🕛Vestidos🕛

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○●Capítulo dezesseis●○

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○●Capítulo dezesseis●○

Lyra já não aguenta mais provar vestidos. Odeia isso, e odeia mais ainda os comentários de Scorpius.

ㅡ Muito justo.

ㅡ Muito cavado.

ㅡ Horrível.

ㅡ Não tem roupa de freira aqui?

A garota já está há um degrau de estuporar o garoto. Rola os olhos toda vez que ele fala alguma coisa, bufa irritada e fecha o rosto.

Todos os atendentes da loja também estavam irritados com o comportamento infantil do Malfoy. Mas a pior de todas era, disparadamente, Rose Weasley. A ruiva saiu da loja umas três vezes para respirar, porque se não fizesse isso, mataria o garoto com as próprias mãos.

Alvo Potter foi proibido de entrar na loja.

ㅡ Lyra, sabe que eu só quero o seu bem, né? ㅡ A voz arrastada do loiro se fez presente em meio aos comentários do vigésimo quarto vestido que a Malfoy provou. ㅡ Este é péssimo.

Lyra Malfoy enfim estourou. Jogou um dane-se nas etiquetas que Astória Malfoy tanto ensinava-a, pegou o sapato de salto alto que a loja deu para provar junto aos vestidos, e jogou em Scorpius.

ㅡ Saia daqui. AGORA! ㅡ Gritou a última parte, jogando o outro pé do sapato.

O garoto colocou o braço em frente ao rosto, para o sapato acertar somente o cotovelo e o pulso. Olhou espantado para a irmã, mas Lyra já tinha pego a própria bolsa e estava pronta para jogar.

ㅡ Tudo bem, vou sair, calma! ㅡ Levantou os braços em sinal de rendição. Ainda com os olhos arregalados, saiu da loja.

Os cinco atendentes e Rose começaram a rir e aplaudir a loira.

ㅡ Se você não fizesse isso, eu mesma daria um belo tapa na cara daquele mimado. ㅡ Uma mulher mais velha com o cabelo grisalho disse, arrancando a risada de todos do recinto.

ㅡ Adoraria ver essa cena... ㅡ Respondeu Lyra, ainda rindo.

Enquanto riam e brincavam do que acabara de acontecer, Malfoy bateu o olho em um belo vestido pendurado no fim da loja. Ele estava em um manequim atrás do balcão, em um outro cômodo.

ㅡ Eu quero aquele ㅡ Apontou a garota, cessando todas as risadas.

ㅡ Ele vai ficar magnífico em você, senhorita Malfoy.

[...]

ㅡ Pelo menos o meu pai sabe jogar Quadribol, ao contrário do seu, que pagou para entrar no time. ㅡ Alvo retrucou. Se mexendo levemente na poltrona do Salão Comunal da Sonserina. ㅡ Além do mais, ele salvou o mundo bruxo.

ㅡ Ele só salvou porque a minha avó disse que ele estava morto. Se não, Voldemort o mataria. ㅡ Lyra rebateu.

ㅡ O seu pai só está vivo porque o meu o salvou na Sala Precisa.

ㅡ E o meu disse que o seu pai não era Harry Potter, quando todos estavam na Mansão Malfoy.

ㅡ Isso era o mínimo que ele podia fazer.

ㅡ O quê?! ㅡ Lyra soltou ㅡ Admita Potter, a minha família é muito melhor que a sua.

ㅡ Não me faça rir, Malfoy. Sua família sempre foge, são covardes!

O silêncio tomou conta do recinto. Não havia o que dizer, a discussão estava encerrada. Se Lyra abrisse a boca, jogaria na cara de Alvo todos os seus segredos, e não estava com vontade para fazer isso.

As chamas verdes dançavam em harmonia na lareira da Sala Comunal, aquecendo o ambiente. Lyra estava sentada tão perto que poderia tocar se quiser, mas o seu bom senso não deixa.

Ficar em um mesmo lugar que Alvo Potter se tornou algo angustiante. Ainda mais ficar sozinha com ele. Potter estava sentando em frente à Lyra, mas o mesmo olhava para o fogo verde.

De repente o ar ficou mais pesado, e a loira começou a sentir calor. Como se alguém tivesse aumentado as chamas da lareira. O oxigênio estava faltando para a garota, queria tirar a gravata ou a blusa, mas apenas respirou fundo e tentou se controlar.

ㅡ Lembra do garoto que torturei? ㅡ A voz grossa de Alvo fez a garota pular de susto. Ela estava ocupada demais tentando não se concentrar no rosto do garoto.

ㅡ O quê?

ㅡ Daquele garoto... lembra? Que você... me ajudou a superar... ㅡ Lyra abriu um sorriso involuntário lembrando de como fizeram isso.

ㅡ Lembro.

ㅡ Então, eu contei para Dumbledore...

A loira arregalou os olhos, não acreditando no que o garoto acabara de contar.

ㅡ Por que fez isso? ㅡ Disparou ela.

ㅡ Eu não sabia o que fazer, então achei melhor fazer isso... ㅡ Respondeu ele. ㅡ Dumbledore me disse que provavelmente alguém entrou na minha mente, me obrigando a fazer aquilo. Além de que, Dumbledore disse que não quer que voltemos ao nosso ano, ele tem medo que alguém possa ir junto, se é que me entende...

ㅡ Usando a Poção Polissuco, você quer dizer.

ㅡ Exato. Não podemos correr esse risco.

O silêncio paira novamente. Nenhum dos dois se sente confortável com a situação, e também não sabem o que fazer para mudar.

ㅡ Você quer...? ㅡ Alvo começou a dizer, mas foi logo cortado pela loira, que se levantou rapidamente.

ㅡ Não. Boa noite, Potter. ㅡ Falou, já prevendo a pergunta do garoto.

ㅡ Você já tem par? ㅡ Potter também se levantou, e falou um pouco mais alto devido a distância entre os dois.

Lyra não respondeu, somente abriu um sorriso e piscou para o moreno, que ficou extremamente confuso com o ato. Então ela virou de costas e foi até o dormitório.

ㅡ Isso foi um sim? ㅡ Alvo murmurou para ele mesmo, ainda processando o que acabou de acontecer.

***

Olá galerinha!

Vim aqui dizer, com este capítulo pequeno, que não irei excluir e nem parar de escrever essa fanfic!!

Fiquei muito feliz com os comentários no capítulo anterior, eles me fizeram mudar de ideia ❤

Próximo capítulo é o baile, boa sorte pra vocês!

Obrigada por me acompanharem até aqui ❤

Valeu,
Falou
Fui 🐼

Os viajantes do tempoWhere stories live. Discover now