Troye Sivan | Perdidos Nas Estrelas [Concluída]

Cap. 2

Olha que ótimo, Troye me convidou a vir para a América Latina com ele e sua equipe, pois ele pretendia fazer uma turnê por aqui. Mas agora, graças a imensa vontade de Troye em visitar a floresta amazônica, nós acabamos nos distanciando da equipe dele e do guia turístico. Agora estamos perdidos na mata à quase uma hora e meia.

Eu e Troy nos tornamos amigos na festa de 15 anos dele. Eu fui acompanhado um de seus amigos e, talvez, tenha chamado a atenção de Troye por ser a única convidada excluída dentre todos. Troye, sempre muito gentil, foi até mim e nós dois começamos a conversar. Nós conversamos tanto que quando nos demos conta, já era muito, muito tarde e os pais de Troye me pediram para passar a noite ali. Foi assim que eu e ele nos tornamos amigos inseparáveis (mesmo brigando as vezes por coisas bobas).

Passamos por várias situações juntos, mas sinceramente ficar perdida na floresta Amazônia com Troye nunca passou pela minha cabeça.

-Acho que a bússola quebrou.

-Deixa eu ver... -Pego o objeto das mãos dele. -E agora? O que vamos fazer?

-Ué, você não é brasileira? Deve saber o caminho.

-Você é africano e nem por isso conhece toda a África. -Mostro a língua pra ele.

-Hum, chata... -Ele faz careta.

-Vamos seu boboca, não podemos ficar parados! -Guardo a bússola no bolso e puxo Troye pelo pulso.

Caminhamos uns minutos por ali, eu tentando encontrar o guia e o pessoal. Já o bonito do Troye, estava arrancando as flores da floresta.

-Troye! O que está fazendo? -Grito com ele que parecia hipnotizado com a natureza que nos rodeava.

-Veja S/n, uma orquídea... -Ele se aproxima de mim com uma flor na mão, irradiando felicidade.

-Isso não é uma orquídea, Troye... -Vejo seu sorriso se desfazer.

-Ah, não? Err... Pensei que fosse.

-Não é porque estamos na floresta amazônica que vamos encontrar coisas surpreendentes aqui. -Sorrio da ingenuidade de Troye.

-Você não precisava cortar o meu barato... -Ele sorri de volta.

De repente, eu e Troye sentimos uma gota d'água em nossas testas.

-O que foi isso? -Ele diz olhando para o céu.

Mais uma surpresa, as nuvens estavam carregadas e começaria à chover.

-Não, não pode chover! Se chover piora! -Ela começa a acelerar os passos, como se pudesse fugir da chuva. -Vamos S/n, não podemos perder tempo... -Troye fica sem resposta. -S/n? -Ele olha para trás e percebe que eu não estava o seguindo. -O quê?? -Volta correndo naquela chuva atrás de mim e me vê jogada no chão. -S/n!

Eu apenas me contorcia de dor enquanto pressionava o meu tornozelo esquerdo com as mãos.

-Hey, o que aconteceu princesa? -Troye se abaixa com delicadeza até mim, me olhando com preocupação.

-Eu não sei... Senti algo como uma picada no tornozelo... Tá doendo muito! -Tentava segurar o choro.

Troye olhava para um lado e para o outro sem ter ideia do que fazer. Eu olhava para a cara de preocupação dele e só sentia vontade de rir.

-Não se preocupe amigo, não deve ser nada grave... -Tento o acalmar.

-Como não S/n? Você parece estar sentindo muita dor... Eu vou te ajudar. -Troye me ajeita nos seus braços e me segura.

-Não precisa me levar no colo Troye... Eu já falei, não é nada demais... -Eu não queria dar trabalho pra ele.

-Não se preocupe, eu vou cuidar de você. Agora trate de ficar calma para o ferimento não piorar... -Troye me olha, sério.

Nesse momento o cabelo loiro de Troye e as suas roupas já estavam muito molhados.

Troye caminha, se esforçando para me segurar nos braços, já muito ofegante. Eu apenas olhava para ele, mas o olhava de um jeito diferente... Eu nunca havia visto Troye assim antes, tão preocupado com algo, tão apreensivo e tão responsável como estava agora. Por um momento, uma pequena admiração por Troye surgiu em meus olhos, o jeito que ele cuidava de mim, como ele parecia estar preocupado... Mas logo deixei esses pensamentos bobos de lado, Troye e eu somos amigos, ele tem um namorado que ama muito. E está ótimo do jeito que está.

-Você está melhor? -Ele abaixa o rosto olhando para mim.

-Quero ir caminhando, Troye... -Imploro para o mais velho.

-Você não está em condições de caminhar. -Ele continua andando.

-Eu sou pesada, você é magro, como está me aguentando?

-Você é pequena S/n, não é tão pesada assim... Sossega e me deixa te carregar.

...