Alana Quer Vingança

87 11 32
                                    


Tiago chamou uma ambulância e acompanhou Ana Maria ao hospital. O homem ficou completamente alheio ao que aconteceu na sala de Alírio.

A polícia foi chamada quando alguns seguranças subiram à sala do chefe e viram os colegas mortos. Na primeira sala da presidência encontraram Sheila sobre estilhaços de sua mesa, mumificada com os olhos cinzentos vidrados no teto.

A secretária foi vítima da nova face de Alana, em busca de aliados. Sugou a alma da jovem elevando-a até o teto e largando seu corpo físico de lá já sem vida por cima de sua mesa de trabalho.

Na segunda sala acharam Alírio caído no chão sem os olhos. Sua advogada estava crucificada na parede sem a mandíbula.

— Pai nosso que estais no céu... — gritou a mulher chamando a atenção de Alana, que furiosa, arrancou sua mandíbula com um brusco puxão no queixo.

Pai nosso que estais nos céus... — entoou Alana enquanto colava o corpo, ainda se debatendo, da advogada na parede branca daquela sala.

Os dois seguranças que estavam presentes na hora se tornaram um só homem com uma face de cada lado. Alana os dividiu ao meio e os fundiu destruindo as outras metades espalhando pelo chão.

O delegado ofegava vendo aquele homem de metade negra e metade branca caído no chão.

— O que diabos aconteceu aqui? — perguntou olhando em volta e vendo todos os cadáveres e suas situações.

— Aqui não tem câmera, o seu Alírio achou melhor não colocar, por causa dos negócios. Tem apenas uma no corredor da sala da secretária. E as demais estão nas outras salas... — avisou o chefe de segurança da empresa.

— Preciso ver as imagens. A perícia está a caminho. — avisou e saiu da sala onde o empresário continuava no chão. — Não deixem nenhum civil entrar aqui, ok?

A equipe da perícia chegou e foi direto para o escritório de Alírio. O andar estava interditado. Enquanto os peritos trabalhavam na sala de Alírio, o delegado via as imagens do momento em que o empresário chegou ao prédio.

— Separa tudo que vou verificar na delegacia.

Uma mulher bateu à porta e entrou devagar.

— Roger, a imprensa está em peso lá embaixo. O que aconteceu? — perguntou ofegante e viu o delegado. — Olá, sou a Raiane, assessora de imprensa.

— Delegado Delcio... — disse e apertou a mão da mulher. — Avise que estamos investigando, será sigiloso, mas acredito que em breve teremos o que falar para eles.

A mulher concordou com a cabeça e foi procurar mais informações com os peritos, foi impedida de entrar nas dependências da sala da presidência.

— Eu trabalho aqui, preciso saber o que está acontecendo...

— Não pode entrar, senhora! — avisou o policial que estava na porta.

Carízia saiu da sala de Sheila e sorriu para Raiane, que se assustou e se afastou da porta. Olhou para o policial e perguntou com o olhar espantado:

— O que aquela menina faz aí dentro? — apontou na direção de Carízia. — O que está acontecendo?

O homem olhou na direção que ela apontava e não viu nada, apenas fechou a porta impedindo que a mulher insistisse em entrar.

Carízia volitou até a porta de vidro e a ultrapassou sem grande esforço chegando perto da mulher que já se distanciava da sala, tomada por uma aflição que desconhecia.

AlanaWhere stories live. Discover now