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Os garotos foram embora, restando apenas hoseok, que não demorou para voltar para sua casa.

O silêncio ecoou, ajudei os meninos em tudo que precisava se arrumar, como alguns passos, a postura entre outros.
Minnie pegou rapidamente a nova música que compus e também conseguiu facilmente a coreografia.

Fiz todos prometerem segredo, tanto de onde estou, quanto sobre eu os ajudar.

—porque essa cara emburrada?—perguntei sentada à mesa, olhando fixamente para jimin, que pegava alguns frios na geladeira, suas bochechas estavam infladas formando um leve bico em seus lábios cheinhos.

—nada.—respondeu sem olhar em meus olhos, apenas terminando seu sanduíche, se sentou a minha frente, não tendo coragem de me olhar.

O silêncio estava torturante, os minutos me deixou desconfortável, pois pareciam horas.

—jimin, já temos idade o suficiente para ter atitudes infantis! Vai ficar todo bravinho apenas por eu ter falado verdades?— perguntei alterada, fazendo seus olhos cruzarem com os meus, escutei o garoto engolir a seco.

As palpitações em meu peito aumentavam aos poucos.

Aprendi tantas coisas através desses anos, em todos os relacionamentos que já tive, jimin é o mais perplexo, nunca consigo o decifrar, estamos perto mas tão longe.

Aprendi muito com meus relacionamentos.

Um me ensinou a amar

Um a ter paciência

Um me ensinou o que é dor....

Sou grata a eles, se não, eu mesma não me valorizaria.

Mas porque park jimin mexe tanto com meu equilíbrio? Sem nem usar palavras?!!

—vem comigo.—suas palavras saíram autoritárias, me deixando imóvel, supresa por seu timbre tão sério.

Se levantou em um pulo, pegou em meu pulso, me arrastando para fora da casa. Chegou em pouco tempo em sua garagem, me jogando no banco de seu conversível.

Coloquei o sinto amedrontada, ele está tão sério, estou com medo do que pode acontecer.

Será que ele vai me abandonar em algum lugar na estrada?
Ou me matar como nas reportagens....mas o jimin não seria capaz...seria?

As pernas fraquejaram, querendo bambear.

—não precisa ter medo, não vou te machucar.—fixou seus olhos no volante, a pulsação pareceu parar por alguns minutos.

Ele lê pensamentos por acaso?!

O carro parou, instantaneamente o desespero bateu a minha porta, gelei.

—me acompanha.—ríspido mandou, retirei o sinto e sai do automóvel vendo um prédio já abandonado, vou morrer?!!

Aqueles pensamentos martelaram em minha cabeça, deixando-me hesitante.
O segui subindo os degraus, chegando a uma porta, o breu engoliu toda minha paz, fazendo eu temer o que estaria por trás de toda aquela agitação misteriosa de jimin.

—venho aqui para pensar, é meu ponto seguro.—por um instante meus olhos cruzaram com os dele, impressionada com a confiança que ele depositou.

Simplesmente está me mostrando o local que só ele frequenta, e seu local de segurança, algo muito importante para alguns.

—você é a primeira a vir aqui, nem os garotos sabem desses esconderijo.—abriu um sorriso mínimo, apoiou as palmas de sua mão, abrindo a antiga porta de metal, dando visão a cidade iluminada pelo por do sol, me fazendo ficar em completa admiração, meus movimentos paralisaram.

Meus olhos se encantaram pela vista privilegiada.
Me sentei perto das grades, vendo as luzes dos prédios se acenderem.

—aqui é lindo.—contemplei, hipnotizada. Ouvi sua risada abafada, o garoto sentou-se ao meu lado.

—que bom....porque agora esse local não pertence só a mim, mas sim a nós, eu confio bastante em você ao ponto de mostrar meu local favorito....espero que você confie em mim também.—me virei o vendo observar a vista, mas pude ver um sorriso despercebido brotar em seu rosto.

Minhas bochechas esquentaram.

O que você está fazendo comigo em?

chrysanthemum (Reescrevendo)Where stories live. Discover now