Dois anos depois.

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Dois anos tinham se passado.

Tudo parecia o mesmo para quem visse de fora.

Mas eles sabiam que nada seria mais o mesmo.

Mas eles fingiam que sim.

Eles acreditavam fielmente que sim.

Até aquele dia.

O fatídico dia em que Albus Potter e Scorpus Malfoy resolveram deixar toda Hogwarts saber do seu relacionamento.

O problema?

Nenhum.

Até que receberam um exemplar do nosso querido jornal profeta diário onde existia uma matéria enorme falando do amor dos dois e do ódio de seus pais.

Ódio esse, que já não fazia o menor sentido mas que o jornal adorava frisar.

A reportagem contava o que eles sabiam - ou achavam que sabiam - do relacionamento dos dois e de suas famílias. ( devo acrescentar que muitas ali eram até verdades mas tinha muitas mentiras também)

Então qual a grande questão?

Porque seus pais estavam tão preocupados? 

Simples. 

Por mais que já tivessem passado vários anos, ainda existiam pessoas do mal que queriam a vingança contra Potter por ter acabar com o bruxo todo malvadão do mundo bruxo Voldemord e outras que não aceitavam um Malfoy - ohhhh, comensais de morte! - ainda mais se fosse com um Potter!.
Famílias puro sangue que achavam que o lord todo poderoso iria voltar a qualquer momento e que se "mantiam" fieis a ele. Por mais que essas famílias fossem sempre vigiadas, elas ainda acreditavam que Harry era um estorvo que matou o todo poderoso e deveria ser exterminado e que Draco era a salvação da família Malfoy que iria reconstruir seu nome ao lado de seu lord. No entanto,  nenhuma dessas famílias expunha tão desgosto publicamente, nenhuma tinha tomado alguma atitude que fizesse com que fosse tomada alguma atitude mais drástica dos aurores.  Mas as mesmas deixavam bem claro seus desgostos para com toda a situação.  Inclusive mandando recados muito bem educados que logo eram descartados porém registradas pelos aurores.

Prezando pela segurança dos dois, Harry e Draco se encontravam agora em Hogwarts conversando com Minerva, enquanto seus filhos estavam sentados de mãos dadas em frente a diretora de cabeça baixa.

- Só para entender, porque vocês acharam que poderiam esconder isso de nós e deixar todo mundo saber antes de nos contar? Vocês tem ideia do que causaram? - Um muito "calmo" Draco Malfoy dizia do alto de toda sua frieza. - Vocês pensaram mesmo que não seria nada demais saber pelo profeta diário que vocês estavam juntos ? Vocês dois sabem a anos como as coisas funcionam. Sabem a anos que as nossas famílias não podem sair em publico juntas e os dois nem pensaram em nos mandar uma carta , UMA SIMPLES CARTA , para que soubéssemos o que fazer quando chegasse a hora? Para podermos garantir a segurança dos dois? Vocês pensaram ou simplesmente tacaram o foda se?  - Draco estava para explodir.

- Draco, se acalme, por favor. Isso não vai adiantar nada agora. Precisamos manter a calma. Afinal, eles já anunciaram pro mundo bruxo, só podemos tentar proteger los agora.  - Draco respirou fundo, olhou bem para Harry e decidiu que aquele não era o momento. Olhou no fundo de seus olhos demostrando todo seu desgosto mas ficou em silêncio.  Virou na cadeira ficando assim de costas para Harry, demostrando assim, toda sua raiva.

Albus fez um barulho com a garganta, chamando assim a atenção de seu pai e de seu "sogro" para os dois ali sentados.

- Errrrrr.... Pai, a gente não teve escolha. A situação fugiu do nosso controle. Eu quero te explicar tudo que aconteceu, mas se você não se importa, eu não gostaria de ter essa conversa aqui. Podemos ir para casa, por favor?

- Minerva, vou levar os dois comigo e iremos conversar com calma e ver o que podemos fazer. Assim que terminarmos de resolver tudo, te aviso e eles voltam no máximo amanhã, ok? Eu sei que eles estão em horário de aula, mas esse assunto é de extrema urgência.

- Sem problemas senhor Potter. Só peço que os meninos estejam aqui amanhã pois eles possuem um trabalho muito importante para entregar.

E assim os quatro embarcaram na rede flu indo direto para o apartamento de Draco onde eles poderiam conversar.

- Pronto, os dois. Estamos aqui. Agora podem começar a falar.

- Pai, o senhor sabe que foi meu aniversário de 16 anos a duas semanas. Quando eu acordei de manhã, eu tinha uma marca.

- Oh merda. - Draco resmungou mais para si próprio do que para qualquer outra pessoa. O mesmo se joga no sofá mais próximo e coloca a mão no rosto.

- Nós percebemos logo o que era e tentamos de toda forma ficarmos juntos, mas de forma discreta. Estamos bem cientes do que pode acontece caso alguém queira fazer alguma coisa. Porém,  ontem, na sala comunal, um imbecil achou legal simplesmente jogar um feitiço de amor em cima de mim achando que a marca poderia ser com ele e eu ficaria apaixonado.  Mas não funciona,  vocês sabem.  Quando se tem a marca,  não tem como o feitiço pegar em você. Porém o idiota não satisfeito ao ver que não funcionou,  que não era ele a minha alma gêmea, resolveu jogar um feitiço para tirar o glamour do meu braço. Infelizmente, eu não consegui desviar a tempo e o infeliz viu a marca. Quando ele se tocou quem era a minha alma gêmea, me chantageou, achando que mesmo assim eu ficaria com ele. Como eu me neguei, ele resolveu espalhar para todo mundo que nos estávamos juntos como vingança. Quando a gente viu, estava no profeta diário. Nos estávamos esperando para poder contar pessoalmente. Teríamos férias logo e iriamos para casa. Queria contar com calma. - Albus explicou.

- Ok. Já entendi. Agora, o que vocês querem fazer?

- Queremos ficar juntos, pai. Mas precisamos da sua ajuda. Não sabemos direito o que fazer. Estamos com medo porque já teve alguns queridos colegas que andaram nos ameaçando.  Esse garoto não esta satisfeito e eu não quero entrar em problemas por causa dele.

- Ok. - Harry respira fundo, olhando de canto de olho pra Draco. - Eu vou conversar com o Draco e vamos pensar no que podemos fazer. Por favor, vão para o quarto e pensem em uma forma de se manterem discretos e não terem mais problemas, por favor.  Precisamos conversar com a sua mãe. Eu vou conversar com calma com ela, mas ela estava preocupada. Fale com ela pela lareira e diz que esta bem, pelo menos.

Os meninos saem da sala e Harry se joga no sofá.

- O que vamos fazer?

- Primeiro vamos para o meu quarto que eu não quero falar disso aqui. - Draco se levanta e caminha até o quarto.

Harry respira fundo e o acompanha.

Aquela, com toda certeza, seria a conversa que não tiveram em anos.

Que merlim os ajudassem pois a coisa iria ficar feia e logo. 

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