Epílogo

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THOMAS D'EVILL

-Vamos, Anthony! - Apresso meu filho mais velho, no auge de seus 14 anos, assim que saltamos dos cavalos.

-Acha que já nasceu? - Ele questiona assim que corremos para na direção da casa.

-É uma ótima pergunta! - Abro a porta e entramos - Iremos descobrir agora!

-Papai! - A pequena Elizabeth, de seis anos, corre para meus braços e a pego no colo - Tia Margot disse que não podemos subir!

-Então esperaremos aqui. - Digo ao me aproximar dos outros dois que aguardam sentados ao pé da escada, Victoria de dez anos e Harry de nove.

-E como nós sabemos que nasceu? - Elizabeth volta a falar.

-É simples, irmã, basta escutar! - Anthony responde com um sorriso torto no rosto.

-Eu quero uma menina! - Victoria fala sorridente e Harry faz uma careta.

-Tem que ser menino!

-Por que? - Elizabeth questiona, ainda em meu colo.

-Porque já temos que ficar de olho em vocês duas! - Anthony fala para as meninas.

-Imagine se vier mais uma! - Harry massageia as têmporas como o homenzinho que é.

-É justo que seja uma menina, não quero continuar sendo o bebê da casa! - Elizabeth rebate.

-Ninguém mandou ser tão nova. - Harry comenta.

-Acha que vai demorar muito, papai? - Victoria me pergunta.

-Querida, eu realmente não sei lhe responder. Cada caso é um caso. O nascimento de Anthony e da Elizabeth foram rápidos até, mas o seu e o do Harry foram mais longos e cansativos!

-Espero que fique tudo bem com a mamãe! - Harry fala.

-Ela vai ficar bem, nossa mãe é forte! - Anthony, como sempre, o protetor da casa.

Ficamos juntos por mais algum tempo, todos juntos ao pé da escada, aguardando notícias sobre o parto, mas nada. Os empregos da casa ou estavam ocupados em suas tarefas, ou as criadas estavam reunidas no quarto de minha esposa para ajudar no que fosse necessário.

-Escutaram isso? - Elizabeth pergunta toda feliz.

-O que? - Anthony pergunta.

-Fique quieto e escute! - Assim que minha filha se calou, um choro estridente ecoou por toda a casa e mais um D'Evill mostrou a capacidade de seus pulmões e sua sede de vida.

Pode ter sido uma atitude um tanto errônea, mas não esperei pelas crianças. Saí correndo escada acima, indo de dois em dois degraus, enquanto as crianças tentavam me seguir, mas não conseguiam alcançar na mesma velocidade.

Poucos segundos depois eu estava abrindo a porta do aposento de Olivia e Margot aparece em minha frente, me levando para outro canto, dando passagem para as criadas retirarem as coisas.

-Como ela está? - Não pude evitar o questionamento.

-Suas meninas estão bem, marquês. Não se preocupe! - Ela sorri - Olivia precisa de repouso, sabes bem como funciona.

-Oh! Não se preocupe, tenho bastante experiência no assunto!

Assim que termino de falar, as quatro ferinhas adentram o quarto e correm na direção da mãe, mas Anthony, como já havia presenciado a mesma situação antes, controlava os irmãos menores para que não assustassem o bebê.

-Olivia já escolhera um nome para a nova princesa? - Margot sorri sobre minha pergunta.

-É justo que questione a ela! - Ela fala antes de se retirar do quarto.

Aproximo-me da cama, onde Olivia, visivelmente esgotada, segura nossa filha nos braços com um enorme sorriso.

-Ela me lembra você! - Digo para ela, sentando-me ao seu caso na cama.

-Mais ainda tem teus traços marcantes! - Fala acariciando delicadamente a cabecinha da pequena, esbanjava poucos fios loiros.

-Desta vez, com certeza os olhos serão teus! - Digo torcendo para que fosse verdade.

-Lamento decepcionar-lhe, mas ela já mostrou a todos as grandes órbitas verdes. - Sorri mais ainda.

Por mais que os cincos tivessem os meus olhos e os meus cabelos, ainda pareciam uma mistura perfeita de nós dois. Haviam as variações de loiro, alguns mais claros, outros mais escuros; alguns pussuíam traços de castanho nos olhos, mas sem dúvida nenhuma, a personalidade e a língua atrevida de Olivia pairava sobre eles.

-Já decidiste sobre o nome? - O combinado desde o início fora que, se fosse menino eu escolheria (como aconteceu com Anthony e Harry), se fosse menina ela escolheria (como Victoria e Elizabeth).

-Não foi eu quem escolheu o nome dela, desta vez, pedi que meu pai o fizesse. - Olha com ternura para a pequena - Ele estava certo de que era uma menina e disse que seria Charlotte.

-Lady Charlotte D'Evill, é um imenso prazer conhecê-la! - Sorrio acariciando sua mão.

-Posso pega-la? - Anthony pede e Olivia a entrega a irmã.

O garoto prontamente a leva para perto dos outros irmãos, para que vejam mais de perto o novo membro da família.

Devo admitir que me vi emocionado por conta da cena diante de mim. As cinco crianças mais importantes de minha vida, com seus cabelos loiros e olhos verdes iguais aos meus, todas juntas e felizes. Anthony, Victoria, Harry, Elizabeth e agora, a pequena Charlotte.

-Construimos uma família linda! - Olivia fala em meus braços.

-Sim, com toda a certeza, construimos. - Sorrio.

-Obrigada por ter me proporcionado isso, Thom!

-Eu que lhe devo agradecimentos, Liv. Foste tu que me presenteou com toda essa alegria! - Beijo a ponta de sua nariz e ela sorri cansada.

-Eu te amo, Thomas D'Evill!

-Eu também te amo, Olivia D'Evill. - Beijo rapidamente seus lábios, não quero que se esforce, pois acabara com todas as suas energiass trazendo nossa filha ao mundo.

-Quando teremos um novo bebê? - Victoria pergunta sorridente, enquanto brinca com Charlotte, que dormia tranquilamente nos braços de Anthony.

-Oh! Não! Não teremos outro bebê, querida. - Olivia se apressa em dizer - Estamos bem com o que já temos, essa história já chegou ao seu fim, sem mais crianças!

Olhando para ela, encarando aqueles belíssimos olhos castanhos, abro um sorriso torto.

-Essa história nunca terá um fim, Liv!



FIM

Marquês de BrightdownWhere stories live. Discover now