Investigação

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O tempo foi passando e Inácia foi se adaptando cada vez mais às próteses. André voltou a trabalhar e em breve ela também voltaria.

As investigações foram ficando lentas devido à falta de provas, pois em seu depoimento, Inácia inventou que fora perseguida por um homem, que foi retratado por ela para o papiloscopista. A mulher deixou de ser alvo direto das investigações.

Depois de Inácia negar conhecer a região onde o corpo da jovem foi encontrado. A polícia passou a procurar também o assassino de Alana.

— Cada depoimento mais sem fundamento que o outro. Sinto que estamos correndo atrás do rabo... — Murilo desabafou com Lara.

— Eu ainda acho que essa Alana mente. Ela tem um olhar dissimulado demais para quem não tem culpa.

— Eu vi coisas, Lara! Coisas horríveis. Mas não posso provar nada. As imagens das câmeras de segurança não ajudaram. Agora tenho cinco corpos, nenhum suspeito e um monte de depoimentos sem ligação nenhuma. — falou e passou as mãos nos cabelos.

— Murilo, vai por mim, investiga a vida dessa Alana. Procura família, amigos... — sugeriu desconfiada.

— Família e amigos vão ajudar em quê?

— Na montagem do seu quebra-cabeça. Me dá os dados dela. Vou te ajudar.

O investigador passou tudo e foi analisar as fotos espalhadas em sua mesa.

Em poucos minutos de pesquisa, Lara encontrou o endereço da mãe de Alana. Achou também dois números de telefone. Ligou imediatamente.

— Ana Maria Fonseca?

— Sim... — respondeu com receio. — Quem está falando?

— É a Lara Medeiros, delegada de Vila dos Lírios, a sua filha Alana Fonseca está envolvida em uma série de assassinatos e preciso de informações sobre ela.

— Lara, a minha filha não dá notícias há muito tempo... — Já começou a chorar. — Eu adoeci, passei um tempo internada de tanta preocupação. O que aconteceu com ela?

— A senhora costuma visitá-la com frequência em Holambra?

— Não. Infelizmente nunca fui convidada, mas como fiquei doente, estou esperando o casamento para poder ir conhecer a cidade e a família do meu genro.

— É uma bela cidade. Dona Ana Maria, a sua filha sofreu um acidente e passou um tempo no hospital, acredito que por isso não tenha entrado em contato mais, mas está em casa e fora de perigo agora.

— Ah, meu Deus! E o André por que não me avisou?

— Ele também ficou impossibilitado. Sugiro que a senhora venha visitar a sua filha. Ela está precisando de ajuda.

— Eu vou sim, vou falar com o meu médico. Mas que história é essa de assassinatos?

— Quando a senhora chegar aqui a conversamos sobre, ok? A senhora tem contato de alguma amiga da Alana?

— Tenho da Olivia. Eu vou pegar, só um momento...

— Obrigada.

Segundos depois Ana Maria falou novamente e passou o número de Olivia para Lara.

Lara passou seu contato para a mulher, que garantiu que iria até lá o mais breve possível.

A delegada ligou para Olivia e ouviu a mesma história: Alana só fala por mensagem de texto! E raramente conversa, alega falta de tempo.

AlanaOnde histórias criam vida. Descubra agora