Eu sou Damien Kostner. Tenho trinta e dois anos, um passado apagado, não tenho nenhum vínculo com quem deixei para trás. Me tornei uma lenda, embora não tenha sido meu objetivo. Sou O Chefe da Legion Nights, muitos nos conhecem como A Legião, eu ach...
Pesadelo! (Agora seu pesadelo ganha vida) Te arrastou lá para baixo Até o show do diabo Para ser seu convidado para sempre (A paz de espírito está menor do que nunca) Odeio distorcer sua mente Mas Deus não está do seu lado -- Nightmare, Avenged Sevenfold ~*~ ~*~ ~*~
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Natasha sentiu os olhos de Damien queimarem suas costas enquanto se deixava ser engolida pela massa suada e dançante, o odor de sexo, couro e tabaco em uma combinação alta e agridoce.
Mesmo distante demais dele para que se quer fosse possível que ele a visse, a sensação permanecia sob sua pele, a impressão que tinha era que ele estava constantemente mantendo vigia sobre ela e aquela ideia lhe trazia sensações ambivalentes.
Subiu os primeiros degraus se desculpando com um trio que não pareceu notá-la enquanto eram uma confusão de línguas e mordidas. Ao se deparar com Raul ela interrompeu sua subida e suspirou, ele não a olhava enquanto bebia sua bebida, a camisa preta dobrada nos braços escurecidos pelas tatuagens e os cabelos loiros precisamente penteados para a esquerda e ela sabia que ele mantinha a aparência metódica para ter controle e ela o entendia sem questionar suas razões.
– Ele vai destruir você.
– Raul, querido, precisa superar isso.
– Superar? Você não sabe o que diz, Nat, você não sabe o quanto é única e fantástica e escraviza os homens, não sabe o quanto experimentar de você é uma descida única para o inferno. – ela o fitou assustada e notou sua expressão abatida enquanto os olhos claros escrutinavam as pessoas na pista apertada da boate. – Não tem como parar de te desejar depois que te tem, então eu sei que ele vai se tornar cada vez mais insaciável até tomar tudo e, ao contrário de mim, você parece estar disposta a ficar com ele.
Ela respirou fundo e segurou-se na parede.
– A diferença entre ele e você é que somos amigos, Raul, eu te tenho carinho, com ele não há amizade.
– Então o meu erro foi cair na zona da amizade? Me poupa, Nat, nunca te vi tão mexida antes, te conheço há oito anos.
– Raul, vim aqui porque me chamou, não para discutir minha vida sexual.
– Não entende? Ele vai destruir você, ele é oco, inóspito, sombrio, vai acabar te consumindo e temo não estar mais aqui pronto para te defender quando as coisas pesarem para o seu lado.
– Está indo embora? – ela experimentou as palavras em sua boca.
– Eu te chamei aqui para te perguntar, Nat, acha que eu devo partir? – ela abriu a boca chocada e um calor em sua nuca se transformou em um arrepio que desceu por sua coluna quando uma mão espalmou o fim das suas costas e o cheiro de menta, tabaco e whisky a envolveu. – O que faz aqui?
