Capítulo 22

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OLIVIA D'EVILL

Acordar nos braços de Thomas, estando completamente nua, vem se tornando uma mania da qual estou me acostumando perfeitamente bem. Sei que pode ter sido precipitada minha confissão para ele ontem, mas é uma verdade e me pareceu justo que ele soubesse, já que o mesmo deseja tanta transparência em nossa relação.

Eu juro que tentei lutar ao máximo dentro de mim contra os encantos deles, mas depois de uma longa reflexão, seria bom que a esposa gostasse de seu marido, não é? Então não faria mal que eu me permitisse sentir isso, mesmo que o sentimento de Thomas não seja recíproco, ainda, ele está disposto a uma relação saudável e amigável, sempre me protegendo e me dando atenção. Sei que posso tentar conquistá-lo e que a chance de conseguir reciprocidade é consideravelmente alta.

Então posso tentar.

Mas durante o passeio pelo vilarejo, pude notar que eu não era a única encantada por Thomas D'Evill. As pessoas pareciam realmente felizes com sua presença, o tratavam como se fosse um rei e conseguiram me retirar por completo a fama das pessoas do campo.

Não é qualquer pessoa que se agrada de um lugar tão esplêncido quanto este, na realidade, a maioria das garotas nobres sente certo... Asno pelo campo, preferem mais as cidades, movimentadas, repletas de lojas e passeios pelos parques locais.

-Vejo que gostou das flores! - Ele comenta sorridente atrás de mim, enquanto me pego encarando um lindo buquês de flores bem diferenciado, com flores em diferentes tons de roxo e algumas que lembravam muito girassóis, mas não eram.

-É lindo! - Digo o pegado nas mãos.

-Vamos levar! - Thomas fala pegando-me de surpresa.

-Não é necessário, não quero dar-lhe mais despesas! - Falo ao vê-lo pagar ao comerciante.

-Mas que faço questão de presentea-la.

O comerciante nos direciona um sorriso amigável e nos agradece pela compra.

-As pessoas daqui lhe estimam muito, milorde! - Comento assim que voltamos a andar pela rua principal do mercado local.

-Eu lhes estimo muito também, mas pelo que pude perceber, gostaram muito de você!

Ele maneia a cabeça na direção de meu rosto e sei o que ele quer dizer. Sorrio ao lembrar da belíssima flor amarela atrás de minha orelha, assim que descemos da carrugem alguns moradores vieram nos receber e um garotinho me presenteou com a flor, era simples, mas foi um gesto que conquistou meu coração.

-Espero que tenham gostado, Brightdown me agradou tanto. Sinto-me realmente em casa!

Bastou que eu me calasse, para que uma mulher e uma garotinha se aproximassem de nós, a mulher parecia envergonhada, devo dizer.

-Perdoe-nos pelo intromissão, vossas graças. - Ela para a nossa frente - É que minha filha gostaria de presentear a marquesa como um presente de boas vindas!

Eu já olhava encantada para elas e mesmo sendo contra o código de etiqueta, abaixei-me para olhar a lindinha que se escondia atrás da saia da mãe.

-Olá, princesa. - Ela me encara curiosa - Qual o seu nome?

-Lily! - Responde mais envergonhada que a própria mãe.

-Lindo nome! - Sorrio para ela - Que tens ai?

Ela parece reunir coragem para entregar-me uma coisinha que estava em sua mão. Uma linda pulseira artesanal, feita por alguma coisa que eu desconheço, mas me parece um tipo de corda.

-Que linda, é para mim? - Ela assente - Obrigada, querida. Posso lhe dar um abraço?

A pequena sorri de forma tímida e me abraça de forma calentosa.

Marquês de BrightdownWhere stories live. Discover now