Vinte e três

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Sempre acreditei em meu sexto sentido

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Sempre acreditei em meu sexto sentido. Sempre.

Mas agora, olhando as costas largas de Justin, eu insisto em não acreditar. Porque simplesmente não quero que eu esteja certa e ele esteja mentindo para mim.

Ele caminha de um lado para o outro na sacada do quarto, vez ou outra olha para mim. Mas o sorriso é forçado, ele sempre faz isso quando tenta fingir agrado; seus dedos fazem tanta força contra sua palma que suas pontas passam a ser brancas, posso apostar que o mesmo acontece com a mão que segura o seu aparelho celular; seus ombros estão tensos e seu olhar transmite algo.

Por um minuto passa por minha mente perguntar-lhe sobre o que está acontecendo porque estou criando teorias que me deixam por um triz. E todas elas estão relacionadas àquela mulher. Não consigo não imaginar Justin com ela, e pensar que ela sempre esteve em sua vida, ao seu redor, porque é amiga de toda sua família me deixa inquieta.

Tudo isso faz minha insegurança tomar conta de cada órgão meu.

Evelyn é alguém mais velha, rica, elegante e educada, certamente mais experiente que eu em relação a sexo e Justin é uma pessoa que tem um grande apetite sexual, que exige mais de outra pessoa; eu sou apenas eu. Nós somos de mundos tão diferentes.

Mas não significa que eu vá desistir de Justin. Não mesmo.

Até o pesadelo que tive esta noite, eu realmente tinha ideia de que não podíamos ficar juntos por diversos motivos. Na verdade, eu estava procurando justificativas para não me apaixonar por ele. Só que eu já estou muito mais que apaixonada.

E não preciso que ele diga o mesmo, porque posso ver a reciprocidade em pequenos atos seus, como comprar uma fronha de seda para meu cabelo, mesmo em poucos dias de envolvimento e sem que eu disse nada em relação a isso, ou quando ele simplesmente acredita em mim quando nem mesmo eu o faço, quando ele me trata como a porra de uma rainha e protegia-me, mesmo quando estávamos separados.

É por isso que não quero acreditar que ele esteja me enganando de alguma forma, porque eu odeio que mintam e tentem fazer-me de trouxa.

Sem qualquer dúvidas, eu sairia totalmente destruída.

Contudo, eu preciso saber a verdade. Porque sei que apesar de sentir o que sinto, sem confiar no dono dos olhos caramelados, não posso continuar.

Decido deixar que ele converse e só mais tarde confrontá-lo sobre minhas suspeitas. Calço meus chinelos e passo os dedos rapidamente em meu cabelo para arrumar os cachos bagunçados antes de sair do quarto.

No corredor, encontro Lianna, mãe de Carter – e, ao contrário de meu sonho, ela é extremamente simpática, assim como Nancy, sua filha mais nova. Ela sorri e elogia meu vestido florido, agradeço e retribuo o agrado sobre sua saída de praia que destaca seus olhos claros.

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