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Olá, amores, aqui lhes deixo mais um capitulo e infelizmente nossa Inês sela seu destino! Sabemos que muitas vezes deixamos algumas paixões nos cegar e por isso peço que não a julguem tão severamente, afinal ela é só uma menina.

Inês paralisou por um momento, mas logo seus olhos se fecharam ao sentir que a língua dele invadia sua boca, sua mão foi até o pescoço dele e as cabeças giraram naquele beijo que era mágico e ao mesmo tempo assustador, estavam se deixando levar pelo momento e o beijo ficou ainda mais intenso. Victoriano beijava tão perfeitamente que ela quase não conseguiu soltá-lo e quando o fez ofegou e o olhou nos olhos levando a mão à boca.

— Inês...

Ela não deixou que ele falasse nada e apenas correu dali sumindo porta a fora com seu coração acelerado. Victoriano sorriu feito um bobo naquele momento, tocou os lábios sentindo o gosto de Inês, tinha sido tão intenso que ele queria levantar e correr trás dela, mas infelizmente naquele momento não podia fazer e ficou ali apenas sorrindo com o que tinha acontecido.

Inês era perfeita e ele não tinha mais duvida alguma, estava apaixonado e queria que ela o correspondesse, mas dificilmente isso aconteceria, com os sentimentos que nutria por Benigno. Victoriano só de pensar nos dois juntos sentiu seu sorriso morrer aos poucos, estava com tanto ódio de Benigno por ter se aproveitado tanto na escola como na frente do armazém para feri-lo que tinha certeza que o faria pagar.

Victoriano ficou com seus pensamentos até que Cristina apareceu, estava tão preocupada com o amigo que o abraçou de leve com os olhos cheios de lágrimas, mas ao mesmo tempo aliviada por vê-lo bem, conversaram por alguns minutos e logo os pais de Inês apareceram para se certificar de que estava mesmo bem e só assim as visitas terminaram. Laura percebeu que algo de errado estava acontecendo com sua menina, ao sair do quarto, Inês tinha o rosto vermelho, mas não a questionou e o caminho para casa foi feito todo em silencio.

Inês tentou se manter quieta até chegar em casa, olhou a escuridão da noite, os dedos batiam um no outro e ao chegarem em casa, a mais nova puxou a mãe pela mão até que estivessem dentro do quarto.

— Minha filha, Victoriano vai ficar bem, você já pode relaxar. — Laura a confortou, achando que era esse o motivo de tanto nervosismo.

Laura sentou-se na cama para ouvir sua menina, mas Inês aproveitou o momento e deitou em suas pernas, talvez se não olhasse para a mãe conseguiria contar o que aconteceu.

— Mãe, ele me beijou! — Inês tinha seu coração acelerado só em lembrar-se dos lábios do amigo contra os seus.

— Quem? — Laura não entendeu e levou a mão ao cabelo preto da filha acariciando os fios.

— Victoriano...

Laura por um instante sorriu, agora entendia o silencio durante todo o caminho até em casa, sabia que precisava ser sutil ou a deixaria mais confusa do que já estava e não a queria se arrependendo de suas escolhas.

— E você correspondeu? — A mais velha perguntou.

Inês a olhou, os olhos demonstrava toda a confusão e respirou fundo.

— Sim, eu o correspondi. — virou novamente para fugir do olhar de sua mãe, pegou a mão de Laura para que a abraçasse forte, precisava se sentir um pouco segura. — Foi tudo tão rápido que quando percebi já estávamos nos beijando e depois eu sai correndo...

— O que sente por ele? — perguntou. — Eu sei que são melhores amigos desde sempre, se amam muito assim, mas será que o sentimento de irmãos passou a ser mais carnal, de homem pra mulher? — Laura não tirou os olhos da filha, queria ver todas suas reações. Era apenas uma menina cheia de vivacidade e doida para viver tudo que podia.

POR VOCÊ - IyVWhere stories live. Discover now