Há quase quatrocentos anos Louis é o ceifador da morte, responsável pela escolta das almas falecidas para a vida futura seja para o paraíso ou inferno.
Finalmente este árduo castigo chegou ao fim, ele será responsável pela escolta de uma ultima alm...
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Eles tentam ficar tristes, mas nunca tiveram um motivo para chorar Acordo todas as manhãs com um motivo para morrer Mas estou realmente procurando outro motivo para viver
D(r)ead- GHOSTEMANE
Lenny ama mertilio!
O cheiro amadeirado do café acariciava o olfato do ceifador. A lanchonete em que o mesmo se encontrava, tinha uma decoração rústica tanto em seu interior quanto no seu exterior, os bancos tinham um estofado na cor escarlate o que combinava perfeitamente com os móveis de madeira envernizada, o piso da lanchonete inteira era laminado, os vidros colocados em pontos estratégicos todos voltados para o intenso movimento da rua.
O vento acariciava o topo das arvores fazendo com que as mesmas dançassem uma melodia silenciosa, enquanto eram despidas de suas folhas amareladas. O espetáculo do outono que passava despercebido pelos humanos que sempre estavam ocupados demais com suas fúteis vidas.
Quando um ceifador é encarregado de ceifar alguma alma, um acordo é selado, a partir daquele momento o ceifador torna-se responsável por aquela alma. A alma que ele vai ceifar é marcada, recebe o selo da morte, -os ceifadores não podem executar a alma, mas pode interferir no ambiente para ocasionar sua morte- a alma marcada e ligada ao ceifador, o selo só pode ser desfeito quando a alma for ceifada.
Ceifadores são condenados a viver no platô etéreo, convivendo entre os humanos. Apesar de estarem mortos necessitam se alimentar.
A massa esponjosa da panqueca se dissolve no paladar do ceifador, uma sensação de amortecimento toma conta de sua garganta e língua pela quantidade excessiva da doçura na calda que acompanhava as panquecas, bebericou seu café com calma apreciando a bebida escura.
As portas da cafeteria foi aberta indicando a chegada de mais um possível cliente, o ceifador não precisou olhar para saber de quem se tratava, porque ele sentiu a presença de Harry no momento que o garoto dobrou a esquina para entrar na rua da cafeteria, sempre fora do costume do ceifador observar a rotina das almas que ele ceifava, mas ele não pode negar que o cacheado havia o intrigado, não só pelo fato dele ter conseguido ó enxergado sem ele permitir.Ceifadores também podem permanecer visíveis aos olhos mortais.
-Você esta me seguindo?- a voz rouca de Harry faz os pelos na nuca do ceifador enrijecer.
O ceifador encara o garoto cacheado, um suéter cinza abraça seu tronco magro em conjunto de um macacão preto, pela gola do suéter é possível ver suas clavículas ossudas marcadas por chupões, os mesmos óculos redondos enfeitam sua face, os cabelos compridos estavam completamente soltos os mesmos iam ate a altura do tórax, os olhos verdes estavam cansados, opacos e sem vida.
