Capítulo 15: Você realmente não faz ideia de onde está se metendo, Russell.

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Me preparei para se encontrar com Sr. Caldwell. Estava completamente angustiado, era a primeira vez em toda minha vida que me envolveria com alguém apenas por dinheiro e o que ele tinha a me oferecer. Com um pouco de medo? Talvez, mas não poderia deixar que isso me consumisse de alguma forma, precisava demonstrar confiança, por mais insegurança que isso me aparentava ter. Coloquei a minha melhor roupa e seguir viagem para o Hotel a qual me foi recomendado. Me aproximei da recepção e uma moça loira de olhos verdes esmeralda sorriu para mim, ela tinha um sorriso encantador tanto quando seus olhos, foi então que me sentir envergonhado e sorrir timidamente.

- Em que posso ajudar o Sr...?

- Hã... Russell, Matthew Russell. - Completei sua pergunta para parecer educado. - Estou a procura do Sr. Caldwell.

Ela me olhou com um olhar nada sorridente por dois segundos, deduzir que ela sabia do que se tratava, esse poderia ser o Hotel que o Sr. Caldwell trazia todos os seus contratantes, o que me deixou um pouco mais apreensivo e encolhido no canto, não queria me expor ao máximo para que as pessoas soubessem o que eu estava procurando ali.

- Ah, tudo bem Sr. Russell, só um minuto. - Ela voltou a sorrir como se nada tivesse acontecido e puxou o telefone de fio que estava encostado na bancada ao lado de seu computador.

Apenas concordei com sua resposta. A recepção do prédio era muito formal, cheio de lustres e luzes por todos os lados, tinha cheiro de pêssego por todo o espaço, agradável por sinal. Olhei em volta para ver se não conhecia ninguém ou se já avistaria alguma pessoas antes, mas nenhum rosto era familiar, grande maioria usavam ternos e bebiam uísque enquanto trocavam palavras foras, talvez fossem negócios sobre empresas, riqueza, poder e só ai me dei conta do por que não conhecia ninguém ali. Eu não fazia parte desse mundo... Por enquanto.

- Sr. Caldwell te espera, por favor, quinto andar, quarto 27, um dos últimos quartos do corredor. Seja bem-vindo. 

- Muito obrigado. - Sussurrei e agradeci com um aceno, fui caminhando em direção ao elevador e apertei o botão do quinto andar.

A porta abriu e sair caminhando pelo corretor tentando avistar o número do quarto. O corredor era imenso e tinha o mesmo cheiro que a recepção, que tornava tudo mais agradável. O quarto de número 27 estava entre os últimos do corredor como a recepcionista havia mencionado, ao lado de uma escrivaninha com várias jarros de flores. Bati na porta a espera de resposta.
Um homem alto de cabelo negros e fios grisalhos abriu a porta, estava vestindo um terno cinza, mas sua camisa social branca estava totalmente desabotoada, dava para ver seus abdômen peludo e aquilo me deixou bastante arrepiado, encarei dos pés a cabeça e pude ver que ele me encarava de uma certa forma com um olhar penetrante que me fez sentir minha boca secar profundamente. Ele era moreno, bronzeado pelo sol, presumir que gostasse de praia. Estava com um copo de uísque na mão, ao perceber que nossos olhos se encontravam, levou o copo até a boca e engoliu todo o uísque de uma vez.

- Sr. Caldwell? - Perguntei meio confuso, não querendo demonstrar tensão entre nós.

- Por favor, me chame de Joseph. - Respondeu erguendo uma de suas sobrancelhas.

- Desculpe.

- Entre, por favor, fique a vontade. - Joseph se afastou, dando espaço para que eu pudesse entrar.

O quarto era todo iluminado à velas e com tons brancos pelas paredes e cobertores da cama, digno de uma verdadeiro quarto 5 estrelas, uma música lenta tocava ao fundo e eu não conseguia deduzir qual era, talvez nunca tivesse recordado de tê-la escutado na vida, mas de fato parecia ser legal e bem sensual. O clima dentro do quarto estava bem quente, logo me precipitei em achar que estava assim por causa das velas acesas, mas ao da uns passos a frente percebi que bem no centro do quarto havia uma lareira. "Pessoas ricas tem esses gostos estranhos por lareira dentro dos quartos."  Revirei os olhos e caminhei mais a frente, a cama estava à frente a lareira, era enorme e estava ocupando o espaço quase central do quarto, o que não era de se esperar menos, esse quarto definitivamente era um dos mais caros desse hotel, não tinha dúvidas.

- Aceita uma bebida?

- Não, obrigado. Estou bem. - Respondi sendo interrompido pelos meus pensamentos.

- Você não é muito de conversar não é mesmo?

Me virei para que pudesse responder de forma branda e sincera. Joseph já estava sem a parte de cima do seu terno e sua camisa social, dessa vez estava totalmente despido e pude notar que ele carregava uma tatuagem de caveira cravada na lateral do seu abdômen, infelizmente não conseguir disfarçar minha cara de surpresa e desejo de ver aquele homem quase pelado em minha frente, depois de 5 minutos depois percebi que estava de boca aberta e tentei voltar ao que estávamos conversando. Ele percebeu minha afeição e soltou um leve sorriso de canto, retornou a colocar uísque novamente em seu copo e só quando ele revirou de costa eu pude perceber que tinha uma mesa imensa cheia de comida e bebidas a sua frente, me fazendo perceber que não havia comido o dia todo e estava morrendo de fome.

- Estou curioso sobre você, Matthew. - Ele falou.

- O que você deseja saber? - Perguntei.

- Primeiramente, o que te levou a assinar o contrato? Precisa de grana?

- Não obviamente. Digamos que por acaso, conseguir uma entrevista com a Srtª Van Kirk para o meu trabalho de faculdade, uma baita de uma grande oportunidade para alguém como eu. Porém, por eu está aqui agora digamos que não foi tão por acaso assim. Meredith já tinha planos para me colocar nisso, ela não aceitaria ser entrevistada por qualquer pessoa, ainda mais para um pobre garoto que nem saiu do 4º semestre ainda. Sorte? Eu acredito que não. Investimento? Com certeza! - Dei uma pausa - Eu já não sei mais no que acreditar nesse mundo de vocês ricos. - Falei baixinho. Bufei reprimindo minha última fala.

- Não precisa generalizar. - Ele falou virando novamente para minha e caminhando em minha direção.

Obviamente ele deve ter escutado minhas últimas palavras, me deixando completamente envergonhado. Ele bebeu outro gole de seu uísque.

- Meredith consegue tudo que quer, isso eu definitivamente invejo nela, e claro, agradeço muito por ela fazer isso por todos nós, sem ela eu não estaria aqui agora... Com você. - Ele me respondeu enquanto me encarava.

Engoli em seco e suspirei fundo. Aquele homem era realmente uma tentação em vida, seus braços torneados, seu cabelo grisalho e sua barba por fazer estavam me deixando eufórico e eu só conseguia o imaginar me tocando com suas mãos quentes, pegando em minha nuca com voracidade enquanto me beijava com sua boca quente e ia descendo com sua língua ao meu pescoço. Me arrepiei novamente e voltei ao meu estado normal, ele percebera todos os meus movimentos e sabia o que ele causava o que me deixava mais intrigado com todos os seus movimentos. Ele largou o copo de uísque sobre a bancada que estava ao nosso lado. Me segurou pelos dois ombros e me fez sentar na beirada da cama.

- Você realmente não faz ideia de onde está se metendo, Russell. - Joseph jogou um sorriso malicioso.

Dessa vez Joseph estava em pé de frente para mim, estava mais próximo do que antes e finalmente pude sentir seu cheiro, era uma espécie de perfume forte misturado com doce, não conseguia decifrar. Ele me olhava de cima, um olhar de quem realmente me desejava foder a noite inteira. E eu realmente queria isso. Levou sua mão direita até meu queixo e acariciou, ela era forte e pesada, uma mão máscula o que me fez tremer todo, guiou seu dedo polegar até meus lábios e com seu toque pude perceber o quando meus lábios já estava secos, acariciou levemente e eu fechei meus olhos para sentir o prazer daquele toque me invadir por inteiro. Minha concentração ficou toda focada na sua massagem em meus lábios e o quando ele tinha o dom de fazer meu corpo todo se arrepiar, minutos depois ouvir barulho do seu cinto se soltar e seu zíper começar à abrir, abrir um pouco mais minha boca e comecei a sentir Joseph ir enfiando seu polegar dentro da minha boca enquanto deslizava pela minha língua.

-  Está preparado? - Ele sussurrou levemente.

Estava tão fora de mim que simplesmente concordei com a cabeça.

Acordo FechadoWhere stories live. Discover now