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▪ Ucker ▪

Soltei Dulce depressa e cocei a garganta tentando fingir não me importar com os olhares maldosos e as piadinhas inoportunas que começaram a surgir. 

Ucker: Então é isso!- falei após explicar o que Poncho fez na naquela manhã.

Todos estavam orgulhosos dele. 

Vi Dulce se levantar e subir as escadas bem de fininho, para que ninguém a visse subir.

Disfarcei e fui atrás dela. 

Dulce: Oi. - disse sem jeito ao me ver parado em sua porta. 

Ucker: O que foi?- perguntei vendo ela se sentar na cama com um olhar distante e um sorriso forçado. 

Dul: é que vendo vocês assim, tão felizes, uma família, me fez lembrar da minha. - ela elevou suas mãos ao seu rosto secando algumas lágrimas que escorriam por ele.

Engoli seco.

Ucker: São escolhas. - disse frio. - seu pai escolheu não me pagar. - falei me aproximando. 

Dulce: Porque ele fez isso? Será que ele não vê que preciso dele, da minha mãe?!- ela me perguntou me olhando nos olhos e aquilo no fundo me cortou.

Mas eu não podia dizer a ela a verdade.

Não podia dizer que seu pai já tinha tentado me pagar a metade e eu não aceitei.
Eu não podia dizer que preferia ela ali como minha prisioneira. 

Ucker: Ele é um homem que gastou todo o seu dinheiro em jogos, não acho que ele se importe com família. - toquei em suas mãos. 

Dulce: Ele não se importa com ninguém, nem com minha mãe doente. - ela disse retirando suas mãos da minha e se levantando. - vá ficar com sua família Christopher. - eu não respondi e apenas me levantei e fui.

Sabia que dizer algo, qualquer coisa poderia piorar a situação.

Passei pelo meu quarto e peguei minhas coisas, ia para empresa, precisava esquecer o que estava acontecendo aqui. 

Falei com todos na sala e caminhei em direção a garagem.

Entrei no carro e Soquei o volante algumas vezes expressando a minha raiva de mim mesmo. 

Peguei um trânsito até a empresa, resmunguei como sempre, entrei pela porta principal, cumprimentei quem estava ali e entrei no elevador. 

Ucker: Belinda venha a minha sala. - falei ao passar por ela e Natália e pude ouvir a mesma bufar. 

Belinda: No que posso lhe ajudar?
- me perguntou olhando para os lados buscando algo para fixar os seus olhos.

Você é Minha© {1 Temp.} | Vondy Onde histórias criam vida. Descubra agora