Capítulo 50.

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Beto narrando.

Acordei 07:00 horas com o Rael batendo na porta, tava puto, sai pra fora e ele falou que os botas tava querendo invadir, olhei a Thamiris dormir e antes de sair dei um beijo nela, fui direto pra boca, os cara já tavam entregando o armamento.

Rael: fé irmão - deu um toque na minha mão, me entregou o colete e um fuzil, deixei atravessado no corpo, peguei a ak 47 e destravei o bagulho, tava potente.

Beto: só fé parceiro - dei um abraço nele, ainda de sair me benzi, tem que ter muita fé em Deus pra ta nessa vida, tu sai sem a certeza de que vai voltar, ia pegar meu celular, mas lembrei que tinha deixado na casa da loira, fui pra cima da laje com o Rael, fiquei na contenção, de longe eu vi os carro dos cu azul.

Ouvi o barulho dos fogos, era agora ou nunca, de la de cima, dava pra vê os verme que já chegava atirando, puxei o gatilho e atirava sem dor, derrubava um por um, perdi o Rael de vista, desci a laje, na adrenalina sai atirando em todo verme que vinha, os mano não tava recuando, o que me deixava com o pé atrás, sai andando pelo morro, passava pelo beco e nada de vê o Rael, vi uns mano meu caído no chão.

Bagulho é doido irmão, sai na contenção e trombei com o Jeguinho, saímos atirando em geral, adorava essa sensação de poder que a arma me dava, bagulho é tenebroso, matava sem dó nenhum, chovia verme, helicóptero de polícia era o que não faltava, os barulho de tiro ecuavam no meu ouvido.

Olhei pra frente e vi um verme com a arma apontada pra mim, bagulho louco, cê encarar a morte assim de perto, meu pensamento voou pra longe, pensei na minha filha e depois na Thamiris, meu pensamento ficou nela, me despertei dele com um barulho de tiro, abri o olho e pude vê o vacilão esticado no chão, Rael fez sinal pra mim e eu sai dali voado, por um momento pensei que não ia mais ter minha filha do meu lado, é nesses momento que eu penso na minha família, porém em nenhum momento parei pra pensar na Jessica e sim na Thamiris bagulho louco.

REALIDADE CRUELWhere stories live. Discover now