asteroides favoritos.

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Estava acostumado a não se abrir com ninguém.

Em geral, Jeongguk ao menos se importava em não desabafar ou guardar todas as mínimas coisas que aconteciam consigo dentro do peito tatuado, mas sabia que isso só funcionava porque tudo ao seu redor estava indo bem. Isto é, não se tratava de Gook ser legal ou seu pai o falar sobre almas gêmeas, e sim sobre Hoseok e Namjoon estarem ao seu lado.

Tudo estava bem quando sua amizade com os dois estava normal.

Então, seu principal medo durante aquele momento no refeitório da faculdade era de que Namjoon o tratasse de forma seca mais uma vez. Não seria o fim do mundo, mas ficaria triste porque sem ele as coisas eram difíceis. Bem difíceis.

— Ora ora, se não é o setenta e cinco por cento... — sentiu uma mão em seu ombro, erguendo o olhar apenas para encontrar o sorriso bonito de Namjoon.

— Setenta e cinco por cento? — Hoseok questionou.

— É, de presença. — deu de ombros. — Somos obrigados a ter 75% de presença durante o semestre e, bem, Jeongguk segue isso à risca.

Jungkook sorriu, instantaneamente aliviado.

— Nem um por cento a mais, nem um por cento a menos.

Os três acabaram rindo e, então, Namjoon e Hoseok se sentaram na mesa onde o amigo estava, de frente para ele.

Ele se sentia levemente ansioso, mas seus amigos pareciam normais o suficiente para que não precisasse se sentir assim. Então estava tudo bem entre eles?

— Não te vi antes da aula, achei que não viesse. — Hoseok confessou.

— Yoongi me deu carona porque eu acordei atrasado, mas eu não posso mais faltar nas aulas do professor Sun. — encolheu os ombros, rindo.

— Claramente eu com a professora de hoje. — Namjoon resmungou, puxando os fios de cabelo para trás.

Pensou em responder, mas seu celular vibrou no bolso da calça. Pegou o aparelho rapidamente, mas até mesmo se surpreendeu quando viu que não era uma mensagem de Jimin.

JIN
pode vir ao estúdio hoje?
preciso da sua ajuda.

Franziu o cenho, porém não demorou em responder que estaria lá após as aulas. Logo, sua atenção foi chamada pela voz de Hoseok direcionada a si:

— Você ainda tá dormindo na casa do Jiminie? — Jung perguntou, mexendo no gelo dentro do copo de café.

O tatuado fez uma pausa antes de responder, bebendo do refrigerante, fitando os dois amigos. Estaria tudo bem em responder aquilo?

— Sim... O Taehyung passa muito tempo na casa do Yoongi-hyung, então eu fico no quarto dele. — encolheu os ombros de leve. — Não sei se devo voltar pra casa, sei lá. Acho que tá na hora de eu me arrumar fora de lá.

Os três sabiam que Jeongguk se referia a morar sozinho, mas eles também sabiam que não seria tão fácil assim. Morar sem a ajuda financeira dos pais e sem um emprego era como uma missão impossível, mas Jeon faria de tudo para cumpri-la. Principalmente porque, céus, não aguentava mais viver sob o mesmo teto que Jeon Gook.

Mas, ao mesmo tempo, Jeon não queria atrapalhar ninguém. Sabia que falar daquela maneira fazia parecer que ele queria uma doação de teto, uma ajuda dos amigos e não era isso o que desejava, mas ele já não sabia mais o que fazer.

— Você sabe que pode ficar lá em casa até resolver isso. — Namjoon respondeu, simplório. — Dividimos o colchão, sabe que o sofá é duro demais para aguentar mais que uma semana.

Quando nos Vênus, juro a Marte | ji+kookWhere stories live. Discover now