Capa feita por: @GoldEvolution
♤Essa história foi escrita em 2018, mas está sendo reescrita em 2020.
Para Clara, aquele seria só mais um inverno lento e sem graça, trabalhando em uma academia especializada em dança e passando o tempo com seu filho...
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Há algumas coisas aceitáveis sobre Stephen Blake: Ele odeia lugares com muito barulho. Odeia comida com bastante óleo. Não gosta de hip-hop. Prefere o inverno ao invez do verão. Abomina pessoas que se atrasam, principalmente pessoas que se atrasam quase uma hora. O que é ruim, pois Adolfo é muito livre e nunca cumpre com o que é devidamente certo e aceitável.
A garçonete segura o copo com água de Stephen. Ele é o tipo de cara tecnicamente correto, portanto, não engere bebida alcoólica enquanto trabalha. O que é aceitável. Apostou que se Kevin estivesse ela seu lugar, ele já estaria no seu terceiro gole de cerveja.
Mas agora essa não é questão.
Como Adolfo pode ser tão irresponsável? Pensou Stephen. Sabia que o depoimento dele seria muito importante para desvendar o começo do caso, mas aquele cara não ajudava. E, para falar a verdade, está tão frustante depender de uma pessoa que se julga não poder ajudar.
Olhou em volta. Ele queria encontrá-lo em um lugar com poucas pessoas e, claro, o "melhor" lugar seria uma casa de striper. Stephen sorrio com escarnia. Caramba! Há quanto tempo não frequentava uma casa de Striper? Não que isso fosse grande coisa - pois não era -, mas ás vezes sentia saudades de quando era mais jovem e poderia curtir sem se preocupar em acordar cedo no outro dia para ir trabalhar. A vida e suas contradições. Stephen odeia as consequências.
Ajeitou o casaco que possuia, remexeu-se incomodado. Por sorte, Adolfo apareceu na porta da entrada. Ele é a pele mediana, cabelos desgrenhado, cavanhaque, que, de algum modo, ele insiste em usar, nele não fica tão bonito assim; ele parece com algum ator de quinta mexicano; sua boca é escura, provavelmente de tanto fumar. Stephen ignorou quando uma das Stripers tocou em seu ombro, pois não era hora e nem momento de se divertir. Ele acenou dizendo que não, mas antes de ir ela deslizou a sua mão pelo abdomen de Stephen. Ela gostou de sentir todos os gominhos dele, mas dispensou-se rápidamente. Ouviu quando Adolfo sussurou um ''mais tarde, gatinha.'', antes de sentar-se na mesa aonde estava o investigador. Blake revirou os olhos.
— Oi. — Pousou as mãos na mesa. Chamou a garçonete e, diferente de Stephen, pediu uma cerveja.
— Uma hora atrasado — Apontou para o relógio em seu pulso. — O que tem a me falar? Espero que seja algo de grande peso, já que entrou em contato comigo.
Adolfo faz uma careta.
— Pensei que você era mais legal, tipo, menos velhote. - Stephen franziu o cenho. Aquele garoto acabou de chamá-lo de velhote? Bom, quem ele pensa que é? - Tinha algo azucrinando a minha cabeça, sabe comé? - Bebericou o cerveja. - Você consegue acreditar nisso? Vozes me persseguem, cara.
— S'il vous plaît, pensei que havia me chamado para conversar sobre I.P., mas não, me chamou para conversar sobre os seus problemas psicológicos. - Endireitou-se na cadeira. Adolfo dar uma gargalhada. Qual é? Nem foi tão engraçado assim. O que está acontecendo com ele? Acha mesmo que pode me enganar?, pensou Stephen.
