Amor também mata.

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Durante a madrugada, um sonho.

O suor frio escorria em meu corpo, deixando ligeiramente arrepiado o local em que percorria.

Minha mente, confusa. Como se fosse formada por vários nós, de vários tamanhos e formas.

Meu coração, desesperado. Um pulo um pouco mais forte e ele atravessaria meu peito.

Um grito, quase pode ser ouvido, mas não foi, minhas cordas vocais se aquietaram. E por fim, impediram o mesmo.

Talvez se eu gritasse, acordaria toda a casa. Deixando-oa transtornados, e talvez até os fizesse sentir ódio...

Não sei exatamente o que ocorreu no suposto sonho...

Mas me lembro claramente de imagens suas.

Porém, era diferente.

Você não me pertencia e, sim, a outra pessoa desconhecida...

Não pude compreender o que acontecera.

Mas aquilo perfurou meu peito como uma estaca, velha, e soltando farpas.

A linha tênue havia sido rompida. E por algum motivo, você havia desistido.

Mas você não estava feliz. E eu, jamais suportei ver uma gota de dor no seu olhar.

Seus olhos não brilhavam como antes, você não sorria, quem era aquela garota?

Passei ao seu lado. Na intenção de que me notasse. Mas que ironia! Não me reconheceu?

Sou eu. Ou será que não?

-Um espelho! Eu preciso de um espelho!

Meu rosto estava diferente. Era eu, mas não era, -Quanto tempo se passou? Ai Caramba! Onde eu estou?

Redirecionei meu olhar à vocês. E o que vi me decepcionou muito. Aquilo era um beijo.

-Droga! O que diabos está acontecendo aqui?

Meu sangue estava esquentando rápido.

Mas o que eu poderia fazer? Ir lá e separar vocês? Não. Seria desconcertante.

Decidi gritar seu nome, pra ver se algo acontecia.

Você olhou para os lados, tentando descobrir de onde vinha, porém, nada.

-Ele não está me vendo? Ei você! Olhe pra mim!

Você me procurou e não viu, correu os olhos por mim umas três vezes e não enxergou.

-Há algo errado acontecendo aqui.

Cheguei perto de você, e dei-lhe um pequeno beliscão no braço esquerdo. Você sentiu, mas não me viu.

-O que? Como assim?

Ouvi um som alto de buzina, era algo grande e vinha na nossa direção.

Tentei gritar e alertá-lo mas não conseguiu me ouvir.

A garota desapareceu no ar (aquilo estava realmente errado)

Empurrei você e foi arremessado à alguns metros.

O tempo não foi o suficiente pra que eu pudesse sair dali... E aquela foi a hora que eu despertei.

Desesperada. Querendo gritar teu nome.

Mas era madrugada, você estaria dormindo.

Pensei em voltar à dormir. Mas em minha mente só habitava um pensamento. Escrevi-o em um papel e consegui adormecer em seguida. Deixei-o ao lado do travesseiro para que pudesse ler no outro dia. E nele estava a seguinte frase:

"O Amor pode ser vida. Assim como pode dilacerar. E fazer querer a morte."

By: DBuenno

Sentimentos Intensos Demais Para Serem CompreendidosWhere stories live. Discover now