[ concluída ✔ ] Kim SeokJin vivia vagando pelos corredores da Faculdade de Direito da Nacional de Seul, sempre cercado ou do seu grupinho de amigos populares ou de sua namorada, enquanto - secretamente - observava aquela garota, tão comum que chegav...
He's fallin' in love now Losin' control now Fightin' the truth Tryin' to hide But I think it's alright girl (Russ)
Oops! This image does not follow our content guidelines. To continue publishing, please remove it or upload a different image.
Após o vexame que passei com Jiyoung nos corredores lotados de estudantes ansiosos para iniciarem as últimas provas do semestre, fomos praticamente escoltados pelo professor de Tributário I até a sala, carregando conosco alguns dos colegas de classe que saíam dos banheiros e bebedouros, com os olhos fincados nas anotações coloridas que traziam nas mãos. Jiyoung marchou até mim com passos fortes, chocando o ombro em meu braço ao passar pela porta e despejar seus materiais em um acesso de raiva sobre a mesa, fazendo uma menina tímida que sentava à sua frente saltar por conta do susto. Quando o professor pôs o envelope fechado contendo as provas em cima da mesa e nos observou enquanto guardávamos os materiais proibidos, ouvi barulhos do zíper de diversos estojos sendo fechados às pressas, arremessados dentro das mochilas em seguida. O falatório diminuía gradativamente, dando lugar a um silêncio apreensivo.
Olhei ao redor em busca de um rosto familiar, encontrando apenas Taehyung sentado na parede do outro canto da sala, sob as janelas abertas que iluminavam nossas carteiras, girando a caneta nas mãos, com os olhos fixos na mesa, sem parecer enxergá-la. Pela primeira vez, percebi que ele estava mesmo repassando os diversos conceitos na mente, assim como eu, que estava tentando não esquecer todos os dez princípios que passei a semana passada inteira tentando decorar, sem mencionar todas as espécies de tributos existentes na legislação sul-coreana e as suas infinitas características.
Mesmo tendo passado a última noite em claro e estar sobrevivendo praticamente à base do combustível dos universitários desesperados – café –, minha mente estava em branco. A situação em Tributário I estava tão desesperadora que eu não fazia ideia de qual modelo de prova estava preferindo – apenas múltiplas escolhas me tirariam pontos inteiros caso eu não soubesse a alternativa correta, ao passo que as discursivas, ainda que me garantisse um bom espaço para enrolações, poderiam fracionar as minhas notas se eu esquecesse alguns termos técnicos essenciais. Quase sem perceber, eu batia incessantemente a borracha da ponta do lápis na mesa enquanto pensava, cogitando a possibilidade de só conseguir anotar meu nome e a matrícula, nem mesmo tendo garantia de acertar a data.
– Senhores, agora que todos guardaram os materiais e estão ocupando seus devidos lugares, vamos às considerações sobre o exame. – o professor deu início ao ritual de nossas mortes, sua voz ecoava pelas paredes e ricocheteava em cada um de nós com a força de um nocaute. Ele caminhou pelas primeiras cadeiras, distribuindo as pilhas de folhas pelas mesas, os primeiros a receberem passavam o restante para trás – A prova está extensa, os senhores terão até o meio dia para fazer. A consulta é restrita apenas à legislação. São oito horas em ponto agora. Todos receberam as provas? – as cabeças assentiram em uníssono, os corações quase saltavam pela boca. – Não esqueçam de assinar a lista de presença ao final. Podem começar.
