Avassalador-O homem de DAWN City

°capítulo-3°

Trouxe 'capítulos', pois vcs bateram a meta. Boa leitura e um beijo.❤

Clara entra na livraria e mantém a mão na porta para garantir que não se bata em um som ensurdecedor. Ela deseja um ''bom dia'' para o garoto do caixa — quando a maioria somente passaria e o ignoraria, mas não, ela é educada. Ela é clássica e intensa. Clara está de rosto lavado, nunca ligou para usar muita maquiagem, ela é bonita por natureza. Olha para a direita, rejeita os livros infantis, rejeita biografias e passa direto para a sessão de Suspense. Ela não é a mulher insegura, não, ela não vai caçar livros de autoajuda, mesmo que esteja passando por uma situação difícil. Não, ela não é assim. Clara ainda continua na sessão, o garoto do caixa poderia a ver, ligeiramente, através das prateleiras. Se ela se esticasse mais um pouco, veria a sua barriga lisa. Mas não. Clara apenas se encosta na prateleira e começa a foliar algum livro de 'suspense' que, provavelmente, irá levar. Clara olha para o lado, percebe que o livro mais esperado havia chegado, contudo, antes dela chegar ao seu destino, ela acaba esbarrando em algo, ou melhor, em alguém.

— Desculpe-me, senhor. — diz.

— Não foi nada. — A voz dele é abafada, mas ela pode sentir, no fundo, o sotaque intenso que ele carregava. Por conta do frio lá fora, o seu rosto está parcialmente coberto com a gola do casaco — Clara estava aflita com isso, pois sempre foi perfeccionista, e aquilo a fez ter um incômodo em querer ajeita-lo, assim como faz com Daniel quando ele acaba de se trocar. —, a sua barba está grande (cobrindo o seu rosto escultural), a sua pele é um pouco bronzeado para Dawn City. Não deixou de reparar que ele também usava óculos escuros, mas pestanejou. Quem usa óculos escuros em plena neve? Deixou a respiração sair calmante. Ela sorrir, e decididamente não está usando sutiã. Seus seios endurecem, mas ela não os cobre. Aquilo foi impossível de não ser reparado, principalmente, de não ser reparado por ele. Clara olhou para cestinha dele, ele carregava dois livros de biografia e um que falava sobre Anne Frank. ''Interessante'', pensou ela. A maioria das pessoas baixam apenas resumos sobre isso. Ele se afastou, tinha o caminhar viril, as costas erguidas e o cabelo quase chegando próximo ao olho. Ela, por sua vez, não se fez de rogada e o admirou até ele sumir em meio aos corredores. Suspirou. Há quanto tempo ela não saia com alguém? Ou até mesmo a última vez em que deu uns ''amassos''? Deixou o seu pensamento de lado.

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Os livros de Clara estão empilhados na sua nova estante branca. Eles estão organizados em ordem alfabética, do menor ao maior e, claro, sem nenhum amassado. O fato de ela ser perfeccionista também ajuda. Ela gosta de vê-los organizados assim. Bem, não é para qualquer um ter livros de mais de quinze anos intactos, sem amasso na borda ou qualquer tipo de mancha. Cuidados. Sua mãe sempre me ensinava isso: ''tenha cuidado nas coisas, Clara. Aprenda a valorizar até as menores coisas, querida. '' A sua estante de livros fica na sua sala, de frente para uma réplica barata do quadro da Monalisa. Ela gosta de olha-lo e imaginar o que realmente ela estava sentindo enquanto Leonardo da Vinci a desenhava. A uma fluidez na imagem, então às vezes ela pega admirando por não ter outra coisa a fazer, e isso faz com que o tempo passe, deve ser um bônus para pessoas desempregadas. Ver o tempo passar pela janela enquanto, terrivelmente, espera o seu telefone tocar ou receber um e-mail... Um SMS?

Ao fim do dia, Clara está esgotada e ainda desempregada. Lucastick, contudo, verificou mais de quarenta vezes o seu celular e a caixa de e-mail. Pensou em falar com seu ex-marido, Augusto, mas não, ela não queria que a visse em uma situação ruim. Ele, certamente, jogaria na sua cara todos os anos desperdiçada em uma faculdade de dança. Clara já é uma mulher feita e independente, não precisa de Augusto no seu pé. Não, ela preferia comer arame farpado ao invés disso. Sentou-se ereta e passou os canais da TV, mas era apenas para passar o tempo. Daniel não estava com ela. O seu filho havia ido visitar a sua avó paterna, e o fez jurar de dedinho que Dan não iria contar que a sua mãe perdeu o emprego que os sustentavam. Ela esperava, profundamente, que seu filho tivesse cumprido a sua promessa, mas ela sabia que uma hora ou outra Augusto iria descobrir. Além disso, sabia que o seu 'ex' é um chantagista barato de meia tigela e sabia que Dan não iria conseguir segurar isso por muito tempo. Encostou-se ao sofá e sentiu o seus músculos tensos, mas não deu tempo nem de se esticar no sofá direito que a campainha soou pela casa. Ela olhou preguiçosamente para a porta e se levantou. Caroline, sua amiga desde a faculdade, entrou em sua casa parecendo um raio. Seus cabelos loiros estão devidamente arrumados em um coque bem feito, ela usa bastante maquiagem para quem vai visitar uma amiga de anos. Caroline poderia ser resumida em duas palavras: extravagante e exagerada. Caroline é sempre o oposto de Clara. Talvez seja por isso que a amizade das duas dura até os dias de hoje.

— Pequena Clara, meu amor, eu tenho novidades. — Caroline esboçou um sorriso bastante branco. Então, (in) felizmente, Clara soube que o restante das horas irá ser bem interessante, talvez, com Caroline em sua companhia.

Obrigada por lerem! Espero, profundamente, que tenham gostado desse capítulo. Peço, por favor, que compartilhem com os seus amigos, votem e comentem sobre o que acharam.  Desculpem qualquer erro! Obs.: Passe para o lado e confira o próximo capítulo. ❤❤❤