• Capítulo 11 •

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Joana: Não liga pro que a Lorenna fala, ela é meio perturbada da cabeça saca. - diz a menina balança a cabeça um pouco envergonhada.

Bella: Eu vou querer o especial da semana e uma coca. - falei e depois os outros fizeram os pedidos deles.

A atendente voltou pra dentro da lanchonete. Fiquei olhando os meninos jogando bola.

Lore: Sem putaria agora, tô afim de marcar um churrasco pra domingo, cês topam? - perguntou e a Ruiva já se animou.

Joana: É por isso que tu é a minha parceira pô. - bateram as mãos e o DM riu.

DM: Pra comida eu tô sempre a disposição né. - diz e tira a camisa dele.

Ficamos conversando sobre aleatórios e algumas sobre a infância deles. A Luh contou várias coisas sobre o Alemão.

Joana: Mas e tua mãe? - perguntou pra mim. - Mora onde?

Bella: A minha mãe biológica eu só conheço por foto, a minha mãe de criação morreu faz algumas semanas em um acidente de carro. - falei o meu pedido chegou.

Joana: Puts, foi mal mona. - falou pouco sentida e eu só balancei a minha cabeça.

Bella: Relaxa Ruivinha, tá de boa. - falei e olhei pra ela, sorri e abri a lata do refri.

Os pedidos deles chegaram e ficamos comendo até não sobrar nada. Mas como meu estomago é de pedreiro com uma semana sem comer, ainda estava com fome.

Bella: Então mores, eu vou ali comprar um copão com açaí pra mim. - falei levantando da cadeira.

DM: Caralho em pretinha, pra onde vai isso tudo de comida pô? - olhou pra minha barriga e fingiu medir a minha cintura.

Lore: Ela caga né, mas eu também quero açaí. - diz como se fosse óbvio.

Joana: Essa Lorenna é desbocada mesmo, pela fé. - riu e a Lore só jogou os cachos pro lado.

Luh: A Bella é muito filha da puta, come pra caralho e ainda tem a cintura fina da porra. - joguei beijo pra ela.

Bella: Academia e genética são pra essas coisas, mona. - zoei e coloquei uma nota de cinquenta na mesa. - Vou querer o meu troco viu.

DM: Pelo o que eu sei, isso se chama lombriga ou a básica solitária no bucho. - falou e eu bate no braço dele. - Aí gata, olha o Ibama pô. Não pode bater em um gato como eu.

Joana: Tá mais pra dragão isso sim. - riu e o DM mostrou cotoco pra ela.

DM: Da licença que tu tem inveja do meu corpinho escultural, sua ratazana de Chernobyl. - fingiu jogar os cabelos pra ela.

Luh: Ok né princesas de Chernobyl, bora lá pro açaí. - levantou da cadeira também. - Só vou pagar a nossa conta e vamos pra lá.

Ficamos olhando os outros jogando no campinho. O Alemão estava comemorando com alguns vapores e meninos pela vitoria do time dele.

Parecia que estava vencendo a copa do mundo, tenho que admitir que ele era o meu caminho para a perdição ou salvação, fiquei apenas olhando ele feliz e sorrindo, o deixando ainda mais bonito.

Balancei a minha cabeça e voltei a minha atenção pra Luna que apareceu do meu lado, apenas ela viu o que eu estava fazendo.

Luh: Eu apoio. - falou baixo pra que apenas eu ouvisse.

Joana: Vamos pra barraca, meu povo. - diz e eu apenas me calei e seguimos pra lá.



Alemão P.V.O

Terminei a partida e como de costume, meu time venceu. Não pensem que só porque sou o dono dessa porra que os lekes me dão mole.

Esses guri jogam pra valer mesmo, talvez seja aqui em que podemos ser apenas pessoas normais e não traficantes com a cabeça a prêmio.

Olhei pra lanchonete e vi a pretinha indo embora junto com os outros, confesso que ela me deixa curioso e esse é o problema.

Cruz: Para de comer a pretinha com os olhos, deveria ser Gavião e não Alemão. - falou e limpou o suor do pescoço.

Alemão: Pelo o que eu sei, o nome dela é Isabella e não pretinha. - falei

Vi a Melissa falando alguma coisa pra pretinha e a mesma só olhou pra mim e balançou a cabeça.

O Hiago estava no colo da mãe dele. Assim que me viu se animou todo e tentou ir pro colo da Bella, mas a Melissa não deixou e o menino ficou com a cabeça baixa.

Cruz: Calma poderoso chefão. - zoou e continuei olhando pra onde as duas estavam. - Vou te abrir os olhos, controla aquela Mel, ela ainda vai te dar problemas pô.

Olhei pra ele e balancei a minha cabeça. Peguei a minha camisa no banco, coloquei a minha glock na cintura e fui em direção ao meu filho.

Mel: Olha o papai, Hiago. - falou assim que eu parei na frente dela. - Tá uma delícia assim.

Me olhou da cabeça aos pés com um sorrisinho malicioso nos lábios. Neguei e mantive a feição séria.

Alemão: Tu tem que te manter o no teu lugar, eu não tô brincando Melissa. Já tá passando do limite e eu não vou ter piedade desse teu muco aí. - falei apontando pro cabelo dela.

Mel: Mas eu não fiz nada, tudo isso é por causa daquela preta azeda? - perguntou fazendo uma careta de nojo e eu peguei o Hiago do colo dela.

Alemão: Não provoca porra, sabe muito bem que aqui no meu morro eu não aceito essa putaria de preconceito, então abaixa essa tua bola e cala a porra da boca.

Falei apertando o ombro dela, só pra ver a cara de medo dela.

Coração de Aço Onde histórias criam vida. Descubra agora