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Lembrando a vocês que não podem agredir a autora ou ficarão sem capítulos!

Benigno não cansa de apanhar kakaka

— Você está grávida? — Laura perguntou direta e os olhos de Inês quase saltaram de seu rosto.

— O quê? — a voz soou grave vinda do lado delas.

Inês virou-se rapidamente para olhar o dono da voz, tudo ficou dobrado e só um sussurro com o nome dele escapou de seus lábios antes de desmaiar nos braços da mãe.

— Victoriano...

Victoriano sentiu seu coração rachar mais um pouco com as palavras de Laura, não podia ser verdade que Inês estava grávida, sentiu suas mãos tremerem, mas se controlou, precisava ajudar e, assim o fez, a pegou nos braços, levou para o carro a colocou ao lado da mãe e dirigiu rapidamente para o hospital. O caminho até o hospital foi silencioso, rápido, ao chegar pediu ajuda e Inês foi levada para exames, Laura o olhou, sentiu seu coração entristecer por testemunhar o quando Victoriano estava sofrendo.

Os dois sentaram-se na sala de espera para esperar por noticias de Inês e a mais velha tocou o ombro de Victoriano o fazendo olhá-la nos olhos. Laura sabia dos sentimentos do rapaz por sua filha, não o queria sofrendo, mas já era um fato que Inês estava grávida.

— Se quiser ir eu vou entender. — Laura o liberou, não o queria sofrendo mais ainda e nem ela conseguia acreditar no quanto Inês tinha sido irresponsável. — Eu sei o...

— Eu não quero falar sobre isso... — a interrompeu, sabendo perfeitamente o que a mais velha ia dizer. — Mesmo não estando no melhor momento da nossa amizade, eu vou ficar até saber se ela está bem, — Victoriano queria era confirmar a maldita historia.

Laura apenas confirmou com um balançar de cabeça, preferiu não dizer mais nada e em silêncio ficaram até que o medico apareceu para dar noticias. Quarenta minutos contados por Victoriano foi o tempo que o médico demorou, Laura foi chamada para conversar, olhou Victoriano que também estava de pé a espera de noticias de sua amiga, seu coração batia tão forte que sentiu dor no peito.

— Ele pode ver a minha filha? — Laura pediu ao médico. — Inês já acordou?

— Ela já acordou, perguntou pela senhora, mas antes de ir até o quarto, precisamos conversar. — olhou para Victoriano. — Ele pode sim vê-la.

Victoriano caminhou ao lado dos dois até a porta do quarto, onde Inês estava, o deixou e caminhou com Laura para que pudessem conversar e ele olhou aquela porta que o separava da verdade, respirou fundo e entrou no quarto. Os olhos se encontraram de imediato e Inês não aguentou segurar o choro, tudo estava errado, absurdamente errado que a fez levar a mão ao rosto para conter o soluço que escapava de sua boca e mesmo preocupado, Victoriano não se aproximou.

Os dois estavam quebrados com aquela nova realidade, estava errada, tão ferrada que desviou o olhar do dele, sentia-se envergonhada e esperava pelo julgamento dele e de seus pais. Victoriano ao mesmo tempo em que queria socar sua cara, também queria abraçá-la, protegê-la do mundo, mas não teve coragem sequer de se aproximar.

— Você me odeia? — Inês perguntou depois de um longo silencio e fungou.

— É o que deveria fazer né? — foi rude, não iria aliviar para ela.

— Deveria... — soluçou. — Eu perdi o principal e agora... — chorou mais.

— Não adianta chorar. — continuou em sua postura. — Foi você quem escolheu isso pra você e eu te pergunto se valeu à pena? — Victoriano estava tão triste com a nova realidade que se desenhava em sua frente que teve que olhar para o teto ou iria chorar. — Quanto que te avisei, Inês... — voltou seus olhos para ela.

POR VOCÊ - IyVWhere stories live. Discover now