C.15

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          Aquele parecia o caminho mais longo até a minha casa, mas eu sei que só estou nervosa, com o coração acelerado e com vários pensamentos dando voltas na minha cabeça. Desde que o Glann foi para o treino de Lacrosse, fiquei imaginando e planejando nossa conversar em pensamentos. O que eu gostaria de dizer e como eu iria dizer. Assim, não gaguejarei e farei uma declaração clara. Suspirei quando finalmente cheguei a casa, ela está vazia como sempre. Não vai demorar a anoitecer e o Glann voltar para a casa.

       Apresei-me para tomar um banho e alimentar a Anne. Fiquei acariciando seus pelos ruivos, me acalmando. Respirei fundo, controlando as batidas fortes do meu coração e suspirei lentamente. Observei através de a janela aberta o céu escurecer, trazendo um tom escuro e bonito. Quando me senti preparada, coloquei Anne de volta na sua casinha e segui para o quarto do Glann. Para espera-lo.

       A casa do Glann está vazia, seus pais devem estar trabalhando até tarde. Subi as escadas devagar e entrei no quarto tão familiar quanto o meu. Sentei na beira da cama, e obversei ao redor. Tudo naquele quarto representava o Glann e tinha o seu cheiro. Depois de longos minutos, deitei-me na cama macia e quente. Encarei pela janela o meu quarto. Todas às vezes antes de dormir, eu sempre o procurava. Procurava seu rosto e seus olhos castanhos, para que pudesse desejar boa noite. Meu coração acelerou com algumas lembranças e fiquei quieta na cama, deixando aquelas pensamentos me invadirem.

       Meu coração deu um pulo ao escutar o som da porta e depois as pisadas subindo as escadas. Levantei assim que a porta foi aberta rapidamente, me revelando o Glann.

- Oi. – Cumprimentou ele, jogando sua mochila no chão e respirando fundo. Reparei nos seus cabelos ainda úmidos e na sua camisa por avesso.

- Oi – sorri, sem conseguir evitar. – Você veio correndo? – Questionei, continuando analisando suas roupas amassadas e seu cabelo que molhava a camisa branca.

- Não queria me atrasar, então não deu tempo de me enxugar direito. – Contou, me fazendo sorrir. Meus músculos relaxaram e o analisei com cuidado. – Agora, podemos conversar? – Perguntou completamente preocupado.

       Desviei o olhar para sua camisa um pouco molhada e confirmei. Meu coração começou a bater com força e senti algo quente se revirar na minha barriga. Glann seguiu até a escrivaninha, para pegar a cadeira de rodinhas.

- Glann, por que você me pediu aquele beijo? – Ele paralisou ao segurar a cadeira. Ele abaixou a cabeça e encarou o chão sob seus pés.

- O jogo não funciona assim Gina. – Apontou com sua voz suave. Ele arrastou a cadeira na minha direção e se sentou.

- Eu sei. Mas preciso que você me diga. – Insistir, sustentando seu olhar surpreso. Glann abriu a boca, porém continuou em silêncio. – Você disse que queria confirmar uma coisa, diga-me o que é. – Pensei sobre aquilo varias e varias vezes, e só tinha uma coisa que fazia sentido.

- Diga-me o que está acontecendo? – Pediu, pegando minha mão e entrelaçando seus dedos entre os meus. Um arrepio correu pelo meu braço, seguindo por todo o meu corpo.

       E naquele momento, com seus lindos olhos puxados me analisando, esperando uma resposta para o meu comportamento estranho, as palavras simplesmente fugiram. Deixando-me tonta e perdida.

- Glann... – Tentei, porém nada veio. Ele esperou com expectativa, sua respiração está curta e forte, muito parecida com a minha. Com a outra mão, Glann acariciou o meu pulso. Agora, ele deve saber o quanto o meu coração está desesperado por cauda da sua presença. Seus dedos são quentes e ásperos, mas seu toque é suave e carinhoso.

       Com as palavras perdidas em algum lugar, fiz a única coisa que poderia dizer o que eu estava sentindo. Eu o beijei. Um beijo brusco e ansioso. Meu corpo tremeu quando senti seus lábios contra os meus, nossos gostos se misturando e eu gostava da sensação dos seus fios molhados entre meus dedos. Com o coração acelerado, aprofundei o beijo, sentindo-me aliviada por ele está retribuindo, ou tentando seguir meus movimentos. Ao me afastar, ofegante e com os lábios formigando, encarei seu rosto levemente vermelho e seus lábios entreabertos. Glann está surpreso e perdido.

Querido, doce DestinoOnde as histórias ganham vida. Descobre agora