Quando estava só eu, meu pai e o Rodrigo dentro do quarto me deu um nervoso, eu imaginei que o Gabriel tinha mentido para o meu pai, e parece que eu imaginei certo...
Sr. Roberto - Vocês querem me contar alguma coisa?
Ana - O que o Gabriel falou para o senhor?
Sr. Roberto - Ele me falou uma coisa, mas conheço aquele garoto, conheço você minha filha, e não acredito nele.
Ana - O que o senhor quer que eu fale então?
Sr. Roberto - Quero saber o porquê ele fez isso para vocês. Aconteceu algo que a gente não saiba?
Rodrigo - O que o Gabriel falou?
Sr. Roberto - Ele disse que entrou na cozinha e pegou os dois se beijando, e quando viram ele, vocês levaram um susto e se afastaram pedindo para não contar nada.
Quando meu pai disse isso eu quis matar o Gabriel, me levantei para ir falar com ele mas meu pai me segurou e mandou eu sentar de novo.
Rodrigo - E o que o senhor achar que aconteceu? O senhor acredita na Ana?
Sr. Roberto - Como posso acreditar nela se nem sei a versão dela ainda? Estou aqui pra isso. Me conte filha, o que aconteceu?
Ana - Eu e o Jhow ficávamos antes, aquela hora na cozinha ele achou que ainda poderíamos fazer o que fazíamos, quando eu neguei ele me beijou. Eu não quis, ele me beijou a força e o Gabriel viu. Eu empurrei o Jhow e dei um tapa na cara dele, quando me virei o Gabriel estava lá, ele viu que eu não quis. O Gabriel está sendo uma pessoa impossível de continuar ajudando. (Já estava falando chorando)
Sr. Roberto - O Gabriel está passando por um momento difícil, deve estar com a cabeça conturbada.
Rodrigo - Com todo respeito, mas uma pessoa que passa o que ele está passando, fica triste, depressivo e não mal caráter.
Rodrigo - Se ele achar que pode continuar se fazendo de coitado por estar numa cadeira de rodas, ele vai acabar afastando todos que querem o bem dele.
Sr. Roberto - Me desculpe por isso garoto, infelizmente algumas pessoas não sabem lidar com mudanças, ainda mais uma desse tamanho. Vamos ter paciência com ele.
Rodrigo - Se eu estou aqui ainda e não estou lá socando a cara dele é porque tenho paciência, e porque não quero irritar mais o senhor e sair daqui carregado também rsrs.
Sr. Roberto - Rsrs, isso mostra que tem juízo rsrs. Mas como você disse, ele não pode continuar achando que está imune a castigos. Já esta tarde, durmam, que amanhã vamos todos nos sentar e conversar com o Gabriel, ele é meu afilhado, não posso permitir que ele se torne um mal caráter; quero um afilhado homem.
Ana - Antes de dormir, vamos lá despedir do pessoal, pedir desculpa pelo ocorrido, deve estar um clima tão chato lá fora.
Sr. Roberto - É melhor nem ir, os Taveiras já se axaltaram também, por causa do que o Gabriel falou.
Rodrigo - Não! Eu vou lá me desculpar, me despedir do pessoal mesmo. Foi todos tão gente boa comigo, não vou ignorar eles só por causa de uma minoria.
Sr. Roberto - Ok! Vamos lá.
Saímos do quarto, o meu pai na frente e eu empurrando o Rodrigo, pra ele não fazer força, já que estava com a mão cortada.
Quando chegamos eles estavam conversando alto, comentando algo sobre a briga, estavam bem empolgados rsrs. Quando viram a gente, começaram a fazer comentários e piadas com a Briga, rindo do Jhow. Começaram a conversar normalmente e já foram levar uma cerveja para o Rodrigo de novo. A Sabrina chegou tocando ele,(achei abusada, mas relevei) olhou a mão dele e foi pegar alguma coisa pra fazer um curativo.
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Uma Cadeira De Rodas, Mil E Um Desejos.
Short StoryDescubra como pode ser a vida de um cadeirante lendo um livro de um cadeirante. Essa é uma história baseada em fatos reais. Um cadeirante não convive apenas com a família e com seus cuidadores, cuidadores esses que na grande maioria nem existem. Des...