Natal, Presentes e Deixada Na Mão. - Capítulo 14

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Oi gente! Voltei e sinceramente tô escrevendo esse capítulo e espero que fique bom, eu tô um pouco desanimada demais com muita coisa e isso afeta minha criatividade. Maaaasss, eu não vou parar de escrever até terminar essa bagaça!

Esse capítulo é em homenagem primeiramente ao meu Pai e o quão foda ele era! Mas também é uma homenagem a minha autora predileta do mundo todo, cabellonapernas. Obg Manuzinha, você é luz e um xuxuzinho! <3

É isso aí! Até lá em baixo. ;)

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Eu lembro bem de como foi difícil para os meus pais me tirarem da convivência da Nonna, da Maria e do Tito, e até dele mesmo. Ele não queria que eu fosse ligada a mídia, principalmente a mídia italiana, pois os jornalistas italianos sabem como ser invasivos e extremamente desagradáveis. Ele me protegeu para que eu não me tornasse mesquinha e egocêntrica, eu passei a maior parte da vida aqui e embora ele pensasse assim, seria difícil eu me tornar alguém desse tipo. Meus avós apesar de toda a grana e especialmente por serem conhecidos como os maiores produtores de uva da Europa eram pessoas simples, e eu passei a infância e adolescência prezando por isso e pela simplicidade com eles me criaram, até porque minha mãe vem de família simples. Ela cresceu com dez irmãos, nunca passou fome, mas a escassez era presente em alguns momentos, meu avô apesar de funcionário público, ganhava pouco. Minha avó só teve uma opção, essa que foi a mais certa, criar os dez como reis e rainhas, ensinando sobre honestidade, humildade e educação, além de amor. Meus avós maternos apesar de pessoas simples eram felizes, convivi bastante do resto da minha adolescência com eles quando voltei para o Brasil. Eu nasci no Brasil, mais precisamente na terra do Sol, o meu Ceará!

Meus pais tinham classes sociais diferentes, enquanto minha mãe era uma mulher de criação simples, meu pai era italiano e criado no conforto. E quando eu digo que meus avós me criaram com muita simplicidade, eu não falo que fui criada sem dinheiro, nada disso. Eles só me ensinaram que tudo que o dinheiro compra é passageiro, o mais importante é aquele que ele não compra, o amor. Esse amor que eu recebi dos meus pais, avós paternos e maternos e agora eu deposito na mulher que eu quero chamar de esposa daqui uns meses...

- Meu bem! Onde cê tá? – Ouvi a Mari me chamando. Fiquei tão absorta nas lembranças do álbum de fotos que eu via, que esqueci de todo resto. Ela entrou pela porta do escritório e me viu com as pernas em cima da mesa e folheando as páginas do álbum da família. – O que tanto cê olha aí que te faz sorrir assim? – Perguntou e veio até mim com os braços cruzados. Sentou na mesa de frente e eu abaixei as penas para que ela sentasse no meu colo.

- Isso aqui. – Falei e apontei para o álbum. – São fotos antigas da minha família e algumas coisas que eu desenhava quando criança pro meu avô e para o meu pai. – Ela pegou o álbum e olhou algumas fotos sorrindo. Tirou uma da página e virou para mim. – Eu tinha 4 anos nessa foto. Foi num passeio para um parque aqui na Itália, meu pai que tirou essa foto. Acredita que ele tem uma cópia dela na carteira até hoje? – Falei rindo e ela acenou positivamente com a cabeça e me olhou.

- Já imaginou nossa filha assim, igualzinha a ti quando criança? – Eu fiz o sinal da cruz e neguei com a cabeça. – Qual é, amor? Vai ser a coisa mais linda!

- Tem dois problemas em ela ser igual a mim. – Falei e pontuei. – Primeiro, eu era bastante peralta, vamos dizer assim. – Ela riu e eu olhei séria para ela. – Segundo, eu era uma criança bastante sequestrável e Terceiro de bônus, eu não quero que ela seja nenhuma das duas coisas. Afinal, eu dei bastante dor de cabeça para os velhos. – Completei e ela bufou rindo.

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