C.6

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       Todos gritavam e aplaudiam quando nosso time invadiu o campo. Fiz o mesmo, enquanto levantava o cartaz com o nome e o número do Glann. Não foi nada difícil encontra-lo entre os jogadores. O vi olhando para as arquibancadas, e quando seus olhos me encontraram, ele levantou a mão como forma de cumprimento. Sorri para ele, lhe dando apoiou.

       Desde que ele começou a jogar, nunca perdi um único jogo. Assim como ele nunca perdeu nenhum dos meus. Sempre procuramos nos motivar e a nos apoiar. Não é nada fácil passar por todo esse estresse sozinho. Glann e eu sempre teremos um ao outro.

- Você é mais animada do que as lideres de torcida. – MacTerry parou ao meu lado e se apoiou na grade de segurança. Ele fuma seu cigarro, sem se importar com as pessoas ao seu redor, ou com os professores.

- O Glann merece todo o apoio possível. – Expliquei, encarando seu rosto de perfil.

- Não duvido, ele é o garoto de ouro nesse colégio. – Não pude deixar de sorri com seu comentário. – Gostei da camisa. – Disse ele, analisando-me com cuidado.

- Foi à primeira camisa que o Glann ganhou ao encontrar para o time. Ele me deu de presente. – Eu havia feito alguns ajusto para que ela não ficasse parecendo um vestido. Não estava tão ruim.

- Nossa. Quanto amor. – Rebateu o moreno, antes de tragar seu cigarro e desviar sua atenção para o campo. Franzi a testa com seu comentário. Claro que eu amava o Glann, ele é meu melhor amigo. Então porque ele parecia estar sendo tão negativo com aquela palavra?

       No decorrer o jogo, deixei aquele pensamento de lado e me foquei no Glann. De ele correndo, sendo jogado contra o chão e driblando os adversários. Ele é rápido e ágil. Um excelente jogador, por isso todos do time adversário estavam o marcando. A torcida continuava animada no fim do jogo, principalmente, por estarmos ganhando de trinta pontos. Na última jogada, o Glann foi interrompido no meio do campo, com um tombo brusco e feio. Segurei o braço do MacTerry surpresa com a cena. Ele não se afastou como achei que faria. Apenas disse que ele ficaria bem.

- Eu disse. – Comentou quando o Glann levantou sem ajuda de ninguém. Eu não tinha tanta certeza, o Glann nunca demonstraria que está machucado em publico. Principalmente, na frente dos adversários.

       Depois de uma longa comemoração do nosso time e dos torcedores, os jogadores se recolheram para o vestiário. MacTerry me acompanhou para os corredores pouco movimentados do colégio.

- Eu vou buscar você as nove para a festa. – MacTerry anunciou, enquanto seguia para outro corredor, me deixando sozinha. Aproveitei a oportunidade para buscar um saco de gelo, na cantina deserta. Mandei uma mensagem para o Glann, avisando que estou no ginásio perto da cantina.

       Ele não demorou em aparecer. Seus cabelos estão molhados e suas bochechas um pouco vermelhas por causa do esforço no jogo.

- Onde você se machucou? – Perguntei, assim que ele sentou ao meu lado. Ele sorriu para mim. Sabendo que não poderia esconder aquilo de mim. Reparei nele mordendo o lábio ao sair do campo. Ele faz isso para não demonstrar dor.

- Eu cair de mau jeito sobre o ombro. – Revelou em voz baixa. – Não foi nada demais. – Assegurou, tocando seu joelho com o meu.

- Tire a camisa. – Mandei, ignorando suas palavras.

       Glann me olhou rapidamente, ele sorriu de modo malicioso apenas para me deixar constrangida. Mas aquilo não funcionava comigo, vendo que eu não cederia, ele suspirou longamente e retirou a camisa com cuidado. Levantei e coloquei a bolsa de gelo sobre seu ombro esquerdo. Havia vários hematomas roxos marcando sua pele banca. Glann gemeu alto com o contato do gelo com sua pele dolorida.

Querido, doce DestinoWhere stories live. Discover now