Os opostos nem sempre se atraem.

Capítulo quinze

   

  O dia tinha sido incrível para Rebeca, e saber que sua família iria embora daqui dois dias doía em seu coração. Mas ela pretendia guardar aquelas memórias para sempre. No trajeto para casa Beca ia pensando sobre o colar, ela pretendia ligar no dia seguinte  para o número de contato se  encontrasse o colar quando estivesse indo ao colégio. E foi com esses pensamentos que Beca adormeceu.

  O horrível som do relógio apitando fez com que acordasse, ela sentiu como se não tivesse dormido quase nada noite passada. Seu corpo todo doía e com motivo, passar cinco horas em pé atendendo várias pessoa é muito exaustivo. Rebeca reprimiu toda a vontade que tinha de continuar dormindo e se levantou, logo após se ajeitar para mais um dia de aula foi à cozinha e sorriu ao ver seus avós tomando café da manhã juntos.

— O que faz acordada tão cedo querida? — sua avó perguntou e logo bebericou um pouco do líquido da sua xícara. 

— Minha falta de paciência me levou á detenção. — Disse se sentando na cadeira vazia. 

  — Lembro-me quando mais novo das encrencas que eu me metia para encontrar sua avó. — Disse seu avô nostálgico e sua avó sorriu compartilhando do mesmo sentimento. — A adrenalina de fugir do seu pai com uma espingarda na mão é indescritível.

— Minha mãe me contou esta história, ela disse que meu bisavô acreditava que vocês não dariam certo. — Os dois assentiram com a cabeça. — E olha agora, estão juntos e felizes! 

  Rebeca desejou vivenciar um amor tão forte como o deles, sabia que tinham passado por tempos difíceis mas eles não deixaram que as circunstâncias ou a opinião das pessoas afetassem no que sentiam. Beca não aceitaria menos que isto, pretende amar e ser amada na mesma intensidade. 

— Aceita um pouco de chá? — seu avô perguntou a tirando de seus devaneios. Assim que olhou para o relógio de parede se levantou surpresa com o fato de o tempo ter passado tão rápido. — Você precisa comer algo antes de ir, com a barriga vazia você não vai aprender nada.

— Não estou com fome. — Mentiu, mas não poderia perder nem mais um minuto do seu tempo. — Tchau, amo vocês!