28. Before Dark.

107 14 0
                                    

[ Dias depois ]

- Bom dia - digo para a minha colega de trabalho.

- Bom dia - sorri, ela é muito falsa... Nós nunca gostamos uma da outra, mas não me perguntem porque, porque também não sei, enfim - Laura, o senhor Afonso quer que vás à sua sala - fala tentando não mostrar o desprezo que ela tem por mim em sua voz, somos as duas muito profissionais.

- Está bem, obrigada ! - respondo já indo para lá, bati à porta, esperei alguns segundos e entrei.

- Com licença ?!.

- Há Laura, entra ! - diz sorrindo.

- Obrigada - murmuro - passou-se alguma coisa ? - questiono nervosa.

- Já sei o dia em que irás para Londres - responde fazendo me prender a respiração.

- Mas... Já ? - questiono atordoa.

- Sim... - ri - quanto antes, melhor.

- Sim eu sei... Mas nunca pensei que fosse assim tão rápido...

- Mas já não queres ir ?.

- Q-quero, claro que quero - suspiro.

- Então o que se passa ?.

- Não se passa nada senhor Afonso, apenas esqueça... E ficou para que dia ? - pergunto.

- Daqui a duas semanas... - responde e eu engasgo-me com minha própria saliva, quando consigo voltar a respirar, sorrio, um sorriso daqueles bem falsos mesmo...

- Estarei pronta ! - afirmo e ele assente...

[ Ross POV ]

- Até logo pai ! - digo saindo de casa para ir trabalhar.

- Até logo filho, se houver algum problema liga-me - diz pois ele decidiu tirar o dia de folga.

- Está bem - grito indo para perto da porta.

- Mais tarde irei almoçar com o Edgar, se quiseres vir connosco, manda mensagem...

- Está bem.

- Amo-te - ouço-o dizer o que me faz rir, a partir daquele dia em que eu disse que lhe amava, ele faz questão de repetir está palavra todos os dias... É fofo.

- Também te amo pai... - respondo e saio de casa.

[ Dark Moon ]

- Bom dia senhor Ross - a minha secretária, a senhora Hellman diz.

- Bom dia - cumprimento caminhando em direção à minha sala - Hoje vai ser um longo dia - digo para mim mesmo e suspiro, sentando-me na minha cadeira - Vamos lá ao trabalho...

E a merda daquela sensação voltou... Não deve ser nada, devo estar assim por causa do estresse.

É deve ser isso.

Vá Ross, concentra-te, tens muito trabalho para fazer.

[ Algumas Horas depois ]

- Senhor Ross ?! - a minha secretária entra na minha sala sem bater à porta, embora isso me tenha irritado, assim que vi a sua cara, fiquei preocupado.

- O que a passa senhora Hellman ? - questiono levantando me da minha cadeira.

- O seu pai... - o meu coração acelerou... Não.

- O meu pai o quê ? - questiono começando a sentir um nó na minha garganta, e uma dor enorme tomando conta do meu coração.

- Ele... Ele... - olha me, neste momento eu já me encontrava em total desespero, e senti as minhas pernas falharem...

- Ele o quê Senhora Hellman ? - quase grito, o que a assustou.

- Ele sofreu um acidente, e está no hospital...

- Que hospital ? - pergunto à velocidade da luz.

- O do centro...

Nem quis saber de mais nada, apenas agarrei na chave do meu carro e fui em direção ao hospital.

[ Hospital ]

- Edgar ?! - chamo assim que encontro o amigo do meu pai ali sentado.

- Ross finalmente ! - ele diz e dá-me um abraço rápido.

- Como é que ele está ? - questiono deixando-o tenso.

- Ele... - quando Edgar iria responder um médico o interrompeu.

- Boa Tarde, o senhor é o filho do paciente Thomas Moon ? - questiona e eu assinto.

- Ele está bem ? - pergunto.

- Por enquanto o seu quadro está muito instável, mas temos esperanças que ele melhore - diz e eu baixo a cabeça - calma rapaz - toca no meu ombro - a esperança é a última a morrer - diz.

[ ... ]

- Bebe isto - diz Edgar entregando me um copo com água.

- Obrigado - murmuro suspirando - mas que raio é que se passou ?.

- Eu não sei Ross, nós combinos ir para o "Sea Side" o restaurante preferido dele, e quando eu já estava quase a chegar, vi o seu carro na berma da estrada, praticamente esmagado e... Os paramédicos a tirá-lo lá de dentro... - acaba, não aguento e começo a chorar.

- Eu não o posso perder - suspiro - não posso...

- E não vais, calma - sorri como reconforto.

A minha vida é uma merda mesmo...

[ Narrador POV ]

Pois é...

E agora ?.

E se o pai do Ross não recuperar ?.

O Ross está a sentir-se muito mal, triste e angustiado, e como é uma cabeça dura, não quer chamar nenhum de seus amigos para estar com ele neste momento difícil, ele simplesmente quer estar sozinho, assim ninguém irá sentir pena de si.

- Por favor fica bem - o louro murmura para si mesmo, pedindo algum milagre, ele não quer perder o seu pai, não mesmo !.

- Ross ?! - chama Edgar - eu tenho de ir embora, a minha mulher precisa de mim em casa... - suspira - mas se quiseres eu posso ficar aq....

- Não é necessário - interrompeu-o, sorrindo fraco - vai lá, não te prendas aqui - responde.

- De certeza ?! - questiona e ele apenas assinte - não há ninguém que eu possa chamar para vir ter contigo ?

- Não te preocupes Edgar, eu aguento-me - mente.

- Está bem então... - suspira -  assim que tiveres notícias avisa-me, está bem ?.

- Hm - murmura o louro - adeus Ross, força.

- Adeus - responde e volta a encarar aquela parede branca... A pensar em tudo e ao mesmo tempo em nada...

Enquanto isso o pai de Ross estava naquela cama de hospital a lutar pela vida, o seu coração está fraco, e os médicos sabem disso, mas não querem dizer ao Louro, para que as suas esperanças não vão pelo cano abaixo.

Será que o seu pai irá melhorar ?.

E a pergunta que não quer calar, qual foi a causa do acidente ?

Pois é, tudo perguntas válidas... 

Agora é esperar, e rezar para que o nosso Louro não perca mais uma pessoa amada... E para que a escuridão não o domine, pois poderá haver muita destruição...
_________

All the love. B. 💫☀️🌙

After Dark (Em Revisão) Where stories live. Discover now