Doctor Who: Reescrevendo as Estrelas (Tenrose) {hiatus}

Maravilha azul

— Você não se lembra de nada?

— Algumas coisas, mas está tudo embaralhado na minha cabeça. — Soltei uma suspiro alto encarando o teto da casa do Mickey.

Dois dias. Eu passei todo esse tempo desacordada sem nenhum sinal de melhora.

Quando eu acordei, meu pai estava debruçado ao lado na cama daquele hospital e minha mãe dormindo sentada e encostada no ombro do Mickey em uma daquelas desconfortáveis cadeiras.

Sim, ela me disse um monte quando eu recebi alta.

"Eu avisei que isso não daria certo."

"Você me prometeu que ficaria tudo bem e olha só no que deu."

Enfim.

Agora eu estava na casa do Mickey, eu precisava dizer pra alguém o que havia acontecido. Talvez ele fosse a única pessoa que não surtaria igual a minha mãe.

— Veja, seus ferimentos sumiram. — Ele disse.

Me levantei e me examinei, e por incrível que pareça... nenhum arranhão.

— Eu estou tão... confusa.

— Isso já aconteceu antes... Poderia muito bem acontecer outra vez.

— Não, desta vez foi diferente.

— Diferente como?

— Eu me lembro de algumas coisas, esta tudo confuso mas eu me lembro. Da primeira vez eu não me lembro de nada até agora.

— E se você virou um alienígena?

O encarei com uma expressão confusa e senti meu celular vibrar.

"Rose, você precisa ver isso, a menina tá viva. Ela tá aqui com a gente na Torchwood"

Dizia a mensagem. No mesmo momento fiquei boquiaberta, sem nenhuma reação.

— Quem era?

— Jessamy... — Sussurrei. — A gente precisa ir pra Torchwood. — Olhei para ele.

— Tá, eu só preciso...

— Não Mickey, agora. — O interrompi puxando-o até a porta.

Assim que chegamos lá, a menina estava comendo então olhei para o Mickey que havia acabado de entrar.

— Ela não para de comer desde a hora que chegou. —Disse Jessamy.

— Meu Deus, é a garotinha daquele dia. — Exclamou Mickey.

— Olá... — Disse me aproximando dela. — Tudo bem?

Eu mal estava acreditando. Ela estava morta, não havia pulso, nem respiração. Aquilo era loucura.

Ela nada respondeu, apenas olhou para mim e parecia estar me analisando.

— Obrigada. — Ela disse.

— Pelo o que? — Arqueei uma sobrancelha.

— Você me libertou dos Galvins, e me trouxe de volta a vida.

— Galvins? Esse era o nome deles?

— Sim, senhora.

— Por favor, só Rose. — Ela concordou com a cabeça. — Te trouxe de volta a vida? Como?

— Eu... Não sei. — Ela se encolheu levemente.

— A menina é uma assassina, deveríamos chamar alguém... pra dar um jeito nela. — Disse Mickey.