Gael West é um homem abalado pela trágica perda da sua amada esposa, Olivia Thompson que infelizmente morreu num fatídico acidente. Gael, como qualquer viúvo, não se encontrava preparado para lidar com a ausência de Olívia em sua vida, tão pouco olh...
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GAEL WEST
— Zara? - fiquei surpreso ao encontrar minha irmã logo cedo em minha sala. — Combinamos alguma coisa e eu não lembro?
Eu avancei até à minha cadeira e despi do paletó. Os olhos verdes da caçula não pararam um só instante de estudar todos os meus movimentos.
— Você precisa parar de pensar só em trabalho, Gael!- Zara prontamente acusou ao trocar de peso.Eu simplesmente elevei a sobrancelha não entendo onde minha irmã queria chegar com aquela conversa. — Jodi me ligou ontem avisar que você mais uma vez falhou o jantar com os seus filhos! Porra seus filhos, Gael! - ela debateu frívola ao espalmar as mãos sobre a mesa.
Acomodei na cadeira e driblei os dedos sobre os punhos da camisa.
— Jodi não tem nada que ir fofocar com você! - eu respondi zangado. Odeio quando alguém fala nas minhas costas.
Zara soltou um suspiro ruidoso.
Ouviram-se prontas batidas na porta. É Cleo entrando com uma bandeja de café e biscoitos. Ela deixou tudo sobre a mesa para sair entretanto.
— Obrigado, Cleo! - minha irmã agradeceu pegando a xícara de café e levou a mergulha-lá em seus lábios vermelhos antes me devolver seu olhar igual um falcão assassino. — E você nem ouse brigar com a pobre da Jodi, ouviu bem? - eu contive a vontade de rir com o modo de como seu dedo em riste mirou meu rosto. Como se eu Gael West fosse ter medo do seu metro e sessenta de altura. — Ela se preocupa com você! Se preocupa na verdade com a nossa família!
Rolei os olhos para daquela conversa repetitiva. Estou começando a ficar cansado de ser tratado igual um moleque que precisa de ser disciplinado o tempo todo. Só que tanto Zara, quanto todo o resto da família parece que esqueceu que eu agora sou um homem.
— Eu tive um contra-tempo aqui na empresa quer o quê? Que faça o favor de abandonar tudo e vá correndo de volta para casa, porque horário de refeição é sagrado, mas trabalho pode esperar pelo dia seguinte? - o sorriso cínico que tomou os lábios da caçula ditou a confirmação óbvia. — Oh desculpe desapontar suas expectativas, mas ser CEO não é o mesmo que ser cozinheiro!
Os olhos de Zara arregalaram.
Ela não gostou do modo de como rebaixei implicitamente sua profissão de sonho. Só que verdade seja dita, responsabilidades não podem, como não devem ser colocadas de lado apenas para satisfação dos outros.Não foi dessa forma que John West, meu pai me criou.
Não que passar um tempo na companhia de meus filhos seja algo irrelevante. Claro que amo estar com eles. São meu sangue e todo o tempo que disponho livre, eu arrumo forma de o compensar ao levá-los a viajar para algum lugar bacana, quando não os desafio a irmos ao cinema assistir a alguma nova estreia e comer a velha boa pipoca.
— Eu já disse tudo o que tinha a dizer! - de pé Zara deu por finda a conversa. No fundo chateada com a minha defensiva, mas não ia dar o braço a torcer. — Veja se pelo menos hoje, não falha com eles!
