can I hear your voice? | choi soobin

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-E eu a pensar que o teu apartamento era pequeno.
-Comparado aos do meu país são pequenos sim,.mas eu gosto assim, é mais acolhedor.
-Se tu o diz, quem sou eu para dizer o contrário.

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-Yuri, vou só... Te deitar no sofá... Poço?
- C-claro.

Estávamos de frente da porta então, empurrei a cadeira até à sala.

-Meu Deus! Cabe aqui 2 quartos meus Yuri!
-Até parece que é assim tão grande.

Rimos juntos enquanto já tentava pegar nela.
Meu corpo tremia mais ainda, desta vez, ela colocou os braços em torno do meu pescoço.

Nossos olhares se cruzaram. Nós dois, levemente corados, ela no meu colo...'Isso parece até cena de dorama'

Quando eu desviou o olhar, sento-a no sofá

-Eu vou só...Vou... Vou... Aquecer o ramen, tu deves estar com fome.
-Ah sim, eu tinha esquecido disso.

Fui para a cozinha, coloquei no microondas um prato com o ramen e sentei me na mesa com as mãos sobre o pescoço

'Soobin! O que está a acontecer?! Tu só a conhece à um dia!! Que sentimentos são esses?!'

Pego no meu telemóvel e vou ao whatsapp.

'nemhuma mensagem dela...Ela deve estar cansada por causa do acidente...'

'Pip pip pip pip' Era o som do microondas. O ramen estava pronto.

- Yuri! Estou a ir com o ramen!
- pode trazer oppa!

Chego na sala e vejo a Yuri sentada no canto do sofá assistindo um concerto pela TV.

-Esta aqui.-falo lhe intregando a taça com o ramen
-Obrigada oppa!, senta aqui ao meu lado.
-Claro. O que estás a ver?
-É o concerto daquele grupo que a tua irmã gosta
-O TXT?
- Sim! Eu até que estou a gostar.
- Se quiseres, um dia eu te levo a conserto, assim vais com a minha irmã e ela te encima tudo o que precisas de saber sobre eles. Que tal?
-Acho uma boa ideia, mas não achas que é muito cedo para isso? Nós só nos conhecemos à uns dias...
-Na verdade eu acho que já nos conhecemos à mais mas só começamos a falar à uns dias, sim.
-Soobin-oppa?
-Sim
-Eu posso confiar em você?
-Mas é claro!
-OK obrigada...
-Yuri coma antes que arrefeça de novo
- ah pois- Yuri, até eu a avisar de que tinha de comer o ramen, não tinha tirado o olhar dos meus olhos, o que me fez ficar tímido.

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-Oppaaa! Acabei!
-OK vou lavar o prato espera ai.
- Ai se eu não estivesse incapacitada eu dizia que ia eu - ri triste
- Yuri, eu estou aqui para te ajudar, não presisa de fazer nada.
- Obrigada oppa.

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Quando voltei, Yuri estava a dormir, toda torta, no sofá.
Tentei acordá-la mas ela dormia que nem uma pedra. Peguei nela ao colo e fui procurar o quarto dela.

O seu quarto era simples, tinha uma cama de casal de madeira e um armário do mesmo tipo, o quarto era branco com uns pormenores em preto.

Coloquei-a então na sua cama e cobri-a com os lençóis também brancos.

Sentei me na poltrona preta que tinha perto da cama e fiquei a admirar a simplicidade do quarto.
Reparei que tinha uns blocos em cima da mesinha de cabeceira dela que diziam 'desenhos' e peguei num.
A maioria dos desenhos eram de flores, mas a flor que se distacava mais era o girassol.
Os desenhos dela eram lindos, quase tanto quanto ela.

Larguei o bloco e fui até ela. Ela dormia que nem um anjo. Acareciei os cabelos e dei lhe um selar na testa
-boa noite
Disse baixo.
Quando ia me afastar do rosto dela ouço um som muito forte, era trevuada. O que me fez dar um pequeno salto é fecho os olhos com força.
Senti meu braço a ser agarrado com força e ao abrir os olhos vejo Yuri, ainda dormindo, agarrada ao meu braço a lacrimejar pelos olhos.

Meus músculos não se mexiam... Eu ia ficar ali...

-Oppa... Fica aqui... Por favor

Olhei com olhos arregalados para a menor.

-Eu fico sim...

-Então não fica ao frio, anda para aqui.

Ela falava tudo isto de olhos fechados

Vou, devagar, para o outro lado da cama e me deito. Tento ao máximo não tocar na Yuri.

Yuri tenta virar o corpo para o dentro da cama de casal,a sem sucesso. Eu tento ajudá-la. E agora estamos frente a frente... Ela de olhos fechados e eu de olhos abertos.

- Obrigada oppa, boa noite.
- de nada anjo... Boa noite.

Desta vez, não sou eu a lhe der um selar na testa mas sim ela, na minha bochecha.

Nunca adormeci tao corado como hoje...

Ela dá a risada baixa e extremamente fofa a meu ver e me abraça pela cintura.

Eu, quase perplexo, coloco o meu braço sobre seu pescoço e começo a fazer carinho no seu cabelo.

Ela sabia que eu não dormiria depois disto tudo então, começou a cantarolar uma música calma para eu adormecer... Até que... Já não sentia o corpo quentinho dela em meus braços...

Ela estava... Chorando?

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Mas como causar pode seu favor
Nos corações humanos amizade,
Se tão contrário a si é o mesmo Amor? - Luiz Vaz de Camões