À deriva:

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Carmesim (Vermelho): (Esse poema é um marco pra mim, porque eu acho que é a partir dele que eu vou começando a caçar o meu estilo de poesia, as minhas seguranças e pontos de apoio)

Tua boca é vermelha (sexy, baby)

Como o carmesim do teu sangue

Esta encanta a alma

De um simples andante

Estamos presos em uma caminhada

Sem frio em sem calor

Perdidos em trevas onde a terra não tem sabor

Chorando de medo ao som dos sinos a bater

Marchamos em formação para o inverso absorver (Vou parar pra analisar essa frase "o inverso absorver" que f*da. O inverso na minha concepção era o oposto a nós, era o que nos adverte, o que ia contra nós dois.)

Nossas almas condenadas espelham tanta dor

Que só por um fio vermelho nos unindo (Lenda japonesa aí rapaziada, quem viu "Your Name" sabe)

Criamos este ardor

O fogo que arde e queima em mim

Não chega perto do teu sangue carmesim...

Tio Histra - também meados de 2017. (para ser franco eu só lembro dos anos mesmo, devia ter colocado datas)

Dentes livres (Azul):

Às vezes a mente surpreende;

Não por ser fútil e moralista; (Gostava muito mesmo de palavras com a fonética de "moralista" ou coisas semelhantes)

Nem mesmo por fazer-te perfeccionista;

E sim por tirar-lhe os dentes

Oh, dentes mais do que lindos!

De corridos intrigantes improvisos;

Esses os mesmo que te fazem sorrir;

E das mazelas da vida rir.

Da boca afasta o cálice de lata

Pois pode lhe ferir, se não for prata;

O divino de um sorriso lustroso

A olhar com perpétua ignorância

A vida te mostra dela o lado monstruoso

E seus dentes para não falar, são arrancados com arrogância!

Sr. K. - 2017 - (Essa poesia foi um trabalho de português, eu adorei fazer, é um poema que me orgulho, ele tem muitas pegadas clássicas e uma métrica bem estruturada)

Estranho (Cinza):

É tão estranho me sentir culpado.

Por que é tão estranho? (Esse lance das perguntas, grande parte das minhas poesias tem perguntas sobre mim mesmo, gosto disso, muitas delas eu achei as respostas, outras ainda busco)

É quase como se eu não fosse o culpado

Mas sei que sou.

Embora também não seja.

É tudo confuso

E tudo dói.

Não quero ver; 

Folha em rodopioWhere stories live. Discover now