XXXIII

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Chegamos em Paris, Mari e eu, numa manhã que, como posso dizer... estava o mais tranquila possível.

Decidimos passar um tempo na Inglaterra, nos curtindo e curtindo o fato de ninguém saber que eu estava lá, e estávamos voltando a Paris duas semanas depois do fatídico dia do meu casamento. Mas como aqui é a França e como aqui os "jornalistas" não são tão educados como na Terra da Rainha, mal pisamos fora do aeroporto, que diga-se de passagem era o aeroporto particular das Empresas Gabriel, fomos cercados por jornalistas vorazes.

Todos queriam saber o que havia acontecido em meu casamento e se Marinette havia sido o "pivô" da separação. Mas e nem mesmo poderia culpá-los, na noite anterior a de meu casamento foi ao ar uma entrevista onde eu aparecia com Marinette, mas declarava estar perdidamente apaixonado por Filomena.

Quando os jornalistas e fotógrafos terminaram de nos cercar Gorila já estava chegando, provavelmente na intenção de afastá-los.

— Espere, — pedi, tocando de leve seu braço. — Não os enxote ainda, quero fazer uma declaração.

Gorila não respondeu, apenas me deu licença. Eu abracei Marinette com força e me aproximei de todos os presentes.

— Sei que estão todos curiosos sobre o que aconteceu entre mim e Filomena. — Disse num tom que considerei alto o suficiente para que todos ouvissem. — Que estão todos querendo saber o que é boato e o que é verdade. Os Bourgeois deram uma simples declaração e ela não era a verdade.

Entre anotações e gravações do que eu dizia muitos tentavam perguntar coisas. Levantei a mão num pedido de silêncio e quase todos pararam.

— Amanhã mesmo eu darei uma entrevista no programa de Jean Macron e tudo o que vocês querem saber vai ser esclarecido.

Dei um leve aceno de cabeça para Gorila e ele começou a fazer todos irem embora. Olhei para Mari e ela estava com olhos baixos.

— Tudo bem princesa? — Perguntei erguendo levemente seu rosto para que ela me encarasse e vi que suas bochechas estavam coradas.

— Tudo, é só que... parece que metade de Paris vai me odiar por ter corrompido Adrien Agreste e acabado com o casamento da "princesinha" de Paris.

Ela falou meio de lado, seus olhos quase pretos. Ela não estava arrependida e nem envergonhada, na verdade havia gostado do fez.

— Bom, — envolvi sua cintura com os braços e aproximei o rosto do dela. Vamos começar aquele show logo de uma vez. — Então acho que está na hora de Paris ter uma nova princesa.

Ela deu aquele sorriso de canto que me tirava o fôlego e selou os lábios com os meus.

— Também acho isso...

˜*˜

Chegamos na Mansão e Nathalie veio nos receber. Organizou os empregados para levarem a bagagem para dentro, já que Mari havia trazido a coisas dela de volta, e pediu para que tudo fosse levado para o meu quarto. Depois veio falar conosco.

— Adrien, — chamou vindo me abraçar, — que bom que você fez as escolhas certas!

Marinette deu uma risadinha a meu lado, enquanto eu retribuía o abraço de minha segunda mãe.

— Digamos que eu tive uma certa ajuda, — comentei me desvencilhando do abraço e ela colocou as mãos nos ombros da Mari.

— Mari, querida. — Disse sorrindo para a mestiça enquanto a abraçava. Quase senti ciúmes. — Finalmente alguém para me ajudar a colocar juízo nessa "cabeça dura".

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