🕛Conversas🕛

2.7K 243 96
                                    

○● Capítulo Nove ●○

Oops! This image does not follow our content guidelines. To continue publishing, please remove it or upload a different image.

○● Capítulo Nove ●○

Na manhã de Domingo, Lyra se encontrava sentada em uma cadeira na biblioteca, ao lado de sua melhor amiga. Rose não parava de falar um segundo se quer sobre o quão bom é o beijo de Scorpius Malfoy. E o que a loira pode fazer além de revirar os olhos e bufar irritada?

ㅡ Olha só, Rose, eu não estou afim de saber disso, tá legal? ㅡ A Malfoy finalmente falou, largando o livro de poções que ela estava tentando ler.

ㅡ Você fala isso porque não está ficando com ninguém nessa época, porque se estivesse, com certeza estaria falando tudo para mim. ㅡ Rose rebate, também largando um livro.

Lyra deixou uma risada anasalada escapar, se a Weasley soubesse o que a loira fez ontem a noite, certamente estaria enlouquecendo.

ㅡ Ontem a noite foi uma verdadeira festa no meu Salão Comunal, todos parabenizavam o Harry por ter conseguido entrar no torneio... ㅡ Rose comentou, trocando bruscamente de assunto. ㅡ Coitados, mal sabem eles o que está por vir.

Um silêncio perturbador se instalou entre as duas amigas, não era preciso dizer nenhuma palavra, as duas tem consciência que muitas mortes ainda virão.

De onde estava sentada, Lyra conseguia ver perfeitamente a porta da biblioteca, da qual foi aberta por um aluno da Sonserina. A loira levantou-se em um pulo, dando uma desculpa qualquer à Rose. A Malfoy caminhou lentamente até em um dos corredores ao meio das estantes de livros, e a pessoa que estava na sua mira parou bem ao canto, escolhendo um livro de capa verde para ler. Lyra ficou levemente desconfiada quando viu que aquele é o canto mais escondido da biblioteca.

ㅡ Pensei que demoraria mais para vir falar comigo... ㅡ Lyra cruzou os braços e revirou os olhos. Até parece que ela iria correndo falar com ele...

ㅡ Está se achando muito ultimamente, não acha, Potter? ㅡ Rebateu a garota, se aproximando dele. ㅡ O que fizemos ontem foi um erro terrível, do qual não podemos cometer jamais.

ㅡ Você falando assim até parece que fui eu que comecei, mas na verdade foi você que me provocou primeiro. ㅡ Alvo lançou um olhar indignado a Lyra.

ㅡ Eu só te fiz uma massagem, nada a mais. ㅡ Lyra comentou, olhando suas unhas. ㅡ Você que ficou todo animadinho.

ㅡ Se você não tivesse gostado, não teria cedido.

ㅡ Você me atacou, tive que ceder.

ㅡ Não viaja, Lyra. Você gostou, admita. ㅡ Lyra revirou os olhos, se aproximou mais dele e apontou o dedo no tórax do garoto.

ㅡ Não me chame de Lyra, Potter! Para você é somente Malfoy.

Em um piscar de olhos, Alvo se encontrava beijando a Malfoy. Suas mãos desceram até a cintura da garota, a trazendo mais para perto. Mas como tudo o que é bom dura pouco, Lyra empurrou Alvo, logo em seguida deu um tapa no rosto do garoto.

ㅡ Por que fez isso?! ㅡ Alvo perguntou com raiva. Ele fechou a mão direita em punho, apertando-a logo em seguida.

ㅡ Isso foi por ontem, por você ter deixado o meu pescoço horrível. ㅡ Lyra falou, como se fosse a coisa mais óbvia do mundo. ㅡ Agora que eu já falei tudo o que eu queria, vou indo. Até mais.

Quando deu as costas, Lyra desejou que o garoto a seguisse, ou então a puxasse pelo braço e juntasse os lábios dos dois. Mexeu a cabeça em uma tentativa falha de mudar de pensamento.

ㅡ Canela. ㅡ Lyra parou de andar, a voz rouca a fez ficar toda arrepiada.

ㅡ O que disse, Potter? ㅡ A garota perguntou por cima dos seus ombros.

ㅡ Seus lábios... Tem gosto de canela. ㅡ A Malfoy virou todo o corpo, ficando de frente ao garoto. Por um momento, Lyra não acreditou no que estava escutando.

ㅡ Por que raios eu iria querer saber sobre isso?

ㅡ Eu não sei, falei mais para mim mesmo do que para você. ㅡ Alvo deu de ombros. ㅡ Eu queria saber, fiquei com essa dúvida desde quando eu estava dando o discurso na Sala Comunal.

ㅡ O quê?! Você queria me beijar no meio do discurso? ㅡ A garota estava com os olhos arregalados, a sua voz estava incrédula.

ㅡ Sim, quer dizer, não! Eu não queria, mas é que você estava tirando a capa e abriu os três primeiros botões da blusa, pensei que fosse um convite...? ㅡ Alvo se atrapalhou nas palavras, enquanto olhava a garota a sua frente abrir um sorriso.

ㅡ Você realmente é louco! ㅡ Lyra sorriu cinicamente, deu as costas ao garoto e começou a andar para a saída do recinto. A garota ficou extremamente aliviada quando viu que Rose não estava mais lá.

ㅡ Ah, qual é? Que tipo de pessoa tira a capa e a gravata no meio do Salão Comunal? ㅡ A loira deu um pequeno pulo de susto quando Alvo falou atrás dela.

ㅡ Quer me matar do coração? ㅡ Lyra perguntou, colocando dramaticamente a mão no coração.

O garoto não respondeu, apenas colocou as mãos no bolso e começou a andar ao lado da garota. Os dois andavam pelos corredores, sem rumo, apenas aproveitando a companhia um do outro.

Ou então estavam tentando não se matarem.

Só para deixar claro, eu ainda te odeio, Potter.

ㅡ Ah, claro. Você finge que é verdade e eu finjo que acredito. ㅡ Lyra ficou quieta, talvez seja melhor não falar do que começar uma discussão.

ㅡ Quanto tempo você acha que demora para o meu pai e toda a tropa dele vir falar com a gente? ㅡ Alvo perguntou, tentando mudar de assunto.

ㅡ Por que ele viria falar com a gente?

ㅡ Por que talvez ele está desesperado? Na verdade, estou surpreso que nenhum deles falou com a gente ainda... ㅡ O Potter comentou.

ㅡ Qual parte de: A Professora Minerva proibiu isso, que você não entende? Além de que eles estão ocupados com o torneio bobo.

ㅡ Então você sabe se Dumbledore já consertou o vira-tempo?

ㅡ Ele disse que vai demorar, porque está muito ocupado com o torneio. Parece que tudo gira em torno do Torneio Tribruxo.

ㅡ Você fala isso só porque não conseguiu participar. ㅡ Lyra parou de andar e encarou os olhos verdes do garoto ao seu lado. Os olhos dela estavam especialmente frios.

ㅡ Sabe, tem algo que eu não entendo. Quando eu olho para os seus olhos, não consigo ver... A sua alma. É como se você estivesse congelada por dentro, porque só consigo ver gelo nos seus olhos. ㅡ Alvo falou, vendo Lyra desviar o olhar para o chão. Era a primeira vez que o moreno viu a garota envergonhada.

ㅡ Isso é passado. ㅡ Lyra ainda olhava para o chão quando Alvo colocou a mão dele no queixo dela, levantando a cabeça da garota.

ㅡ Não sei o que aconteceu e nem quero saber. Só sei que você foi forte o suficiente para conseguir viver com um passado sombrio. ㅡ O verde e o cinza se encaravam, em uma mistura extremamente peculiar.

ㅡ Você até que não é um Trasgo. ㅡ Lyra cerrou os olhos. Para ela, esse era o maior elogio que ela conseguia falar para o Potter.

ㅡ Fico lisonjeado em saber disso.

Os viajantes do tempoWhere stories live. Discover now