inde i rummet ziam

Peano

Alguns segundos se passam até que Zayn processe o que ele acabou de ouvir.

Eventualmente, Liam olha para Joseph, e é nítido que ele também foi pego de surpresa. Ele move os lábios no que é um você está morto para o outro, que não dá a mínima.

— Qual é, Joseph... — Liam força um riso, tentando parecer tranquilo, mas qualquer um consegue dizer que ele não está. Ele tenta aliviar a tensão que pairou, olhando para os outros garotos com a mesma cara de sempre, a que eles usam quando estão zoando. Mas, dessa vez, ninguém está. 

Liam não sabe, exatamente, por que ele está um pouco receoso sobre isso. Ele não agiria assim, de qualquer forma. Ele participou disso mais vezes do que ele pode contar e só faria isso de novo, sem problema algum.

— Eu não quero assustá-lo, ele parece ingênuo demais para toda essa coisa. —

E ele não faz ideia, mas ele acaba encorajando Zayn. Ele tem sido a maior fonte dos impulsos que conduzem Zayn a cometer erros dentro dos últimos vinte minutos.

— Então, você vai fazer ou prefere lidar com alguma consequência? — Justin volta a dizer, olhando para Zayn, à espera de que ele reaja.

Zayn levanta, um pouco trêmulo. Ele acha que, ainda que seja a pior das situações, é um avanço para ele. Ele vai dar um beijo em um babaca, na frente de algumas pessoas, e está ok. Está tudo bem. Ele parece patético, um pouco idiota, mas ele vai em frente. A cabeça dele insiste em frisar que Liam o chamou de ingênuo, não sendo a primeira vez que ele ouve, mas ele pouco dá importância. Ele nunca tomou a ingenuidade como uma característica pejorativa ou prejudicial, ele apenas pensa que as pessoas carregam consigo seus próprios princípios e fazem as coisas no tempo que acham que devem ser feitas, e quem tenta tirar proveito disso é quem deve ser julgado.

Quando Zayn caminha até Liam, que ainda está sentado, ele diz:

— Não faz parte do desafio ajudá-lo a levantar. — Zayn diz, olhando para Justin. Ele soa rude, tão rude quanto repugnante, mas ele está satisfeito quando é a sua intenção parecer o menos agradável possível diante de Liam.

Os neurônios de Liam agitam-se. Zayn está em sua frente, e ele nem ao menos olha em sua cara. Liam se sente um pouco desafiado. Ele está batendo de frente com Zayn, que acabou de chegar. E é este o problema para Liam; ele apenas acabou de chegar. Ele sabe com quem está se metendo?

Então ele apoia as duas mãos atrás do próprio corpo e o ergue para cima, rápido, quando ele fica, agora, cara a cara com Zayn. Ele não é exatamente maior que Zayn. Ele é um pouco, mas o que estabelece a diferença é que ele tem um corpo bem definido, levando em consideração a atividade esportiva que ele pratica. Ele se torna maior que Zayn, mas não em altura.

Eles se encaram, meio sem finalidade. É como se Liam estivesse, ali, canalizando pelo olhar todas as suas primeiras e permanentes impressões sobre ele. É o mesmo para Zayn.

— O clima está pesado. — Louis diz, baixo, mas ainda audível. — Eles acabaram fazendo disso uma luta de MMA. Porra, quase fede à hormônio. —

As pessoas que estão ao redor parecem ficar um pouco mais descontraídas, concordando com o que ele diz. Essa é outra definição de Louis; ele pode ser um bom quebrador de gelo. Ele nunca deixa que uma situação chegue ao extremo sem intervir, é algo dele.

Desde que Liam o encarou, Zayn não pensa em nada. Na verdade, sua mente está um turbilhão, mas tudo gira em torno de Liam, então ele prefere não ter que lidar com isso enquanto está ali.