Capítulo 12 - Filler

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Os Otsutsukis são povos dominadores por natureza, peregrinos que por onde passam ou dominam ou destroem. Hideki era um jovem guerreiro conquistador, que em sua batalha com Hyato teve parte de suas forças roubadas. O seu erro foi tentar dominar um reino, já governado. Hyato, um homem de princípios, não deixou esta afronta passar em branco. Derrotado, Hideki jura vingança e se esconde nas sombras, esperando o momento ideal para concretizar seu plano de vingança.

Anos mais tarde, descobre-se que a rainha Yumi espera um bebê. Todos festejam, e aguardam ansiosos a vinda da princesa. Em uma noite de lua cheia, o bebê nasce, uma menina. A quem deram o nome de Harumi. Novamente todos festejam, só que desta vez a festa não teve um final feliz.

Mesmo com pouco poder, Hideki consegue aliados e cria monstros, que devoram tudo que veem e que lhes são ordenados. 

- Yumi!- Hyato corre para a esposa.

- Vamos sair daqui.- Yumi o puxa, mas ele permanece imóvel.- Não - ela começa a chorar.- Você não pode ficar para trás, eu...- Ele a beija apaixonadamente.

- Proteja  a nossa filha, custe o que custar.- Ele beija a cabecinha de Harumi.- Eu amo vocês.- Hyato desembainha sua espada.

- Vamos Yumi.- Seu irmão a puxa. E ela vê seu amado marido virar as costas e correr para a batalha. Aos prantos, Yumi chega ao castelo e vê uma única alternativa para manter sua filha segura.- Minha irmã, você vai morrer.

- Eu protegerei a minha filha, custe o que custar.- Ela vira as costas para o irmão.- Eu te amo.- As lágrimas de Yumi podem ser vistas brilhar debaixo da luz do luar. Batendo as palmas das mãos, ela abre um escudo. Conforme ele ia crescendo, Yumi ia desaparecendo. Seu irmão, de mãos atadas, só pôde ver a irmã sumir aos poucos diante de seus olhos.

A investida de Hideki ao castelo, foi frustada devido a proteção que foi posta pela rainha. A ira veio, mas sem efeito ao irmão de Yumi a ao pequeno bebê que chorava descontroladamente em seu colo. 

O irmão de Yumi, passou a criar a garota e a estudar. E de acordo com seus estudos, na centésima lua cheia, o portal seria desfeito. Um certo alívio veio em seu coração, por saber que teria tempo para planejar um contra ataque, pois as fases lunares daquele planeta mudava a cada dois meses.

Harumi cresceu em meio as crianças do palácio, que eram muitas. Sua educação foi excelente, e sua coroação precoce. Em um belo dia em que passava pelo pátio de treinamento, ela viu Akihiko, seu amigo de infância. Dali começa um belo romance, onde os dois se entregam de corpo e alma um ao outro. 

Acompanhando por fora os acontecimentos do castelo,Hideki descobre que a rainha teve um bebê. Segundo suas fontes, o local em que ele recobraria suas forças só poderia ser aberto por uma pessoa de sangue real. Então, a fim de pegar aquele bebê para si, Hideki toma a consciência de um dos servos do castelo para que ele faça com que a rainha saia do lugar. O homem, ateia fogo em um dos cômodos do castelo, dando espaço para que o caos se instale. Enquanto, os guardas correm para deter o fogo, Akihiko corre com sua esposa para o andar mais alto do castelo, mas ainda dentro do círculo de proteção.

Harumi é acertada com uma flecha em sua perna, a fazendo se curvar de dor. Akihiko não consegue socorrê-la, pois precisa se defender de um ataque. O homem que disparou a flecha, tenta pegar o bebê de Harumi, a fazendo correr para longe do círculo de proteção. Akihiko vê a esposa correr para longe, sem poder fazer nada.

Hideki vê a oportunidade para atacar, e montado em um cavalo, corre rumo a mulher ferida, que luta para ficar de pé e correr em direção a segurança. Mas, é encurralada em um desfiladeiro.

- Você não saída - ele diminui o ritmo.- Entregue me o bebê, e seu reino irá parar de sofrer em instantes.- Ele estende a mão.

- Me desculpe, meu filho.- Ela aperta levemente o bebê contra seu peito, e salta da encosta.

- NÃO!- Akihiko grita, ao ver aquela cena. O ódio toma conta do seu coração.

Harumi se debate entre as rochas, ficando gravemente ferida e a beira da morte. A corrente do rio a leva para dentro da floresta, o bebê apresentava alguns arranhões e Harumi usa do pouco de suas forças para reanimar o bebê, que logo começa a chorar. Ela acaba desmaiando no leito do rio. Ao acordar, vê uma mulher vindo em sua direção.

- Por favor.- Harumi sussurra.- Por favor, ajude o meu filho.- Com medo a mulher demora alguns segundos para dar o primeiro passo. Vendo a gravidade da situação ela rapidamente pega o bebê. A mulher senta sobre os pés próxima a Harumi.- De isto a ele, quando achar que deve dar. Enquanto isso, o guarde com a sua vida.- Harumi, com as mãos trêmulas, entrega o colar a ela.- Agora fuja e não olhe para trás.- A mulher se levanta assustada.- Proteja ele. Por... Favor.- Os olhos de Harumi começam a oscilar, a cada vez que eles se abriam ela via a mulher se distanciar cada vez mais. Uma rachadura em seu peito começa a se abrir, em seguida frestas de luz saem dele.- AAAHHHHH!!!- O grito de dor de Harumi, é ouvido por Akihiko e a mulher para ao ouvir este grito, que faz com que suas pernas fiquem dormentes e seu coração gele. Mas, ela recobra os sentidos e volta a correr para longe dali.- Encontre um lugar seguro.- Ela deseja em seus últimos suspiros, que o seu poder encontre alguém que possa servir de receptáculo para ele, até que o momento chegue.

A esta altura, o inimigo já fora detido e expulso dos limites do castelo. Akihiko corre em direção ao grito. Ao chegar, encontra sua esposa, já sem vida, no leito do rio.

- Não.- Ele deixa sua espada cair no chão.- Harumi. Harumi.- Akihiko se ajoelha e pega a cabeça da esposa a pondo sobre seu colo. Ali, ele chorou, gritou e amaldiçoou todos que a fizeram mal.

- Vamos.- O tio de Harumi surge das sombras, juntamente com um animal. Seu semblante apresentava uma mistura de dor e calma. Ainda choroso, Akihiko levanta com o corpo da amada nos braços e segue o homem.



Continua...

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