Cap. 3

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Os meus olhos começaram a pesar, de modo que eu já não era mais capaz de sustentá-los abertos.

-S/n... Você está bem? -Troye pergunta, ainda me carregando nos braços.

-Sim, só... Estou com os olhos pesados...

-Então, feche-os... -Ele põe a mão sobre meus olhos, fechando minhas pálpebras.

Troye me leva por mais alguns minutos, mas a chuva está fria e, a essa altura do campeonato, já não encontraremos mais o guia e nem os amigos da produção de Troye.

-Heey menina, vou ter que encontrar um lugar para te colocar. -Ele fala, me olhando. Eu estava desacordada e Troye fazia ideia disso.

Caminhando mais um pouco, Troye chega até um local limpo, quero dizer, com menos árvores e plantas. Parecia ser um terreno. Logo, vê algumas casas de palha. Imagina que seja oca de alguma tribo indígena, já que estamos na Amazônia. Ele sorri e vai até o lugar.

   Um índio sai de uma das ocas e vê Troye me segurando

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Um índio sai de uma das ocas e vê Troye me segurando.

-Por favor senhor... Me ajuda. -Troye pede com a voz mais doce do mundo, torcendo do fundo do coração dele para que o ajudem. Ele estava com frio e sede, além de estar preocupado comigo que estava desacordada.

O índio fica parado, olhando para Troye, que parecia exausto por ter se jogado de joelhos no chão, me apoiando em seu peito. Depois, o índio entra de volta para a oca.

-Aguenta firme amiguinha... Vai dar tudo certo. -Ele passava os dedos em meu cabelo.

A essa hora Troye já havia percebido que a picada que eu dizia ter sentido poderia ser grave, pelo fato de eu ter desmaiado.

Troye fica esperando alguém aparecer novamente. Sua cara de preocupação não podia mais ser escondida, muito menos seus dedos, que não paravam quietos, mostrado o quão nervoso ele estava.

-Ei! Homem branco com menina no colo! -Um homem alto e forte aparece na porta da oca e chama por Troye. Ele não entende o que o homem diz, mas sabe que ele estava o chamando.

Troye me pega novamente no colo e vai até o homem.

-Ajuda ela... -Ele diz, mostrando o meu tornozelo para o Índio (Cacique).

O cacique entende o sinal de Troye e consente com a cabeça, levando ele e eu para um espaço maior. Era como uma oca enorme em comparação às outras.

Chegando lá, o cacique me coloca em uma cama de palha e folhas. Troye fica sentado na beira da cama me olhando, muito apreensivo e prestando atenção em tudo o que o índio fazia. Os olhos azuis de Troye agora pareciam ser pretos, de tão grandes que estavam as suas pupilas.

-Eu vou chamar minha mulher Ravana, ela saber falar língua de branco. -O cacique diz, saindo do quarto. Troye não entende nada, mas espera.

(estamos no Brasil então, os índios falam uma espécie de português e Troye não entende)

-Olá... -Uma mulher aparece, falando inglês.

-Ah, olá... A senhora fala a minha língua? -Troye abre um sorriso.

-Sim, sou a mais estudada aqui na tribo. O meu marido me disse que a sua noiva está ferida... -A Índia olha para mim.

-Ah! -Troye sorri. -Ela não é minha noiva, é uma grande amiga... A senhora pode ajudá-la? -Troye não soltava a minha mão por um minuto sequer.

-Posso ver o ferimento?

-Claro. -Ele consente.

A Índia examina o meu tornozelo e é breve;

-A sua amiga foi picada por cobra verde.

-O quê? Picada por uma cobra? -Troye fica ainda mais nervoso.

-Eu vou fazer o remédio com a muúba e óleo de coco. Não se preocupe, sua amiga vai ficar bem.

Horas mais tarde...

-S/n... Como está? -Vejo Troye bem próximo de mim.

Olho para um lado e para o outro e não entendo onde estou.

-Troye... -Seguro seu braço com muita força. -Onde nos estamos? -Olho assustada para ele, que ri de mim.

-Calma little Princess... Você não está reconhecendo? Estamos onde tudo começou.

-Quê? O que você tá falando?

-Você não disse que os índios descobriram o Brasil? Então... Estamos em uma tribo indígena brasileira. -Troye sempre quis conhecer uma tribo indígena da Amazônia.

-Uma tribo? Então, não estamos mais perdidos?

-Na mata, não.

-Olá querida, está se sentindo melhor? -A Índia Ravana vem até mim.

-Essa é Ravana, S/n... Ela te salvou da picada de cobra. -Troye parece contente por me ver acordada.

-Ah, obrigada Ravana... Então, foi mesmo uma cobra que me picou?!

-Sim, mas agora está tudo bem... Vou fazer um chá de ervas para os visitantes da tribo. -Ravana sai.

-O que está acontecendo aqui Troye? -Pergunto, sorrindo.

-É incrível não é? Estamos mesmo perdidos na mata, igual nos filmes que nós assistimos!

-Obrigado amigo. -Abraço Troye. -Obrigado por não desistir de mim e me trazer até aqui para ser curada. Você foi realmente corajoso.

-Não precisa agradecer, estamos juntos nessa. <3

Troye Sivan | Perdidos Nas Estrelas [Concluída] Onde as histórias ganham vida. Descobre agora