! - Anderson apontando para a porta do carro.
Eu fiquei totalmente sem graça.
- Não pense bobagens!
Eu ri. Ri alto.

Entrei na casa do tenente. Era uma casa bonita em um bairro do subúrbio. Vi aquele cachorro enorme.
- Oi Sumo! Bom garoto!
Vendo o velho policial brincado com o cachorro foi algo doce.
- Não repare a bagunça...- parecia sem graça.
- Sem problemas! - a essa altura já estava rolando no chão da sala com Sumo. - Sabe onde o Connor foi?
Ele me pareceu preocupado. Balançou a cabeça em negativa.
Ele estava sentado no sofá com uma expressão triste.
- Aposto que você causou toda essa encrenca, não foi? - ele meio que sorriu.
Fiquei um pouco triste pois sabia que ele tinha razão... Até certo ponto.
- Acho que em algum momento isso iria acontecer. Em alguns acredito se tratar de mau funcionamento, já em outros casos, estou certa de que se tornaram humanos.
- Como você se meteu nessa confusão?
Fiquei calada por um instante. Até aonde posso confiar nesse policial alcoólatra?

Em outro local da cidade um embate se iniciava. E não era entre humanos e andróides. E sim entre RK800 e Mark Connor. Ele estava disfarçado para infiltrar-se em Jericho quando sentiu um ar gelado percorrendo sua espinha.
Ele olha para o céu e consegue ver os pequenos flocos de neve. Frio.

'Posso sentir o frio?'

Posso sentir o frio?Where stories live. Discover now