Capítulo 8: Esse é meu mundinho, Matthew.

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Estava saindo do prédio de Meredith, ainda pensava naquele papel que tinha recebido e no meu primeiro cliente, não queria pensar muito a respeito de sua aparência, se era mais velho ou mais novo, provavelmente seria um homem bem elegante, Meredith não recebe homens de classe média e muito menos baixa para seu grupo de compradores, isso não me importava, a questão seria a minha primeira transa, não digo apenas com homem, é minha primeira transa de iniciante e será um com um homem, eu nunca transei e não sei qual é a sensação, minha primeira tentativa foi no segundo ano do ensino médio quando eu fui para casa do Edward fazer um trabalho da escola, mas acabamos que levando o trabalho mais a sério, começamos com beijos e depois carícias, até que ele sentou no meu colo e foi tirando a roupa, isso me levou a clima mais alto do meu corpo, que eu nunca tinha sentido isso antes, meu pau estava crescendo e me fazendo alucinar com os chupões que ele dava em meu pescoço, mas fomos interrompidos quando o pais dele chegaram, um pouco constrangedor para ambos, desde então, nunca mais tive a chance de perder a virgindade e hoje terei que provar tudo isso com uma pessoa que só irei conhecer no momento exato, um completo estranho, isso era demais para mim, demais para pensar nas consequências e demais para pensar no que eu não poderia mais voltar atrás, agora é só seguir em frente. Ao chegar na calçada, um carro preto estacionou bem a minha frente, eu tinha impressão de já ter conhecimento daquele carro, me parecia muito família. Logo em seguida o vidro da janela de trás abaixou e relevou-se um homem de cabelos loiros, altamente estiloso e de dar inveja a qualquer um, era Brandon, ele sorria radiante e eu tinha a leve impressão que se seus dentes tocassem a luz do sol, eles poderiam fazer um reflexo de tão brancos que eram. – Matthew, que prazer em revê-lo. – Digo o mesmo para você, Brandon. Sorriu acenando para ele, mas não conseguia evitar de olhar o quão ele era lindo. – Eu sabia que iriamos nos ver de novo. – Eu nunca duvidei. – Vai ficar ai ou não quer entrar no carro? Eu te levo até em casa, vamos. Me sentir um pouco desconfortável em dizer não aquele homem, ele era charmoso demais para dizer um "não" a ele, e tenho certeza que não fui o único a pensar e se sentir dessa forma. – Por mais gentil que fosse, hoje eu não estou com a Molly, resolvi vim no carro da minha amiga para não cometer um erros daqueles novamente, eu amo a Molly, mas as vezes ela me deixa furioso. Aliás, eu tenho que te agradecer, muito obrigado mesmo por ter... sabe? Consertado ela toda, não precisava.Ele riu, provavelmente lembrou da minha situação e do quanto eu fiquei envergonhado com tudo aquilo. – Eu adorei passar a tarde com a Molly, era o mínimo que eu poderia fazer por ela. Mas é uma pena que você não a tenha trazido, estou com saudades dela e tenho certeza que ela me daria uma forcinha e deixaria você vim comigo. Sorriu um pouco envergonhado e disfarço tentando olhar para baixo. – Sim, mas hoje ela infelizmente não está aqui. – Não seja por isso...Ele desce do carro e caminha em minha direção, me olha com um sorriso triunfante e vai até o motorista do seu carro. Meu Deus, como é lindo, eu juro que com um próximo sorriso desses eu beijo ele. Não consigo entender muito bem o que ele está conversando com seu motorista, mas presumo ser alguma solução para algo que estava preste a descobrir. O motorista sai do carro e vem seguindo ele até mim, Brandon para na minha frente junto ao seu motorista e diz:
– Já que você não pode sair comigo porque está com o carro da sua amiga, eu me dei a liberdade de mandar meu motorista Robert, levar o carro dela até sua casa, enquanto você vai comigo. Aliás, você está com fome Matthew?
Só com a pergunta dele pude notar que minha barriga estava doendo por dentro de tanta fome, suspirei para disfarçar meu mal estar e sorrir.
– Sim, eu estou com muita fome. – admiti.
– Ótimo, conheço um lugar maravilhoso que você vai adorar, te levarei para comer e logo em seguida para casa, tudo bem para você Matthew?
Confesso que fiquei um pouco desconfiado de tanta bondade, não é todo dia que você encontra um cara do estilo de Brandon no meio da rua e paga o concerto da sua bicicleta, depois te convida para jantar e logo em seguida te levar em casa, isso me soava estranho demais, mas a minha vida já estava completamente estranha para se pensar em demais coisas e preferi apenas me deixar levar.
– Tudo bem, vamos.
– Certo, apenas informe onde você mora para que Robert leve o carro da sua amiga até em casa.
Entrego as chaves do carro para Robert e informei onde ficava meu apartamento e da Vivien, ele parecia ser pai de Brandon, um pouco mais velho, pude imaginar que estivesse com ele a muitos anos e por isso seria de extrema confiança dele, o que me deixou um pouco relaxado. Logo em seguida entrei com Brandon em seu carro e saímos.

Paramos em frente a um restaurante luxuoso localizado dentro de um prédio enorme, pela estrutura poderia-se dizer que o prédio era antigo, típico prédios de ricos, ao sair do carro, localizei o nome estampado logo a cima, estava escrito de mármore branca "Carmine's", e suas paredes eram repletas de vidros, dando para ver quem estava dentro e quem estava fora. Brandon veio por trás de mim após entregar o carro ao porteiro e apoiou sua mão contra minhas costas me puxando para entrar, ele tinha bastante força e sabia muito bem como guiar alguém. O teto era repleto de lustres e ao som que vinha de algum lugar era um pouco mais calmo e agradável um pouco de violino talvez, estava lotado e todos bem arrumados, maiorias dos homens estavam vestindo seus ternos elegantes e as mulheres uns vestidos de tirar o fôlego, logo percebi que ali só frequentava pessoas da classe alta, logo fiquei com vergonha por está com uma roupa tão simples, perto de tanta gente elegante. A recepcionista nos guiou até o outro salão do restaurante e só ali pude notar que tinham cerca de três homens de meia idade se apresentando no palco principal tocando violino. Sentamos numa mesa de dois, as cadeiras eram super confortáveis, Brandon estava o tempo todo me encarando e quanto mais ele me olhava, com mais vergonha eu ficava. O garçom logo em seguida apareceu, cochichou algo no ouviu de Brandon e em seguida entregou os cardápios, percebi que ele apenas concordou com a cabeça e ele entendeu o recado e saiu. Abrir o cardápio e fingir que estava procurando algo saboroso para comer, mas confesso que estava um pouco incomodado com aquilo tudo e resolvi ir direto ao ponto.

– Você não acha que está muito exagerado não? – perguntei.
Brandon abaixou o cardápio mostrando seu lindo rosto, mas estava com uma afeição de duvida.
– Exagerado? O que?
– Isso tudo! Esse restaurante, essas pessoas elegantes, você elegante. Da para notar que você faz parte desse mundinho, mas já reparou que eu não faço parte dele? Isso é meio frustrante e vergonhoso pra mim, olha para minhas roupas, eu não me encaixo aqui. Não poderíamos ir ao menos comer um simples hambúrguer ou umas batatas fritas em qualquer esquina por ai? Eu já passei vergonha demais por hoje.
Brandon apenas riu e dessa vez era eu que já estava com uma afeição de duvida.
– Esse é o meu mundinho Matthew, eu apenas queria que você se sentisse familiarizado com ele, não quero te fazer passar por nada frustrante, pelo o contrário, mas se você não está se sentindo bem, podemos ir a outro lugar.
Me sentir um pouco constrangido por ter falado tudo aquilo para Brandon, mas já era tarde demais.
– Tudo bem. – concordei.
Brandon levantou-se e ofereceu-me a mão, eu a segurei e me levantei em seguida, sua mão era macia e delicada, era algo gostoso de se pegar, se contar no cheiro maravilhoso de avelã que elas tinham. Esse homem tem algum defeito? Ou ele é perfeito assim sempre? Saímos andando em direção a porta, mas alguém logo de imediato gritou pelo nome de Brandon e paremos para se certificar de quem era. 

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