Capítulo 6 - Stop

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Por que isso está acontecendo comigo? Por que meu maldito coração está apertado? Oras. Só acordei do meu transe quando a mulher morena de olhos azuis pigarreou saindo do colo de Justin e arrumando a blusa fechando alguns botões. Interrompi-a quando iria sair.

- Não pode ficar depois vocês continuam. Vai ser rápido o que vim fazer aqui. - a mulher sorriu e Justin bufou.

- Melissa, olha...

- Cala boca que quem vai ouvir agora é você. - esbravejei o assustando. - Qual é o seu problema hein cara? Quer acabar com o resto da minha vida? Por que diabos você foi falar de nós para o Stefan? Quer acabar com o meu casamento? É? - ele parecia ter se engasgado, parecia não queria ter ouvido tudo aquilo.

- Eu...Eu... - ele estava sem o que falar.

- É você, você mesmo. Meu deus, Justin! Esqueçe ta? Esqueça que um dia nós dois fomos um casal. Nós crescemos, eu tenho uma filha, um marido. Eu tenho uma família. Então: PARA! - berrei e saí dali sem olhar para trás.

As lágrimas estavam presas em minha garganta, eu passava rapído entre algumas pessoas que me olhavam curiosas, algumas assustadas e outras estavam com uma expressão divertida, apreciando o barraco que quase nem deve acontecer nesse local. Mas eu simplesmente cansei, cansei de ficar empatando a minha vida por causa do Justin. Quantas vezes no começo do meu relacionamento com Stefan dormi com o garoto pensando nele, no meu perfeito nerd. No garoto que era o ínicio que poderia novamente colocar um sorriso em meu rosto, mas eu me enganei. Enganei-me por que eu me acostumei com o Stefan, aprendi á gostar dele, porém ainda tem aquele maldito sentimento, no fundo do meu coração pelo Justin, eu pude sentir uma parte de meu coração destroçada ao ver aquela cena. Como pode ter se tornado tão canalha? Primeiro a amiga de sua irmã, agora a secretária? Que foi? Ele tá procurando sexo fixo ou o que?

- Melissa! - ouvi um grito.

Não era um grito qualquer, era o seu grito. Apressei o passo até o meu carro. Como pude ser tão estúpida?

Melissa, sua burra. Burra!

- Espera! Por favor, espera. - o ouvi novamente.

Lá estava eu tentando abrir a porta do carro, minhas mãos estavam tremulas e eu tentava segurar as malditas lágrimas que queriam sair de qualquer jeito. Droga, deve ter alguém lá em cima torcendo para que eu me ferre, não é possível.

- Olha para mim. - ele sussurrava como se alguém pudesse nos escutar.

Ele segurou meu queixo delicadamente. Seu toque me fez arrepiar e soluçar baixinho. Não queria chorar na frente dele, não queria mesmo, mas estava sendo uma missão impossível.

- Meu anjo, não chore. - pediu-me quando senti as lágrimas quentes escorreram.

Seus dedos passava lentamente por minha bochecha tentando, em vão, acabar com as lágrimas. Soluciei alto fazendo ele me abraçar forte. Como sentia falta de seu abraço, do seu cheiro, de seu corpo perto do meu. Era como se tivesse somente nós dois ali, somente nossas respirações e meu choro, meu coração estava acelerando.

- J-Justin, me largue. - tirei meus braços de seu redor.

- Não. - ele fungou, o olhei bem e ele estava chorando?

Franzi a testa suspirando fundo tentando conter os soluços.

- Você entendeu tudo errado Melissa, tudo. - ele fungou novamente segurando meu rosto, delicadamente, com as duas mãos me fazendo encara-lo. Seu rosto estava ficando avermelhado assim como seus olhos. - Vivian era amante do meu pai apenas para se dá bem na empresa, e hoje ela veio com um papo de ser minha amante também, quando vi você já estava lá falando tudo aquilo.

Merda.

 - Ahn... - olhei pro chão. - Foi mal, eu estava com raiva Stefan havia me falado que você disse em uma discussão de nós tive que contar tudo para ele. Não foi fácil.

- Ele te julgou? Xingou-te?

- Não, não. Ele só ficou com medo, inseguro eu acho e...

- Você se sente insegura? - outra vez. Maldita seja essa pergunta.

- Oi? - me fiz de desentendida.

- Me fala. - Ele me olhava nos olhos sem ao menos desviar, seu olhar era intenso que me fazia estremeçer dos pés á cabeça. - Fala para mim que você não me ama mais. Digo, fiquei tão desnorteado quando te vi, fiquei tão sem chão vendo você e o Stefan lá, felizes com uma filha. Uma família. Você tem uma família Melissa e eu? Eu fiquei esses anos todos com você na minha mente, no meu coração também. Matava-me lembrar de que não pude fazer nada para impedir de ficar longe de você, da minha mão. Das mulheres da minha vida, as únicas que eu amei e que fizeram algo de verdade por mim, que me amaram e me deram carinho. - ele fungou e mordou o lábio inferior fortemente, minhas lágrimas começaram a cair novamente. Eu estava me sentindo um lixo. - Doeu tanto saber que você é de outro, ter que aceitar isso. Você não pode ser mais minha e também...

Não conseguia ouvir mais aquilo então apenas colei nossos lábios. Esqueci-me do mundo lá fora quando nossas línguas se tocaram procurando mais e mais. Eu sentia falta de seu gosto, de seu beijo delicioso que era melhor do que os outros que já dei em minha vida toda. Sua mão direita foi para o meu cabelo, o pegando levemante e delicadamente, aprofundando o nosso beijo. Minhas mãos estavam em seus ombros, os apertavam levemente enquanto minha língua explorava sua boca. Nosso beijo era de pura saudade, carinho, saudade, amor talvez? Já disse saudade?

Veio-me há mente os olhos castanhos de Stefan, e o medo neles na banheira. Empurrei Justin ofegante e me virei rapidamente. Foi tudo muito rapído, quando ví eu já estava arrancando dali com o carro.

O que deu em mim? Meu Deus, por que isso logo comigo? Devo estar pagando pecados de uma vida passada, só pode.

[...]

- Amor, onde você estava? - Stefan levantou do sofá rapidamente preocupado.

O que eu fiz? Fui há praia e fiquei por algumas horas, olhei no relógio que havia na estante. 2 horas da manhã.

- Eu fui dá uma volta, fui esfriar a cabeça. - tirei meus saltos e os joguei longe.

Stefan chegou á mim com uma carinha de dar dó. Droga, por que eu tenho que ser tão confusa comigo mesma? Vou lá beijo o Justin sem pensar nas consequências, aí para piorar chega o Stefan com essa carinha de cachorro sem dono, me fazendo derreter e piorar minha situação.

- Desculpa bebê, me perdoa amor. - caí em seus braços, soluçando e chorando novamente.

Eu estava me sentindo péssima.

- Venha eu vou cuidar de você! - ele me ajudou a subir as escadas até o quarto.

Droga, por que ele tem que ser tão perfeito?

Oie, eu estou demorando a postar não é? Mais é por uma boa razão, eu estou fazendo uma outra fanfic, quando eu acabar essa, postarei á que eu estou fazendo. Obrigada há todos, pelos votos, comentários, agradeço. Beijos! até o próximo capítulo.

Meu perfeito nerd 2 Onde histórias criam vida. Descubra agora