Capítulo 14 - Capítulo Treze

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Me aproximo da porta do quarto de Matteo e bato nela de leve. Confesso que estou suando frio, pois estou com um pouco de medo de como vai ser essa primeira sessão na sala de jogos e do que ele pode vir a fazer comigo, mas também estou excitada e não vejo a hora disso começar. Respiro fundo enquanto depois de alguns segundos a porta se abre e vejo Matteo varrer os olhos por meu corpo com um sorriso malicioso. Ele percebe minha expressão de nervosismo e solta uma risada abafada.

— Não precisa ter medo Valente, eu não irei te matar, bem apenas de prazer. - Ele volta a rir e eu reviro os olhos pela piadinha que ao meu ver ficou sem graça. Ironicamente esta frase dele me faz voltar a lembrar que ainda não o questionei sobre a historia que ouvi de Simón. Estive tão absorta em meus mais profundos desejos carnais por esse homem que nem raciocinar direito consegui. Suspiro. Parece que estou enfeitiçada por Matteo Balsano, e que quando estou com ele esqueço de praticamente tudo que me rodeia. Matteo abre a porta de seu quartinho secreto e novamente um arrepio passa por minha coluna, assim como da outra vez. No entanto, desta vez eu estou mais nervosa pois sei exatamente o que viemos fazer aqui.

Matteo me olha com uma expressão parecida com a de um predador prestes a comer sua presa, e sinceramente acho que é exatamente isso que ele vai fazer. Me comer. Oh, Deuses! Onde que eu fui me meter?

— Quer desistir, Luninha? - Ele sussurra em meu ouvido e eu fico excitada de senti-lo tão perto de mim. Eu não irei desistir. Sou forte e corajosa, e irei lhe mostrar isso. Além do mais eu assinei um contrato, o que quer dizer que desistir agora sequer é uma opção.  

— Cla, Claro que não. - Gaguejo, e me xingo mentalmente por isso. Gagueira infelizmente se tornou um habito quando estou perto de Matteo. Um habito que eu repudio.

— Muito bem. - Ele sorri, seu sorriso enigmático me deixando ainda mais nervosa. - Tire sua roupa, Luna. - Ele pede, me pegando de surpresa.

Mesmo surpresa com a pressa dele eu o obedeço. Afinal, o que eu estava esperando? Que ele enrolasse e passasse os primeiros minutos apenas jogando conversa fora? Vejo o pano branco de meu vestido e minha lingerie vermelha caírem ao chão, sem fazer o menor barulho. Mais uma vez estou nua na frente dele. Ele inspeciona meu corpo mais uma vez e morde seu labio inferior, o que me deixa louca de vontade de agarra-lo, mas eu sei muito bem que não é assim que funciona, então respiro fundo e controlo-me, esperando sua próxima ordem.

Matteo anda em círculos por meu corpo diversas vezes, como se estivesse examinando cada centímetro e detalhe dele. No entanto algo em meu interior me diz que ao fazer isso sua intenção é apenas me provocar e me deixar mais louca ainda por ele. Aspiro seu perfume e cheiro másculo e sinto meu clitoris ficar empapado. E isso que ele nem sequer começou a mexer em mim, penso.

Entao, Matteo toca em meu cabelo suavemente e o puxa, o libertando da presilha na qual ele estava preso e depois volta a me olhar.

— Ah, Valente. Não faz a menor ideia do quanto mexe comigo. - Sussurra, mais para si mesmo do que para mim, mas eu acabo por conseguir escutar e abro um meio-sorriso.

Matteo me pega meu braço direito e leva-me em direção a estrutura em forma de X, me prendendo de frente para ele e pondo algemas em ambas minhas mãos, para não haver possibilidade de fuga. Estar aqui é um pouco dolorido, entretanto isso sequer me importa. Estou curiosa e excitada pra saber qual vai ser o próximo passo de Matteo. Ele me encara novamente com aquele olhar de predador de antes, e desta vez acabo por abrir um sorriso para ele. Espero o momento que ele começará a tocar em meu corpo e me levar a loucura, mas esse momento não vem. Ao invés disso, Matteo pega um dos chicotes que estão pendurados no teto e abre um sorriso um tanto quanto maléfico pra mim. Ao ver minha expressão de espanto que deve estar refletida em meu rosto ele ri.

Cinquenta Tons de Balsano  Where stories live. Discover now