ᴍᴀғɪᴀ ✦ ᴊᴀᴄᴋ ɢɪʟɪɴsᴋʏ [ᴄᴏɴᴄʟᴜɪᴅᴀ]

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P.O.V.'S BEATRICE • CALIFÓRNIA
03:30 PM

Passo a mão pelo meu pulso, o sentindo quente mas logo esfriando.

Esse cara é maluco.

Tinha uma leve marca de seus dedos ali e com certeza demoraria um pouco pra sair.

Me sento na cama e olho em volta, reparando o quarto em que eu dormiria a partir de agora.

Bom, agora eu teria que esperar o Gilinsky trazer o meu celular e criar o meu novo perfil junto com ele.

- Beatrice? - Ouço alguém me chamar.

- Oi.

- Posso entrar? É o Isaac. Eu queria brincar. - Ele fala.

- A porta está trancada e eu não estou com a chave. Se seu pai ainda estiver aqui na casa, fala com ele. - Ouço seus passos se distanciarem.

Até parece que o Gilinsky vai dar a chave pra ele, do jeito que ele é.

- Mas pai... por favor. - Ouço.

- Não tenho tempo agora, tenho que ir buscar um negócio na loja. Pede pro seu irmão. - Gilinsky.

- Mas ele não quer. Eu sempre peço e ele nunca pode ou está sempre fazendo alguma coisa, que nem você. - Isaac.

- Seu irmão deve estar estudando, ou sei lá. Se não tem ninguém pra brincar com você, brinca sozinho. - Gilinsky fala e me dá vontade de sair daqui e bater muito nele. É uma criança de 4 anos.

- Posso brincar com a Beatrice então? - E ele finalmente pede.

- É realmente a sua última opção. A chave está com o Alex, fala pra ele que eu deixei. - O Gilinsky fala.

A porta é aberta, me assustando. Corro para a cama e tento me fazer plena.

- Estou indo pegar o seu celular. O Isaac me pediu pra brincar com você e eu deixei. - O Jack fala.

- Deveria dar mais atenção ao seu filho. - Falo.

- Quem é você pra dizer o que eu devo fazer com meus filhos?

- Sou uma mulher que você trouxe pra dentro da sua casa à força e que agora você vai ter que aguentar. - Falo e o Isaac entra correndo no quarto com vários brinquedos.

- Aqui, eu tenho muitas coisas e você pode escolher do que quer brincar. - Ele senta no chão.

O Gilinsky continua me encarando.

- Você não vem..? - O Isaac pergunta enquanto tirava os brinquedos da caixa.

- Claro, vou sim. - Me sento no chão junto com ele.

- Se sentar no chão com as roupas da Gucci de novo, já sabe. - O Gilinsky fala. - Tenho que comprar roupas agora pra você ficar em casa, que ódio. - Ele fecha a porta e sai murmurando.

- Então, do que você mais gosta de brincar? - Pergunto.

- Eu gosto de brincar de Lego. E você? - Ele pergunta enquanto tentava montar um boneco.

- Eu não brincava muito antes de vir pra cá, mas eu lembro de alguns momentos. Eu gostava muito de desenhar. - Falo enquanto montava um boneco.

- Sério? Eu também gosto. Eu desenho muito na escola. - Ele fala.

- Um dia, me mostra os seus desenhos? - Pergunto e ele assente feliz.

- Mostro sim. Eu gosto muito deles, mas tem três que eu guardo muito escondido. - Ele fala e eu sorrio.

- Tudo bem. Eu vou ser a policial. - Falo.

- Eu vou ser esse menino aqui. - Ele pega um boneco dentro da caixa. Parecia ser um marinheiro. - Vamos montar o navio. - Ele fala.

- E seus desenhos "escondidos", como são? - Pergunto.

- Eles são mais importantes que os outros e são coloridos. - Ele fala. - Falta a bandeira. Quer colocar?

- Eu posso? - Pergunto sorrindo e ele assente.

Coloco a bandeira no topo do mini poste que tinha no navio de brinquedo.

- Agora podemos começar. Você vai ser a policial do navio e também pode ser... - Ele olha dentro da caixa. - Essa menina aqui. - Ele me dá uma boneca.

- Obrigada. - Pego e a posiciono na pequena espreguiçadeira.

Ele coloca o marinheiro em pé no navio, olhando para o "mar".

- Oh não, o navio está sendo atacado! - Ele fala. - Policial Beatrice, ajuda a gente por favor! - Ele fala.

- Parado aí! - Falo quando vejo o boneco do Isaac "fugindo".

Ele começa a correr com o boneco pelo quarto comigo atrás dele.

- Eu vou pegar você! - Falo rindo.

- Nunca vai conseguir! - Ele também fala rindo.

Ele vai pra baixo da cama, pensando que eu não vi. Puxo seus pés, o arrastando pra mim.

- Como você me achou? - Ele pergunta.

- Eu tenho visão de raio-x. - Falo rindo.

Me jogo no chão cansada, ele faz o mesmo, só que se joga em cima de mim.

- Cansei. Nunca brinquei tanto assim. - Ele fala e eu começo a fazer carinho nos seus cabelos.

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