Capítulo 13 - Capítulo Doze - Especial Matteo Balsano

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Desço do meu conversível preto e entro na casa de jogos animado. Hoje quero faturar muita grana. Entrei, atraindo os olhares cobiçosos de muitas mulheres, o que para mim é normal, e passo por muitas mesas, para então ver uma que me interessa. E lá estava Miguel Valente, um babaca de quem eu de vez em quando extorquia grana por meio de jogos de pôquer que ele quase sempre perdia, sentando em frente à uma mesa circular, ao lado de vários outros homens. As palavras lhe saiam enroladas, o copo de bebida estava sempre cheio e sentada em seu colo encontrava-se uma atraente loira com roupas curtas e apertadas, passando as mãos por seu corpo. A tal mulher virou o rosto e olhou para mim embasbacada, e pisco para ela. Sorrio. Isso sempre acontecia comigo. Por alguma razão todas as mulheres ficavam aos meus pés, coisa que eu adorava, mas que no entanto poderia ser muito irritante as vezes.
Eis que então eu apareço em sua frente, desafiando-o a uma partida de pôquer. Quem perdesse, teria que pagar uma grande quantia em dinheiro, e estava mais que obvio que quem iria ganhar era eu, como sempre.
— Eu não tenho dinheiro. — diz, com palavras enroladas um tanto quanto difíceis de comprender. Sinto vontade de vomitar ao sentir o bafo de álcool vindo em minha cara. Bufo e me preparo para ir embora. Se ele não tem dinheiro terei de arrumar outro trouxa para enganar. Me levanto, mas algo que Miguel diz a seguir detém minha vontade de ir embora.  — Mas tenho uma filha. E se eu perder, ela é toda sua! - Sorri maliciosamente. Estou completamente pasmo com o que eu que acabo de ouvir. Certamente Valente nem sabe direito que neste momento oferece sua própia filha a mim como moeda de troca, como se a tal garota fosse apenas um objeto insignificante da qual ele quisesse se livrar. Entretanto, tenho sim um interesse na menina, ela pode me ser útil. Faz muito tempo que eu não tenho uma submissa com quem realizar minhas fantasias sexuais e me sentir no comando. Talvez essa garota seja uma candidata.
— Sua filha é bela? — pergunto, interessado e dando-lhe um sorriso falso.
— Sim! Tão bela quanto a mãe. E não digo isso por ser o pai dela... — Responde Miguel, todo orgulhoso. Sua expressão patética e seu cheiro de álcool me dão nauseas. 
Então, a partida começa. Eu deixei bem claro para Miguel que aquela seria a única partida, sua única chance. Obviamente eu venci e estampei um sorriso irônico no rosto ao ver a expressão de desgosto do ordinario. Indignado,  começou a gritar pedindo uma nova chance, dizendo que Luna, sua filha era seu maior tesouro, tesouro que não queria perder, e mais um monte de baboseira. mas eu deixei bem claro novamente que aquela fora sua única chance. Me levantei e aproximei meu rosto do dele, sentindo novamente o bafo de álcool vindo daquele escroto. Dei um sorrisinho ao ver ele tremer de medo de mim. 
— Vou buscá-la amanhã à tarde, Miguel! Deixe-a pronta para mim! — Digo, dando um meio-sorriso, e um rápido beijo na loira gostosa e me retiro do bar. Durante todo o caminho de volta para meu hotel não paro de pensar em como seria a tal Luna, e fico excitado apenas de imaginar o que poderei fazer com ela.

Na tarde seguinte chego na casa de Miguel na hora combinada. Pronto e entusiasmado por buscar minha recompensa. Sinto cada vez mais curiosidade em saber como é a tal Luna. Somente espero que não seja uma criança mimada, ou então corto o pescoço de Miguel por tentar me enganar. Trouxe comigo dois homens de minha inteira confiança, afinal Valente pode dar uma de espertinha e querer fugir. Eu não gosto de matar pessoas, mas se preciso for farei cabeças rolarem aqui hoje. Termino de fumar meu cigarro, então arrombo a porta da frente da residencia, rindo com o altissimo estrondo que ela faz ao colidir com o chão. Avisto o imbecil sentado no sofa e me sento ao lado dele.

— Boa tarde, Miguel. - Digo, calmo. - Vim buscar o que me pertence. - Sorrio.

— Luna nunca vai ser sua. - Miguel me enfrenta, tentando parecer corajoso, mas posso ver o medo que ele sente de longe.

— Deixe de ser patético. Me entregue a garota, Miguel. Vai ser melhor para todos. - Digo, apontando uma arma para a cabeça dele. 

— Papai, o que houve? — Uma voz suave e doce adentra em meus ouvidos e me viro para ver quem é. Um largo sorriso estampa meu rosto ao ver a bela morena de pele branca, olhos verdes, e boca vermelha. Deuses! A tal Luna é mais gostosa do que eu pensava, fico excitado apenas de olha-la. Poderia fazer tantas loucuras com ela. E farei. Ou não me chamo Matteo Balsano. Desço os olhares para suas coxas e me imagino mordendo-as enquanto ela geme loucamente. O desejo que estou sentindo por esta garota é completamente insano. Mas, primeiro terei de conquistar sua confiança, o que parece ser difícil no momento, ela estando muito assustada. Posso decifrar o medo e a confusão que Luna sente por seus olhos. A pergunta preocupada que ela fez ao pai quando entrou ainda ecoa em meus ouvidos. Ela espera uma resposta ansiosa,  mas nada seu pai respondeu Deve estar morrendo de vergonha de contar para a filhinha que a vendeu sem mais nem menos. — Papai! Diga-me o que há! — insistiu e então, vendo que o idiota não abriria a maldita boca e que teria de ser eu a explicar tudo para ela levantei-me, e apenas nesse momento ela pareceu me notar.

Cinquenta Tons de Balsano  Where stories live. Discover now