Capítulo 46.

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Thamiris narrando.

Tava andando de um lado pelo outro na sala, Léo não parava de encher meu saco queria por que queria que eu fosse pro pagode no alemão mas eu não estava afim sabe? eu estava com um mal estar do cacete, sem falar nas tontura que eu tava sentindo, já tava no meu segundo prato de comida, a fome era de 500 cracudos, parece que eu não comia a anos, Léo é chato abeça, fica enchendo o meu saco e olha que eu não tenho viu, ta precisando arrumar um marido e me deixar.

Léo: vai tomar banho logo mana - sentou do meu lado - você ta melhor? - disse todo preocupado.

Thamiris: to indo - me levantei e revirei os olhos - to sim - dei um sorriso forçado, subi pro meu quarto e fui direto pro banheiro.

Fiquei por horas debaixo do chuveiro, deixando a água escorrer pelo meu corpo, pensava em tudo e ao mesmo tempo em nada, deu uma vontade imensa de chorar, deixei as lágrimas rolar, eu chorava feito uma criança, não sabia o real motivo por está chorando, eu apenas queria desabafar, tirar essa armadura de durona e mostrar quem realmente sou e que além de tudo tenho sentimentos e muitos.

Fiquei por horas no banheiro, sai do mesmo e fui me trocar, Léo estava no quarto e eu me troquei na frente dele mesmo, não tava nada animada pra ir nesse pagode, ainda mais no alemão, saímos de casa e fomos em direção a bis do Léo ele montou e eu subi atrás dele, fui o caminho todo em silêncio, não falava absolutamente nada, chegamos no alemão e os vapor liberou passagem, a quadra onde rolava o pagode tava cheia abeça, fomos até onde o Rael tava e ficamos por lá mesmo, eu não tava com pique algum pra está ali, por mim eu estaria em casa, deitada e comendo, é só isso que eu sei fazer ultimamente, de longe pude vê um cara me encarando e aquilo já estava me incomodando.

Léo: quer ir embora? - parou do meu lado, peguei a bebida da mão dele e bebi.

Thamiris: não, tamo aqui né? vamos curti - me levantei e fiquei mexendo a perna, tocava uns pagode e eu cantava de acordo com as músicas, o cara que tava me olhando agora se aproximava, ele estava sem camisa e portava um fuzil atravessado, ele cumprimentou o Rael e depois veio até mim.

Xx: eae, satisfação Russo - deu um sorriso estiquei a mão pra ele, ele segurou minha mão e deu um beijo na mesma, bandido cavalheiro, essa é nova pra mim, fiquei até boba.

Thamiris: Thamiris - dei dois beijos na bochecha dele e dei risada, ele ficou por ali mais eu nem dei muita atenção, fiquei sabendo por alto que ele é cria do alemão, braço direito do Digão, nunca vi ele pela favela, acontece que ele tava trancando, teve liberdade ontem, deve ta pesadão, imagina ficar 3 anos sem fuder, ninguém merece isso não.

Russo: eae loira, cê tem whats? - perguntou cheio de sorrisinho, eu em.

Thamiris: tenho, da teu aparelho ai - estiquei a mão e ele me deu anotei meu numero e coloquei meu nome, ele foi fazer uma ronda pelo pagode, mas antes de sair deu um beijo no canto da minha boca, fiz de difícil né, dei uma de tímida, porém não estou em um dos meus melhores dias, se fosse antes já teria saído dali com ele e tirado o atraso dele, mas não to pique pra isso não no momento, fiquei mais um pouco por lá, sempre que ele passava fazia questão de da risada pra mim, já tava muito mal humorada, de tanto eu encher o saco o Léo me levou embora, fiquei deitada no sofá e ele voltou pro pagode.

REALIDADE CRUELWhere stories live. Discover now