Trinta e três

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Preciso agir racionalmente

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Preciso agir racionalmente. Não vou deixar que essa merda afete meu relacionamento com Luísa ou minhas empresas.

Meu peito sobe e desce, meu nariz arde por causa de minha respiração e minha cabeça começa a latejar. Meus punhos estão fechados, os dedos estão brancos de tamanha pressão que faço com eles.

– Volte e sente-se, Andrea. Podemos resolver isso. – minha voz sai rouca, sombria.

Ela para, e vira-se calmamente, com as sobrancelhas arqueadas. Em seguida um pequeno sorriso se fez em seus lábios no caminho até minha mesa e eu finjo calma.

Avalio seu rosto; seus olhos claros estão em mim e o brilho de interesse no que eu tenho a dizer é nítido, sua respiração está pesada e posso sentir seus feromônios daqui. Ela acha que minha proposta tem a ver com voltar a vê-la.

Inclino meu tronco e passo a língua em meus lábios, eles recebem toda a sua atenção e ela deixa os seus entreabertos. Olho em seus olhos e sorrio de lado, passando os dedos um nos outros para tentar diminuir meu ódio, ao menos minimamente.

– Você sabe que quando eu quero algo, eu tenho. – falo calmamente e ela assente. –  E você sabe que no fim desse jogo que o Evan tenta jogar, eu serei o vencedor.

Ela se mexe desconfortável na cadeira, provavelmente porque pensou que eu não sabia que ela estava junto a ele. O que, sinceramente e sem qualquer dúvida, não foi surpresa para mim. Andrea é aquela pessoa que se aproxima de pessoas que podem dar a ela algum tipo de benefício, especialmente econômico; por isso se aproximou de mim. Eu nunca me importei em pagar coisas e presentar as mulheres que fodia. Dinheiro nunca foi um problema.

– Eu não sei sobre o que o senhor está falando. – junta suas mãos sobre o colo. Sua voz se afina levemente no final.

Aceno e abro uma das gavetas de minha mesa, sem pressa pego a pasta que quero e empurro-a em sua direção, esperando por sua reação.

Toda a raiva vai se dissipando à medida em que vejo a surpresa e pavor tomarem seu rosto ao ler o que está escrito nos papéis contidos ali, seus dedos praticamente amassam a pasta.

Eu alcanço o telefone fixo à minha direita e peço à Kate para ligar para um de meus advogados e pedir-lhes que venha rapidamente à empresa. Posso ouvir a respiração da  funcionária, que está em minha frente, e então ela deixa os papéis sobre a mesa mais uma vez com suas mãos trêmulas.

De verdade, não é muita coisa; mas fará um enorme estrago em sua vida.

– Assim sendo, espero que entremos em acordo. – ajeito meu paletó. – Seria horrível se todos esses papéis chegassem até a polícia de Nova Iorque, não é? Ainda mais sabendo que você não é ré-primária... o pobre Toddy ficaria sem uma mãe para cuidar dele e iria para um abrigo. – faço um som de negação.

HERWhere stories live. Discover now