CAPÍTULO XXXI

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Eu definitivamente precisava tomar vergonha e tirar essas cutículas enormes da minha unha. Confesso que tinha tique em estar com a unha sempre feitinha, peguei essa mania da dona Caroline que sempre me encheu dessas coisas menininhas.
Estava esperando o Shawn pra dar o "boa sorte" dele de sempre, mas ele estava demorando mais que o normal dessa vez e isso já estava começando a me irritar, dado o meu mau humor de hoje pelo meu sono. Eu não havia dormido desde três da manhã de hoje, meu corpo doía bastante por causa da queda e eu como sempre não tive muito tempo livre.  Aproveitaria o camarim do Shawn pra dormir um pouco, já que eu já havia sido liberada, mas antes eu queria vê-lo e falar com ele, porque hoje mal nos falamos depois do hotel.
- Cheguei – o astrozinho chegou meio ofegante, arrumando seus fones (N/A: eu não sei o nome daquele negocio gente, vou falar que é fone mesmo, mas vocês sabem o que é). – Desculpa a demora, eu estava com a minha irmã.
- A gente podia não ter se visto hoje, não tinha problema – seu corpo já estava mais próximo do meu, que estava encostado na parede lateral da escada de emergência.
Ele negou com a cabeça e deixou seus lábios formarem um sorriso, que fez automaticamente que eu sorrisse. Suas mãos pousaram na minha cintura e na minha nuca, me puxando para um beijo delicado e cheio de carinho.
- Como tá a dor? – ele se referia a minha queda.
- Eu tomei analgésico, mas tá doendo bastante. – fiz uma careta, e ele pegou na minha mão. – Me desculpa por não conseguir ver seu show hoje, eu estou exausta – eu havia mandado mensagem avisando a ele que não o veria no palco hoje.
- Fica no meu camarim se precisar – ele entrelaçava nossos dedos, e decidiu se colocar ao meu lado, ainda segurando minha mão.
- Vou usufruir do seu sofá e quando chegar, me acorde. – sua cabeça estava encostada na parede e ele assentia.
No momento seguinte alguém me chamava pelo rádio, e esse alguém era Sophie que gritava do outro lado falando que o Shawn precisava ir pro palco e que os pais dele queriam falar com ele.
- Seus pais estão querendo falar com você – olhei na sua direção me afastando da parede, e soltando sua mão.
Ele se endireitou e puxou minha mão novamente, agora para que nossos corpos se juntassem e iniciássemos outro beijo. No fim, colei nossas testas e o desejei boa sorte, e assisti ele ir se afastando enquanto falava com alguém pelo celular.
Fiquei ali mais alguns instantes e mandei mensagem pra minha amiga avisando que ficaria dormindo no camarim porque eu estava extremamente cansada. Sai em direção a sala privada do intocável, caminhando lentamente e ansiando muito por aquele sofázinho de couro, extremamente confortável. Como o esperado o local estava todo vazio, prontinho pra que eu usufruísse o silencio, e usasse meus fones pra entrar no meu momento de descanso. Liguei na minha playlist, deixando que o álbum de Sufjan Stevens inundasse meus ouvidos, tirei meu tênis e já me coloquei na minha melhor posição, e não demorou muito para que o sono viesse.
Não sei exatamente por quanto tempo dormi, mas quando eu acordei ouvi um barulho de chuveiro ligado e deveria ser Shawn tomando banho depois do show. Me levantei preguiçosamente ainda sentindo a lateral do meu corpo latejar e mais uma vez me lembrei de me xingar por eu ser extremamente burra. Fiquei sentada no sofá de pernas cruzadas e mexendo no meu celular, só pra passar o tempo pra e ver se alguém tinha falado algo.
- Conseguiu dormir? – imaginem um Shawn recém-saído do banho? Foi essa a visão que eu tive, e eu até tive a impressão de estar vendo um deus grego ou até mesmo Jesus.
- Hã... Sim – minha pausa, fez com que ele sorrisse e voltasse a secar o cabelo, esfregando-o na toalha.
Eu não havia ouvido o chuveiro desligar, acho que estava distraída demais e agora no caso eu continuo distraída observando esse belíssimo poste na minha frente. Ele estava com uma calça jeans preta, seu uniforme, o botão ainda estava aberto e ele estava sem camisa, secando seu cabelo na toalha.
- Eu poderia tirar uma foto sua e sair vendendo por ai, adquiriria uma boa grana – falei ainda observando seus movimentos.
- Você tiraria a foto e usaria de fundo no seu whatsapp ou tela de bloqueio – seu olhar era convencido e ele me observava pelo reflexo do espelho.
- Vou deixar você sonhar com isso – comecei a me levantar do sofá, colocando meu celular no bolso e indo na sua direção. – Você sabe que é extremamente lindo né? E eu te odeio e muito.
Meu rosto estava próximo do seu agora, agarrei minhas mãos nos seus cabelos e o puxei pra um beijo intenso, dessa vez mais urgente, semelhante ao que havíamos tido na noite anterior. Ele estava sendo cuidadoso por causa dos meus machucados, limitava sua mão nas minhas costas e cintura, deixando ela mais na região do meu rosto.
- Alguém vai chegar daqui a pouco eu tenho plena certeza disso – sussurrei quando encerramos o beijo pela ausência do ar.
- Eu tranquei a porta – ele sorriu de lado, e eu correspondi o beijando com um sorriso nos lábios.
Foda-se se demoraria, aquele garoto precisava transar e eu também, então é isso.
Ele começou a caminhar comigo na direção da parede para que ele me prensasse na mesma, e ali, nossos beijos começaram a se intensificar de uma forma a qual nunca tínhamos feito antes. Suas mãos estavam no meu quadril, e mesmo que a dor estivesse ali, eu não me incomodava, e eu senti que ele pressionava minha bunda, me forçando a levantar e agarrar minhas pernas no seu quadril. Os beijos começaram a ir pra região do pescoço e eu mantinha minha cabeça levantada, dando mais espaço pra ele explorar aquela área. Minhas mãos estavam nos seus cabelos molhados e eu inspirava aquele aroma do seu sabonete caro, sentindo seus lábios molhados deixar diversos beijos pela minha nuca e clavícula. A minha boca já estava entreaberta, quando ele voltou a me beijar, para depois ir até o meu ouvido sussurrar algo.
- Se você quiser que eu pare, por favor, me fale – sua voz era rouca, o que só fez aumentar a umidade entre as minhas pernas.
Puxei seu rosto na minha direção e coloquei as mãos como se os segurasse em minhas mãos, e sorri, iniciando mais um beijo entre nós dois, dessa vez com um tiquinho de sentimento, mas que eu não sabia definir qual era. Quando pausamos o beijo, ele começou a me levar na direção do sofá e ali, ele puxou minha camisa que já estava meio pra fora do short e começou a desabotoa-la, deixando com que meus seios começassem a ficar perante sua visão, e ele os encarava, me deixando com um tesão que eu nem sei como era capaz de sentir. Após minha camisa ir parar longe, suas mãos foram parar nos meus seios, enquanto ele depositava beijos na região que ainda era coberta pelo tecido do sutiã, e como eu estava usando sem bojo, aumentava a intensidade do toque dos seus dedos. Seus beijos não pararam, só quando eu o puxava para que ele voltasse a me beijar ou quando ele foi abrir o feixe do meu sutiã, deixando os livre para que ele pudesse chupa-los como ele estava fazendo no momento. Minha cabeça estava jogada pra trás apreciando a sensação das suas mordidas e passar de língua no meu mamilo, enquanto minhas mãos estavam depositadas na sua cabeça, como o incentivando a estar ali. Depois de se dedicar a ambos os seios, ele voltou a me beijar com a mesma intensidade, e agora suas mãos haviam encontrado minha área sensível e excitada, e num ato involuntário dobrei minhas pernas, deixando que ele pudesse ter mais acesso ao local, fazendo com que eu roçasse meu joelho na sua intimidade e conseguisse sentir ainda por cima da calça jeans o seu grau de excitação. Eu sabia que ele conseguia sentir o tamanho da minha excitação, ainda que por cima do short jeans, eu sentia o quão quente e úmida eu estava naquela região. Seus beijos começaram a descer pelo meu pescoço, clavícula, colo, seios, tronco, me fazendo dar leves arqueadas nas costas conforme ele ia depositando beijos delicados e molhados pela área. Ele passou a desabotoar meu short, para me deixar só de lingerie e eu confesso que não estava com uma das mais sexy, já que a minha calcinha era branca e cheia de bolinha rosa. Vergonhoso Sky.
- Desculpa pela lingerie inadequada – eu aposto que meu rosto estava vermelho.
- Até que é atrativa – ele fazia uma careta analisando a pequena peça de roupa, me fazendo dar um chute na lateral do seu corpo, que fez o gargalhar. – Ela não vai ser usada, então não importa.
Nesse momento agradeci aos deuses pela depilação em dia.
Ele começou a tirar a minha calcinha, deixando a perto ali do sofá e agora, ele estava se ajeitando, descendo ainda mais para alcançar minha intimidade. Seus dedos passaram pela superfície úmida e ele sorriu em satisfação, o que me fez novamente jogar a cabeça pra trás e um morder nos lábios. Seus beijos passaram a ser pelas minhas coxas, e interior das mesmas, enquanto seus dedos dedilhavam perto da área sensível que estava sedenta pelo seu toque. Eu sabia que aquilo era uma maneira de me provocar, mas acho que ele também estava ansioso já que a enrolação não durou muito, e quando eu menos esperei ele introduziu um dedo na minha abertura, me fazendo soltar um gemido, não tão alto, mas que me fez soltar seus cabelos e tampar a minha boca. Seu sorriso aumentou, e agora sua boca começou a se dedicar a dar beijos na minha região intima, para que seguidamente ele começasse a explorar o local com a sua língua, dando leves chupadas, e meu JESUS AQUILO ERA O PARAISO, DE FATO. Ele sabia exatamente onde mexer, onde chupar, ELE SABIA ONDE FICAVA O CLITÓRIS, SHAWN MENDES EU ATÉ ACHO QUE TE AMO HOJE.
Seus lábios e língua me chupavam, enquanto umas das minhas mãos iam do meu seio, apertando-o, até seu cabelo o qual eu dava varias puxadas pelos seus toques tão gostosos. Quando ele aumentou o ritmo das chupadas, eu achei que ia gozar ali mesmo na sua cara, mas antes que isso se realizasse ele parou imediatamente e subiu para encontrar meus lábios, e deixar que eu sentisse pela primeira vez meu gosto na boca de outra pessoa. E caralho, aquilo era de um nível de intimidade que eu nunca havia tido com ninguém, até porque até hoje eu só experimentei a penetração e nada mais.
- Eu não vou te deixar gozar ainda – assim que nosso beijo parou ele sussurrou na minha boca entreaberta.
Naquele momento eu queria retribuir pela sensação que ele me causou, queria sentir seu pau na minha mão novamente, mas antes que eu terminasse de pensar sobre, ele colocou sua mão no seu bolso traseiro e tirou o pacote de camisinha de lá, e já começou a descer seu jeans, que foi descendo e levou sua cueca boxer junta, e que pinto lindo ele tinha. AQUELE MENINO TINHA ATÉ O PINTO BONITO.
Ele colocou a camisinha e suas mãos seguraram as minhas, entrelaçando-as, me puxando para que eu me colocasse melhor no sofá, e ele por cima de mim com as minhas pernas na sua cintura, sem deixar que seu peso caísse por cima de mim, se colocou da melhor forma e posicionou seu membro na minha entrada, e me penetrou lentamente, deixando com que ambos sentissem aquela sensação inebriante. Sua cabeça foi parar perto do meu pescoço e a minha foi jogada pra trás.
Suas investidas estavam lentas no inicio e foram se intensificando, ficando mais rápido e intenso conforme nossos quadris entraram num ritmo só nosso. Os nossos gemidos não eram altos, eram abafados e controlados por beijos e mordidas de lábio um do outro. Eu estava alcançando meu ápice e ele sabia disso quando intensificou ainda mais suas investidas, dando entocadas fortes e firmes, fazendo com que eu o beijasse desesperadamente quando senti que ele assim como eu estava próximo. Sua ultima estocada foi ainda mais forte, o que me fez apertar minhas unhas nas suas costas, e morder seu ombro pra sufocar meu gemido que sairia alto. Eu havia alcançado o orgasmo, e ele em seguida, dando somente mais uma estocada firme para se libertar, dando um gemido rouco no meu ouvido, relaxando o corpo depois e soltando a respiração pesada.
Eu conseguia ver as gotículas de suor na sua nuca, seu rosto estava enterrado no meu pescoço e ele respirava pesado em cima de mim. Ele ainda não havia saído de dentro de mim, mas foram apenas alguns segundos para se recuperar, para em seguida me dar um selinho e se levantar, ir até o banheiro para se livrar da camisinha, me deixando ali ainda inebriada pelo que havia acabado de acontecer. Eu definitivamente havia tido a melhor transa da minha vida, não que minhas experiências tenham sido grandiosas, eu só tinha tido minha primeira vez até hoje como relação sexual.
Ouvi o barulho de o chuveiro ligar, enquanto eu estava ali deitada, respirando pesado e relembrando o que havia acontecido minutos atrás. Decidi me levantar e ir até o banheiro, eu também precisava me lavar.
Encontrei um Shawn parado embaixo da cascata de agua que caia sobre seu corpo. Fiquei parada no batente da porta, com as mãos em frente ao seio, de braços cruzados, apenas observando-o, até que ele encontra o meu olhar e sorri na minha direção.
- Prefere que eu saia pra você tomar banho? – eu já estava me aproximando dele.
- Eu só vou me lavar, eu tô sem roupa de banho – sorri sem graça, e ele apenas assentiu dando espaço para que eu entrasse de baixo do chuveiro.
Prendi meu cabelo num coque antes de deixar que a agua caísse sobre meu corpo, ele já havia saído com a toalha em volta da cintura e eu o agradeci mentalmente por não ficar ali me observando ou algo assim. Me lavei com o seu sabonete, e sai em seguida pegando uma toalha enrolada que estava disposta na lateral da pia. Me sequei e pedi que Shawn pegasse minhas coisas, ele prontamente as pegou e já estando devidamente vestido.
- As pessoas devem estar loucas atrás de você – sorri abotoando minha camisa.
- Só o meu pai que me mandou mensagem avisando que estariam no hotel – ele conferia o celular.
Eu estava vestida, e fui caminhando atrás dos meus tênis e calçando-os meio desajeitada por estar sem local pra me apoiar. Fui até a penteadeira, onde estava meu celular e conferi as chamadas de Sophie que me avisou que Geoff estava desesperado atrás de mim, mas que ela havia dito que estávamos juntas quando ele ligou pra ela. Havia umas dez mensagens do meu primo e umas três ligações perdidas. Respondi as mensagens da minha amiga agradecendo, e ela me disse que estava na região dos palcos com o Matt escondidos, já que os meninos ainda estavam lá. Eu ri imaginando o quanto ela me xingaria.
- Vamos? – guardei meu celular no bolso e olhei pro principezinho que havia me dado o primeiro orgasmo.
- Vamos – ele saiu do seu celular quando ouviu minha voz, e o colocou no bolso de trás da calça.
Caminhei na sua direção, mas antes que eu abrisse a porta ele me pegou pela mão e me beijou, carinhoso, colocando meu rosto entre as suas mãos. No fim depositei um beijo no seu pescoço, na meia ponta, e depois encontrando seu olhar brilhoso e questionador em cima dos meus.
- Foi incrível – respondi seu olhar, revirando-o, mas ainda sim sorrindo.
Ele soltou uma risada e selou nossos lábios brevemente, deixando com que em seguida eu abrisse a porta e fosse na direção dos palcos a procura da minha amiga. Mal podia esperar pelos xingos, ofensas e tapas dela.
Caminhei pelos corredores, e eu tinha um sorriso bem ridículo no rosto, mas tudo bem. Entrei na região do palco e ouvi a voz da minha amiga e do Matt que estavam conversando sobre a Megan, sua lindíssima namorada.
- A MARGARIDA APARECEU GENTE – ela estava deitada no palco, e o Matt sentado ao seu lado.
- Desculpa, sério – sorri sem graça, subindo na batente do local.
- Ai vamos logo que eu tô com fome, e quero deixar claro que vou cobrar por isso – ela falava com seu olhar superior. – Da próxima vez que quiser dar pro intocável, vê se avisa caralho. – ela se limpava enquanto Matt só dava risada da situação.
- Cala a boca Sophie – a repreendi com o olhar.
- Que é? Te salvei garota, você deveria lamber o chão que eu piso – seu olhar era debochado e ela passou a caminhar pra ir na direção da saída.
- Pelo menos algum de nós transa né? – o garoto comentou enquanto seguíamos a minha amiga.
- Você tem namorada garoto, fica quieto – Soph sempre simpática, cerrou seu olhos pra Matt.
- Mas ela tá em Pickering e eu aqui – ele arqueava as sobrancelhas, fazendo com que ela pensasse um momento sobre o assunto e desse de ombros em seguida.
Começamos a ir na direção da sala de jogos e como estava todos por lá, ninguém ficou questionando onde estávamos e eu só sabia agradecer aos deuses por isso. O pessoal estava combinando de irem todos pro hotel e ficarem lá passando o tempo no restaurante já que amanhã ninguém trabalharia.
Fomos todos juntos pro hotel, com o mesmo esquema de sempre nos carros e eu e Shawn não nos falamos mais, apenas alguns olhares e sorrisinhos por parte dos dois. Nunca ficávamos muito tempo juntos em publico, não sei como ele se sentia sobre isso, mas eu até gostava porque o medo de alguém da equipe descobrir algo era grande.
Ao chegarmos no hotel, eu fui direto pro quarto pra conseguir tomar um banho descente e trocar de roupa. E quando eu estava no banho me peguei pensando novamente sobre o acontecimento de instantes atrás e eu me perguntava se era normal ficar tão fissurada nisso após. Depois do banho coloquei uma calça jeans com blusa preta e chinelos de dedo, porque meus pés não aguentavam mais tênis. Comecei a secar meus cabelos no secador e ouvi a porta do eu quarto se abrir, já imaginando que fosse a Sophie.
- ME CONTA – Sophie aparecer na porta do banheiro.
Eu não disse que era ela?
- Contar o que? – eu tentava falar por cima do barulho do secador, com ela agora sentada na privada ao meu lado.
- Não faz a sonsa não garota – ela revirou os olhos.
- Ele me deu o melhor sexo da minha vida até o dia atual, apenas – sorri pra ela, que bateu palminhas de felicidade, mas parou em seguida.
- Olha isso não é tão animador dado que você nunca teve um sexo decente na vida – ela parecia pensar sobre o assunto, depois da euforia momentânea.
- Se eu pensar por esse lado, realmente – desliguei o secador, e considerei suas palavras.
Ela não perguntou mais nada, e nem me xingou, o que eu agradeci. Ficamos ali até que eu estivesse pronta pra descer e aparentemente ela também havia tomado banho, já que havia trocado de roupa. Descemos juntas pro local onde o pessoal estava, e boa daqueles que mais ficavam com o Shawn, vulgo pessoal da banda, membros da equipe de composição, Andrew, manager, Stella e Tom, fora os amiguinhos e os pais dele, estavam todos lá. Eles bebiam algo no bar quando chegamos e alguns se enfrentavam numa partida de sinuca. Decidi ficar ali com os meninos e a minha amiga que havia pegado uma cerveja que o Mike tinha deixado sobre o balcão.
- Oi – era a princesa da família se aproximando na sua melhor expressão tediosa. – Avisa o Shawn e meus pais que eu subi porque não tenho paciência e animo.
- Você não quer ficar um pouco aqui com a gente? Vamos jogar alguma coisa? – era Sophie quem falava agora, ao lado da menina. - Deve ter algum jogo de cartas legal
- Vocês sabem jogar pôquer? – ela pareceu se animar com a ideia, abrindo um sorriso.
- Eu sei, mas aviso que sou fracasso – eu havia pedido um suco, e mexia no mesmo com o canudinho (N/A: NÃO USEM CANUDOS DE PLASTICO. Grata).
- EU SEI! – Sophie se animou com a sugestão da estrela Mendes e a puxou pelo braço pra que elas fossem atrás das cartas, no balcão do hotel.
Fiquei ali parada, sozinha, já que os meninos agora haviam entrado na partida de sinuca. Vi que Shawn caminhava na minha direção com um copo de uísque em mãos.
- Desde quando você pode beber nos Estados Unidos garoto? – resmunguei vendo o seu copo com a bebida alcoólica.
- Desde quando você pode fumar nos Estados Unidos garota? – ele era bom em retrucar, não nego.
Mostrei a língua pra ele, que sorriu em seguida e se apoio no balcão deixando o copo sobre o mesmo.
- Desculpa se eu não te chamei pra tomar banho hoje, eu nem perguntei como foi pra você. Queria que fosse algo especial, mas não saiu tão especial assim. – ele sussurrava, e a musica ambiente ofuscava a sua voz, deixando que somente eu ouvisse.
- Tá tudo bem e é claro que foi especial, a gente não tinha muito tempo – sorri o tranquilizando. – E foi ótimo, sério, mas e pra você – eu tomei mais um gole do meu suco.
- Não sei me expressar em palavras e eu não posso expressar da melhor forma agora, mas foi sensacional – ele suspirou na ultima palavra me fazendo rir.
- Você nem usufruiu tanto assim – ele sabia do que eu queria dizer, mas em seguida negou com a cabeça dando um gole na sua bebida.
- Ah Sky, se você soubesse – ele deu uma gargalhada.
- Teremos tempo de aprimoração – dei uma piscadinha e roubei um pouco da bebida do seu copo, misturando no meu suco.
- Fica no meu quarto hoje? – ele me observava, e nossas mãos estavam próximas.
- Não sei, meu primo pode perceber, mas posso ficar um pouquinho – sorri na sua direção, que foi retribuído antes que as meninas se aproximassem e chamassem ele pra jogar conosco.
Ele comentou que estava esperando sua vez pra jogar sinuca, mas que ficaria olhando a nossa partida. Havíamos chamado a Karen pra partida e o Manny, mas só a Karen topo, e o Manny disse que se juntaria ao Shawn pra nos assistir.
Caminhamos até a mesa de jogos que tinha ali e decidimos jogar pôquer mesmo, mas sem grandes apostas em dinheiro pra ninguém sair nos tapas.  Cada uma de nós ficou numa parte da mesa e iniciamos as rodadas, jogando dez dólares cada, e a arrasadora Sra. Mendes levou todo nosso dinheiro. Ela era ótima nesse jogo.
Eu era péssima nos blefes, era extremamente lenta então das seis rodadas que fizemos apenas uma eu ganhei, duas a Karen, duas a Aali e uma a Soph que era tão ruim quanto eu nesse jogo. Os meninos se animaram quando nos viram jogando e começaram a entrar em algumas rodadas, aumentando as apostas, e foi nessa, com a ajuda do Geoff é claro, eu ganhei uma.
Manny e Karen subiram depois das seis partidas, e a Aali ficou mais um pouco comigo e com a Soph na parte do bar. Decidimos ambas saímos da mesa de jogos e deixar pros meninos jogarem o restante e ficamos nas banquetas apenas conversando, mas a mais nova logo subiu pro seu quarto alegando estar cansada demais pra ficar ouvindo os gritos masculinos que ecoavam no local, por conta do jogo.
- Amanhã vocês vão pra praia né? – assim que ela se levantou para sair da banqueta, questionou.
- SIM! SAUDADE PRAIA – Soph levantava as mãos ao alto, arrancando risadas minhas e da Aali.
- A gente se encontra amanhã no hall do hotel então – ela se despediu de nós e foi até o irmão.
- Você trouxe roupa de praia? – sussurrei pra Sophie que fazia uma careta experimentando meu suco alcoolizado.
Sim, ele tinha ficado horrível com a mistura, e estava durando até agora.
- Sim? – ela questionou com o olhar, colocando a língua pra fora em sinal de desgosto pelo suco. – Eu vou te bater se você falar que não trouxe.
- Trouxe, eu só perguntei – tomei um gole do suco ruim e imitei a careta dela, empurrando aquele copo pra longe. – Acho que eu vou dormir também.
Busquei com o olhar o Shawn e ele estava escorado na mesa de sinuca conversando com os garotos e rindo. Seus olhos encontraram os meus após alguns minutos e eu pude ver o rubor que estava no seu rosto. Ele devia estar levemente bêbado.
- Dormir? Você não tem nem vergonha Sky Warbuton – o olhar de Soph era cerrado, o que me fez rir.
– Boa noite! Te amo. – beijei sua bochecha e sorri pra ela, que mantinha o mesmo olhar.
- Se o Geoff me ligar de novo, eu vou até aquele quarto e berro – agora ela arqueava as sobrancelhas indo na direção dos garotos.
Assisti ela ir até eles para depois seguir na direção do elevador. Esperei alguns minutos para que ele chegasse no andar e eu pudesse ir pro meu andar. Quando as portas se abriram, Shawn veio correndo e segurou para que as portas não se fechassem, e foi só ele passar que elas se fecharam e ficou eu e ele na cabine do elevador.
Ele olhou na minha direção e sorriu, vindo pra cima de mim, me pressionando contra a parede do elevador, me beijando. Eu conseguia sentir o gosto de uísque na sua boca, e um leve odor de álcool na sua pele.
- O que uns copos de uísque não fazem né – sorri quando seus beijos começaram a descer pelo meu pescoço, deixando meus olhos entreabertos.
Foi nesse instante que o elevador abriu as portas, fazendo com que ele me soltasse e pegasse na minha mão, me arrastando na direção do seu quarto. Caminhávamos de pressa pelo corredor pra que ninguém nos visse, quando nos deparamos com a sua porta ele soltou minha mão para passar o cartão pela fechadura, liberando a tranca da porta.
Seu quarto era maior que o meu, tinha uma cama de casal imensa, uma suíte que parecia ser enorme, poltronas perto da enorme varanda, mesinha de centro entre ambas, uma estante perto da tv, um guarda-roupa na lateral do quarto, perto da sua cama. Na beira da sua cama continha dois criados mudos um de cada lado, de uma madeira extremamente elegante.
- Fica a vontade – ele notou minhas mãos atrás do bolso, significando um sinal de não saber o que fazer.
Ele começou a se aproximar por trás de mim e abraçou minha cintura, fazendo com que eu jogasse minha cabeça contra seu peito que estava atrás de mim. Ele depositou um beijo no meu pescoço e suas pernas começaram a empurrar as minhas para irmos em direção a cama. Parei em frente a cama, e me virei para ficarmos de frente um pro outro, encontrei seus olhos e sorri, ficando na meia ponta, ele se curvando um pouco e começamos a nos beijar mais uma vez. Subi num impulso no seu colo novamente e ele segurou meu quadril cuidadosamente, me colocando na cama macia, sem que minhas pernas largassem da sua cintura.
Minhas mãos já começaram a puxar sua camiseta quando seus beijos se intensificaram e ele prontamente me ajudou as tira-la, para em seguida ser a minha vez de tirar a minha. Dessa vez minha calcinha e sutiã não eram tão infantis, eram apenas pretos, mas eu acho que ele nem notou porque ele se livrou de ambos bem rápidos. Acho que por ele estar bêbado a coisa não foi tão lenta como mais cedo, seus dedos e toques eram mais desesperados e ferozes. Eu não posso reclamar de maneira nenhuma dessa coisa mais selvagem, até porque dessa vez eu não sei se seria capaz de aguentar seus dedos na minha intimidade como ocorreu hoje.
Quando seus dedos atingiram minha região úmida e sensível, ele não teve piedade, ele explorou cada local, chupou e meteu aqueles preciosos dedos em uma sintonia que eu não tenho nem palavras. O orgasmo veio antes, eu literalmente gozei na sua cara e ele apenas sorriu satisfeito vindo me beijar em seguida, para que em seguida ele começasse todo processo de busca da camisinha na gaveta lateral e a colocasse, para então me preencher mais uma vez. Suas estocadas eram fortes, e dessa vez eu não segurei um gemido se quer, e ele também não, seu hálito quente ia contra a minha pele enquanto ele me penetrava. Quando chegamos no orgasmo juntos, mais uma vez, e eu pela terceira vez no dia, eu não conseguia nem manter meus olhos abertos, tamanho o relaxamento que eu senti.
Ele se jogou ao meu lado na cama, me dando um beijo na testa e saindo pra ir até o banheiro se livrar da camisinha. Quando ele voltou o lençol já cobria meu corpo e eu mantinha meus olhos ainda fechados.
- Tá tudo bem? – ele deu uma risadinha quando se deitou ao meu lado.
- Tudo ótimo, nunca esteve tão ótimo. – molhei meus lábios e sorri imaginando seu sorriso.

***

oioi gente, aqui é a Yasmin (melhor pessoa da vitoria) e como ela deixou avisado para vocês, eu que estarei no comando durante esse período em que ela trabalha e talvez enquanto ela viaja. sou um amorzinho, mas não falem coisas ruins da sky, pois ela é meu amorzinho junto com a sophie.
obrigada por lerem a fic da vitoria e uma ótima leitura para vocês.

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