Ajuda

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Cheryl tinha me mandado uma mensagem dizendo que iria demorar um pouco, pois ainda estava se arrumando no vestiário.

Sentei na escada, na saída da escola para poder esperar por ela.

-Olá, Topaz. -Olho para trás e vejo Heather se aproximando. Ela se sentou ao meu lado e eu estranhei ela estar sem aquele encosto do namorado dela hoje. -Relaxa, eu apenas quero conversar.

-Só é estranho a ex da minha namorada estar conversando comigo. -Comento e olho para o estacionamento que estava ficando vazio. 

-É, mais agora eu estou namorando o Nick, então não se preocupe. -Ela comenta e cruza as pernas.

-Claro que me preocupo. Você foi até a minha casa e beijou a Cheryl na sala comigo lá. -Comento e fecho os olhos, respirando fundo. -Você não vale o pão que come.

-Entenda que a Cheryl é uma parte importante da minha vida. Ela foi a primeira garota por quem eu me apaixonei. -Eu não acreditava que iria mesmo ouvir a ex da minha namorada falar tudo aquilo. -O que tínhamos era algo especial e único.

-Não me importa que o que tinham era especial. O que me importa é o presente e o meu futuro ao lado dela. Então se me der licença, vou procurar minha namorada para podermos ir para casa. -Me levanto e entro na escola.

-Você não pode. -Ela se levanta correndo e vem atras de mim, segurando meu braço. 

-E por que não posso? Olha, eu não quero brigar com você. -Me solto do seu aperto e volto a andar em direção ao ginásio. Ela continua atrás de mim, murmurando algo que não entendi e nem fiz questão.

-Quer saber, eu não tenho mais opção. -Foi a última coisa que ela disse antes de me puxar e atacar meus lábios. Já estávamos perto o suficiente do ginásio quando ela fez isso. Seu beijo era desajeitado e apressado demais, como se ela estivesse tentando ganhar tempo. 

Eu não retribuía aquele beijo, mas ela me empurrada em direção a parede, me impedindo de sair. Empurrei ela com força e de olhos arregalados, limpei minha boca.

-Você é louca. -Ouço gritos vindo de dentro do ginásio e olho para a porta. 

Vou até lá e empurro ela. Heather continuava atrás de mim. Os gritos continuavam e eu logo reconheci ser Cheryl.

Comecei a correr até a porta do vestiário, que estava trancada. Empurrei com toda força que tinha, mas não estava adiantando. Me joguei diversas vezes contra a porta na intenção de abrir a mesma. 

Os gritos se intensificavam.

-Eu estou aqui Cheryl. -Gritei para que ela pudesse ouvir e uma risada masculina se fez presente. 

-Me ajuda por favor. -Ela gritou e eu me joguei contra a porta de novo. 

Já estava cansada por causa do esforço e meu ombro latejava de tanto se chocar contra a porta. Lembrei da vez que Sweet Pea chutou a porta de uma casa do lado norte em que o dono devia dinheiro a gangue e tentei. 

Me afastei o suficiente e chutei na altura da fechadura. A porta rangeu mas não se abriu. Me joguei contra ela novamente e percebi que estava bamba. 

Cheryl ainda gritava e a voz masculina mandava ela calar a boca. Sua voz estava desesperada e com um tom de choro. Eu tinha de ajudar ela. 

-Você não vai conseguir, ele trancou a porta por dentro. -Heather dizia enquanto eu ainda me jogava contra a porta. 

-Não me importa. Nem que eu quebre meu ombro, eu vou abrir essa porta. -Me preparei para chutar a porta novamente. Dessa vez ela teria de abrir. 

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